Thomas Kempis escreveu o livreto A imitação de Cristo, uma espécie de devocional monástico. Singelo, o volume ainda pode inspirar cristãos no século XXI, embora tenha de ser revisto de uma perspectiva crítica. Os exercício espirituais que ele sugere não estão de todo ajustados ao princípio da justificação pela fé. Ainda assim, falar sobre temperança, auto-domínio e oração é recuperar temas essenciais do evangelho. em verdade, a obra de Kempis testemunha do desejo que sempre acompanhou os seguidores de Jesus: imitá-lo.
Para horror geral, a HQ Punk rock Jesus se propõe a subverter blasfemamente essa ordem, com uma história tresloucada. Que o adjetivo bilaquiano não seja obra de exagero, vejamos: no enredo, um clone de Jesus é criado em um reality show e o garoto cresce avesso a preconceitos e se apresenta como um adolescente revoltado. Se você achou que já tinha visto os piores absurdos…
O desenhista Sean Murphy é autor da série, que sairá pelo selo Vertigo (DC Comics). De acordo com o site Multiverso DC, “Convicto do ateísmo, Murphy disse que sua história mostrará sua visão pessoal das religiões, da política e outros problemas sociais do mundo real.” Outro site especializado, o HQ Maniacs, complementa as informações: “Toda essa pressão recairá sobre Gwen, a mulher que foi selecionada através de um processo parecido com o do American Idol para ser a mãe do novo Messias. Para proteger o clone é contratado Thomas McKael, guarda-costas que já foi integrante do IRA, o que lhe garante um passado turbulento.”
Em suma: eis a triste reconstrução de Jesus, em uma era de miscelâneas, interações e ceticismo. Não à toa, Sean Murphy é ateu…
Parece que o desafio de imitar a Cristo paira sobre os cristãos genuínos. A cultura precisa ser desesperadamente influenciada por homens e mulheres dispostos a reproduzir o caráter do Senhor Jesus. Antes que coisa pior surja por aí!
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