domingo, 6 de novembro de 2011

A MORAL DA HISTÓRIA


Quero uma trena que meça
O horizonte e seus critérios,
O agregado e o posto fora.
Toda a argamassa de impérios,
Seca entre tijolos rígidos,
Não foi pensada em uma hora!
A vontade cerziu nós
E a um mundo concebeu voz.

Mas qual mundo explica o Mundo,
Assistindo ao mochileiro
Com nitência funcional?
Qual mundo é o mais inteiro,
Sem que atomize a Vida,
Fazendo de algo real
O todo da realidade
Aceita pela vontade?

Essa catacrese cósmica
Surrupia os elementos
Disponíveis à pesquisa;
Como explicar os eventos
Propulsores da existência
E o quanto ela sumariza?
Persignar-se ante a matéria
Não passa por opção séria

(Matéria é parte, não todo).
De onde veio a informação
Embutida em nossos genes?
No mundo entende-se a ação
De uma Inteligência acima,
Que legislou leis perenes,
Possibilitando ao humano
Vê-la através de Seu plano.

Volição não faz sentido
Para produtos do acaso;
Mas, se um propósito houvera
Para a Vida, neste caso
Escolher seria um meio
De atingir em nossa esfera
O que a Inteligência-Artífice
Fez para o homem ser partícipe.

Tendo em mãos as ferramentas
Da moral que singra a História,
Pomos a nu um processo
Redentor, calcado em glória:
Aceitamos ver o Mundo
Do modo por Deus expresso.
Trouxe o mal fugaz mudança,
Mas o juízo é a esperança.

O homem integral reage
À voz do Espírito e a aceita,
Razão pela qual transpôs
A incompletude imperfeita,
Do estado ulterior e próprio,
Para a fé que Deus propôs;
Ouvindo o Espírito, nasce
Para estampar Deus na face.

Visões dicotomizadas
Nos prenderam à incoerência...
Crer unificou a Vida
Em torno da Providência.
A cruz chega à última casa
- Na experiência é refletida:
O solipcismo é pregado,
Cristo em mim é levantado.

Ao restaurar o indivíduo,
Fica um prenúncio de um Mundo
Que Deus fará cheirar novo,
No sentido o mais profundo.
Descendo o Príncipe e as hostes,
Trará vida à alma do povo,
Que viveu em função disto,
Ardendo a fim de ver Cristo.

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