terça-feira, 29 de abril de 2014

ENSINO DE CRIACIONISMO ATRAI INVESTIMENTO ANUAL DE US$ 1 BILHÃO NOS EUA



Quanto pesa no bolso de um país seguir os ensinamentos da Bíblia nas escolas durante as aulas de ciência?
Muito, pelo visto, se observarmos os Estados Unidos.
Segundo reportagem do Politico, o governo americano gasta 1 bilhão de dólares por ano para ensinar a teoria do criacionismo nas escolas.
Esse montante é bem significativo: maior que o PIB de 23 países, segundo a ONU, como os orçamentos de Zanzibar e São Tomé e Príncipe.
O recurso é gasto em forma de subsídios públicos destinado a escolas privadas.
Os programas didáticos de muitas dessas escolas nem incluem, paralelamente aos ensinamentos cristãos, a teoria da evolução ou outros fatos científicos.

E os livros vão além da criação do mundo em sete dias, segundo a reportagem: desdenham do secularismo, desacreditam momentos de descobertas científicas históricas e até hostilizam cientistas famosos.

Leis

Nos EUA, as escolas públicas, por lei, não podem colocar a teoria criacionista no currículo. Mas estados como Louisiana e Tennessee decidiram criar leis próprias para permitir isso.
Um levantamento da Slate achou dezenas de escolas, públicas e privadas, que ensinam criacionismo aos alunos.
Em Indiana, por exemplo, são 37 escolas. Na Flórida, 134.


Nota: A ênfase doa articulista deixa transparecer sua indignação com o que parece ser um imenso absurdo: o ensino do criacionismo. Para se manter na tradição da imprensa brasileira, a matéria presta o desserviço de diferenciar criacionismo de ciência, como se apenas o evolucionismo fosse a “forma correta” de fazer científico (equiparada a “fatos científicos”). Enquanto perdurar a mentalidade, não teremos discussões sérias em nível de ideias e nem cavaremos mais fundo na questão epistemológica, fator preponderante para entender os dois modelos – criacionismo e evolucionismo –, bem como suas diferentes construções científicas.


2 comentários:

matheus disse...

Pastor, não tenho conhecimento de como as aulas são ministradas, mas se o ensino do criacionismo for puramente baseado na Bíblia, então é inaceitável que isso seja exposto numa aula de ciências de uma escola pública: seria um desserviço prestado.
Se o criacionismo for apresentado como hipótese/teoria científica, sendo analisado pela ótica do método científico, aí sim vale apena ter uma aula de ciências sobre isso.

marcio goncalves disse...

apoio o nosso empenho de criticar as falhas claras no evolucionismo histórico, mas não posso apoiar o criacionismo. simplesmente creio na criação, não preciso prová-la cientificamente.