domingo, 10 de junho de 2012

10 ANOS DE VERSOS

Há dez anos – entre namoro, noivado e casamento – com minha esposa e me dei conta de que há muita coisa a recordar. Para começar do início, posto um poema de improviso que lhe dediquei quando nem namorados éramos. Trata-se de uma espécie de rondel gaiato, que trouxe surpresa a ela na época em que ela trabalhava no Apoio Acadêmico do UNASP-EC, cuidando entre outras coisas, de fotocópias para os professores, e não para os alunos, como pensei inadvertidamente. O resto, é história, e história em versos:
A UMA GAÚCHA QUE SE RECUSOU A FOTOCOPIAR OS VERSOS DO POETA

Indo ao Apoio Acadêmico,
Não pude apoio encontrar;
A gaúcha me falou:
“Ninguém pode copiar.”

Com meus versos simbolistas,
A la Mallarmé na mão,
Sofro da dor dos artistas
Sem qualquer publicação,
Tal qual Kilkerry e Rimbaud;
Fotocópias quis tirar,
Mas a gaúcha falou:
“Ninguém pode copiar.”

Lá se foram os registros
Da minha pobre arte rude!
E eu, poeta entre os ministros,
Quis copiá-los e não pude!
Mas vendo a moça, a gaudéria,
E vendo o verde do olhar,
Soube que aquela matéria
Ninguém pode copiar.

Engenheiro Coelho (SP), 9 de Abril de 2002, às 10h50.

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