quarta-feira, 29 de abril de 2009

A CRUZ

Trovejam as vozes de insulto, chicoteando ombros já chicoteados por todo o caminho, cheio de asperezas e ingratidões. Puderam piedosas senhoras comoverem-se daquele homem, com idade para ser filho delas? E os outros homens, seus contemporâneos, olharam para ele com simpatia? Afinal, que era feito de seus amigos próximos, que nem se atreveram a presenciar o momento de seu padecimento? Apenas o abandono o seguia.

Todos se avolumam. Um dia, a esperança. Em outro, o desespero. O caminho se abre, não mais para que o maltratado passe carregando a peça horizontal. Outro carrega seu fardo, porque ele se acha impossibilitado e soldados o arrastam friamente. Os cravos rasgando seus nervos o fazem despertar da síncope. Há muita dor pelas horas seguintes.

O que fora a cruz? O que ela ainda é? A tortura mais cruel e o livramento mais clemente. A maior humilhação e a mais ampla devolução da dignidade. A morte e a vida. A cruz é o eixo do Universo. O ponto em que converge a punição do então e a glória do adiante. Cruz é o amor escrito com sangue inocente para que os perversos sintam-se recolhidos pelos braços divinos do Pai.

3 comentários:

Anônimo disse...

Seria necesario a Cruz para o perdão da Humanidade?Ou apenas uma forma de impresiona.Seria Jesus o crucificado ou apenas um mero homem?Bom um mero homem sim,se visto do ponto carnal mas Deus ao ponto espiritual e a cruz uma mera
'brincadeirinha" dos romanos?.Acho que não e sim um plano de salvação uma chance a mas para a humanidade talvez a ultima ou a primeira de muitas.

André Reis disse...

O sangue da cruz pintou de vermelho o papel de presente da minha salvação. É um presente, de graça, nada que eu faça pode influenciar esse processo, a não ser rejeitá-lo.

É um dom de Deus, gratuito, de graça, pela graça, para a graça. O Sábado é infeliz ao tentar me salvar, as obras, miseráveis, meu dízimo, traição. Meu culto, pálida oferta, minha música, zumbido inexprimível.

Se não fosse de graça, ninguém chegaria lá!

Thank you Jesus!

Leonardo da Silva disse...

Existiam quatro formas de torturas nos tempos romanos (bíblicos), ser queimado vivo, ser comido pelas feras, ser degolado, porém o que era considerado o pior de todos era crucificaxão, para nós hoje é um grande orgulho ter como emblema de nossa fé a cruz porém nos tempos de Jesus era a coisa mais ridícula ter uma cruz (que era a maior humilhaçào da epoca) como emblema de fé, porém é na cruz que o céu chega perto terra, que Deus chega perto do ser humano.