quinta-feira, 26 de junho de 2008

SUSSURRO E TROVÃO



Meu dia perde a pulsação. O sol aborta
A influência aberta. Nexo em trevas se entrevira?
A noite anula o fixo olhar! Rompera a pira
O breu que entrava, e toda sombra fora morta…

À que mão prodigiosa a visão se reporta?
Quem confere acuidade à percepção? Vestira
Seda, e a costura cedeu – que é da caxemira?
Deixa uns metros de pano, e uma mortalha corta.

O homem que se acomoda em barro, que é?
E o filho do homem, com pétalas sobre entranhas?
Acaso vive para entender? Possui fé

Aquele que respira agora? Um favor peço:
Faz-me ver Teus feitos, e crer mais nas façanhas,
Às quais sem ver toda alma humilde tem acesso.

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