segunda-feira, 15 de agosto de 2011

QUANDO DEUS É MAIOR DO QUE O SONHO: JOVEM ADVENTISTA TESTEMUNHA NA CASA DA ANA HICKMANN

Quando pensamos em Daniel e Ester, nos vem à mente o relato de peregrinos que representaram parcial ou totalmente sua fé. A observação leva em conta o fato de que especialmente Ester era judia em segredo, o que sugere que, em algum momento, ela pode não ter sido tão firme em seus princípios. Seja como for, na hora em que Deus mostrou pelas circunstâncias a necessidade de ser representado entre pagãos, o que também beneficiaria seu povo, tanto Daniel quanto Ester corresponderam ao chamado dos Céus.

Neste fim de semana, um reality show retratou uma situação análoga: vimos que Deus tem ainda representantes em contextos em que não é costumeiro ver referências a Seu nome. Sei que a menção a reality show invoca programas como o Big Brother Brasil ou A fazenda, famosos pelo baixo nível. Entretanto, o programa em questão intitula-se A casa da Ana Hickmann. Nele a apresentadora que empresta seu nome à atração se digna a escolher uma repórter para seu programa entre moças pré-selecionadas. A dinâmica lembra de longe a do programa O aprendiz, também da Record.

Justamente no episódio televisionado ontem, surgiu um mistério em torno de uma das participantes, Wasthi Lauers, representante de Uberlândia (MG). A moça não participou de uma festa preparada pela produção da Casa de Ana Hickmann, que ocorrera na sexta-feira à noite. No sábado, justamente quando se deu a prova inicial, Wasthi não quis participar. Era inevitável o confronto: a apresentadora chamou a moça para entender seus motivos.

Revelado o mistério de Wasthi


Bastante emocionada, Wasthi declarou que é uma adventista do sétimo dia e enunciou algumas razões bíblicas para ter uma rotina diferenciada a partir de sexta-feira à noite, dia que ela identificou corretamente com o sábado bíblico (cuja duração se estende do poente de sexta ao de sábado). A notícia surpreendeu a apresentadora.

“Wasthi, neste ponto eu respeito totalmente a sua fé, a sua religião, a sua crença. Eu não estou aqui para julgar ou para dizer que você tem que mudar aquilo que você acredita, o que você sente”, declarou Ana Hickmann. Ainda assim, a ex-modelo ficou intrigada com algo: “Eu respeito os seus princípios, eu respeito as suas decisões, respeito sua fé, sua forma de viver, mas aqui no reality fica um pouco complicada essa situação porque quando você topou participar já sabia que aqui vocês iriam literalmente sair da rotina, que este é o nosso objetivo: buscar alguém que venha ser nossa repórter, para sair da rotina, você sabia disso?”

Wasthi disse que apesar da surpresa e desafio, resolver “por a cara a tapa”, porque queria muito ser repórter e, com essa motivação, aceitou participar e depois fazer seu julgamento. E, mediante as circunstâncias, ela escolheu que Deus era mais importante para ela.

A reação de Ana Hickmann


Ana Hickmann ouviu atentamente as palavras da jovem candidata. E explicou a ela que as provas do reality ocorreriam de domingo a segunda. “Que solução você me sugere para isso?”, quis saber Ana. Por umas três vezes, ela inquiriu da moça uma posição, apenas para receber a mesma resposta: ela não estava disposta a negociar seus princípios. “A única coisa que posso dizer é que eu posso fazer tudo, só não posso fazer no sábado, então, assim, se tem que competir no sábado, então eu não posso. Perder uma boa oportunidade talvez a melhor que eu já tenha tido até hoje. Mas eu cheguei até aqui porque vocês reconheceram meu talento, viram minha capacidade”, disse Wasthi em prantos.

A artista fez questão de enaltecer a moça adventista: “Você foi uma das minhas primeiras escolhidas.” Para Ana Hickmann, Wasthi possuía atributos como boa articulação, um vocabulário perfeito, carisma, além de ser comunicativa. “Tudo que eu tenho foi Deus quem me deu”, reconheceu Wasthi.

Ela foi muito clara até que ponto estava disposta a ir para honrar Seu criador: “Se tem que participar, e se tem que participar aos sábados, se esse é um critério, então não posso participar desse programa.” À frente, a moça resume sua compreensão da providência, justamente no momento em que parecia estar abrindo mão de um projeto acalentado há tanto tempo: “[…]uma frase que eu gosto muito: ‘Por maior que seja o meu sonho, o sonho de Deus é maior para mim’, eu acredito nisso e eu estou chorando, mas eu estou feliz. Mais uma vez Ele me deu prova de que o talento que Ele me deu é reconhecido pelos outros. E eu não sei o que Ele vai precisar fazer, quais as portas que Ele vai ter que abrir, mas Ele só fecha uma porta quando Ele tem outra para abrir. Então, eu agradeço pela chance, por tudo o que você disse, nossa, me deixou muito feliz.”


