quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

50 APENAS



Quando soube de ti, subiu o chão
Para perto do Céu. Súbito e doce
Foi dizer que virias, ainda fosse
Demorar para ver nosso grão.

E havia tanto amor à tua espera!
Dois pares de olhos com aquela pressa
De quem ama e na ação amor expressa…
O que mais belo foi, já não mais o era,

Que o belo em ti brilhou na luz de um sonho:
Eras maior do que outra bênção do ano
Ou da vida. Foi quando o nosso plano,
Não se sabe por que, ficou medonho:

Perdemos nosso grão. Em desalento,
As lágrimas nos cobrem. Rastro rubro
Te recolhe dos pais. Em dor descubro
Que sempre amarei quem foi um momento!


Um comentário:

C S Sampaio disse...

Poesia triste, amigo.

mas muito bela.

Se expressa uma perda pessoal, meus sentimentos.

Fizeste como Davi.

Na tristeza escreveste um canto.