A despedida cheia de elogios: compensa ser fiel!




Finalmente, depois de um abraço emocionado, as duas se despediram, sendo que Wasthi se viu resoluta em deixar de participar da Casa da Ana Hickmann: “[…] Eu não esperava acontecer algo tão forte assim já no segundo dia, mas eu vou ter que aceitar a sua decisão. […] Mas uma coisa que eu quero repetir para você: você é uma menina talentosa, tem um brilho maravilhoso, uma grande comunicadora, continua sendo uma das minhas primeiras escolhidas, mesmo não estando mais aqui com a gente no programa. Eu amei te conhecer; você é uma pessoa muito especial, e mostrou ser mais especial ainda agora porque acredita nos seus princípios, segue dessa forma – isso é uma pessoa que a gente pode confiar.” Imagino que essas palavras, vindas de uma comunicadora conhecida nacionalmente, devem ter sido bastante encorajadoras para Wasthi.

A moça, que chorou quase todo o tempo, expressou que com pesar deixava o programa, mas que não estava totalmente triste, pois declarou: “[…]Eu fico feliz por poder dizer quem eu sou, como sou, no que eu acredito…”. Não estou bem certo de que a participação em reality shows seja ideal para cristãos, por vários motivos. Certamente, o mesmo pode ser dito sobre assistir tais programas, que, mormente, exibem situações contrárias aos nossos princípios mais básicos, além de se mostrarem de uma futilidade contumaz, com poucas exceções. A despeito disso, acredito que Wasthi Lauers, pelo seu testemunho, parecia responder a pergunta secular de Mardoqueu: “[…] Mas quem sabe? Talvez você tenha sido feita rainha justamente para ajudar numa situação como esta!” Et 4:14.

4 comentários:

Ary Moro disse...

Creio que o princípio do cristianismo é pregar com o exemplo. Concordo com o lema divulagado no meio militar "A PALAVRA CONVENCE O EXEMPLO ARRASTA", o militar tem aversão ao "teoricão e gosta de ver a coisa fucionar na prática pois enquanto as palavras ensinam o exemplo tem o poder de mostrar na prática aquilo que se busca ensinar. Vivenciar algo na prática do dia a dia, é muito mais importante e interessante do que apenas proferir palavras. O exemplo de uma vida permite que fatos e atidudes sejam guardadas com mais profundidade. Nosso sermão mais poderoso freqüentemente é pregado pela maneira a qual vivemos. Antes que a pessoa saiba o quanto você sabe, ela precisa saber o quanto você se importa com seu testemunho de vida. O historiador Edward Gibbon nos diz que quando Galério saqueou o campo do exército persa, uma brilhante bolsa de couro cheia de pérolas caiu nas mãos de um dos saqueadores. O homem cuidadosamente preservou aquela bela bolsa, mas jogou fora as preciosas pérolas. Pessoas que percorrem os caminhos superficiais que o mundo oferece, enquanto rejeitam aos conceitos de Jesus, a Pérola de Grande Preço, estão agindo pior do que aquele saqueador. Temos de ter cuidado com as associações que comprometem nossos princípios cristãos; ( Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? II Coríntios 6:14)
- "Nossa vida deve ser tal que os homens possam imitá-la com segurança." (C. H. Spurgeon)
- "Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única." (Albert Schweitzer)

História das histórias disse...

" Muitos cuidam da reputação, mas não da consciência " Antônio Vieira

Anônimo disse...

Não creio que cristãos devam participar desses tipos de programas, creio que o melhor é ficar bem longe. O profeta Daniel deu bom exemplo assim como a Wasti, todavia ele não foi a babilonia de livre vontade, foi como um escravo e teve que lutar contra os maus costumes daquela cidade, porem não foi assim com a Wasti, ela foi de livre e espontânea vontade, exponde-se a tentação. A Wasti aprendeu a lição de que devemos ficar distante de lugares que nos expõe a tentação.

Lucas Bernardo disse...

Ary Moro, não fique julgando as pessoas. Não estou aqui defendendo a atitude dela naquele programa (pois também discordo), mas ao invés de julgá-la oremos por ela. Pois você não sabe se ela se arrependeu e não cometeu mais esse erro. Imagine alguém ficar relembrando os seus erros mesmo depois de você ter se arrependido deles? Esse é o papel de Satanás. Siga o bom exemplo que ela deu com respeito ao sábado e, quanto aos erros, ore antes de jogar pedras.