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quinta-feira, 1 de outubro de 2020
terça-feira, 19 de novembro de 2019
PROMOÇÃO DO LIVRO "MARCADOS PELO FUTURO"
O livro já estava esgotado, até eu receber o contato da Editora Ados, informando que haviam ainda mais cerca de 300 exemplares. Assim, aqueles que já conhecem meu trabalho poderão adquirir um dos meus primeiros livros. Por tempo limitado...
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
quinta-feira, 6 de setembro de 2018
SUPER PROMOÇÃO
Explosão Y (3 exemplares) + Restauração do papel da Revelação na pós-modernidade (3 exemplares) =R$ 128,90 (mais o preço do frete)
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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
terça-feira, 21 de novembro de 2017
PROMOÇÃO DE LIVROS
Verdade absoluta (Nancy Pearcey, CPAD), em bom estado, mais Restauração do papel da revelação (Douglas Reis et al., IAP), por apenas R$ 42,90!
Atenção: oferta única - assim que for adquirido, o link para compras será retirado.
domingo, 23 de julho de 2017
O LAR CRISTÃO E OS MODELOS DIVERGENTES
Os desafios conjugais se refletem na vida espiritual
do casal e de seus futuros filhos. Por vezes, boas intenções e mesmo princípios
cristãos não são suficientes para contornar as crises, porque muitos sequer estão
maduros para admitir a possibilidade de que elas surjam. E elas surgirão,
inevitavelmente.
A cultura popular dá uma ênfase exagerada ao
namoro, destacando-o como época da paixão. Os filmes relatam relacionamentos
casuais, crises e a resolução por meios de discursos espontâneos e românticos. Na
vida concreta, namoros são oportunidades para conhecimento mútuo. E as crises
(sempre no plural, é preciso frisar) não são atenuadas por palavras
sentimentais.
É preciso reconhecer que todo o amor do mundo
não fará duas pessoas concordarem em absolutamente todos os assuntos. Em uma
classe de escola sabatina, ouvi um participante opinar de forma que me
intrigou. A pergunta proposta pelo moderador da discussão era: “dentro de um
casamento, marido e mulher sempre pensarão do mesmo modo?” O rapaz respondeu
que se ambos tivessem o Espírito Santo seriam concordes em todos os assuntos. Não
me contive e cochichei com o professor: “tenho certeza de que ele é solteiro!”
A unidade no casamento não é sinônimo de
uniformidade. Somente existirá uniformidade em uma relação quando uma parte se
anula perante a outra, o que, obviamente, não constitui um modelo saudável de
matrimônio. Lidar com os conflitos no casamento implica no reconhecimento de
que duas pessoas possuem bagagens diferentes.
Por bagagens me refiro à criação, educação e
experiências de vida, que junto com o temperamento, influenciam o modelo de
pensamento de alguém. Uma simples discussão sobre quem deve realizar as compras
do mês ou a maneira de se temperar o feijão é suficiente para revelar
substratos culturais, valores e modelos estabelecidos. Uma discussão dessa
natureza, em geral, esconde abaixo da superfície os seus reais motivos. Gasta-se
esforço e argumentação discutindo de quem é a responsabilidade pela limpeza da
casa sem discutir os modelos pré-estabelecidos. Marido e mulher ganhariam se
conversassem sobre o que aprenderam de seus pais, explicando cada qual ao
parceiro o porquê de pensar como pensa.
Quando se reconhece que, para além dos
modelos vistos nos pais ou simplesmente idealizado, existem outros modelos, é
possível reconhecer que há outras maneiras de se fazer as coisas. Cobra-se
menos, porque se passa a entender melhor o outro. As cobranças surgem quando um
cônjuge quer encaixar o outro no padrão que possui, sem levar em conta que seus
padrões não os únicos que existem.
Relações maduras são aquelas em que os
cônjuges repensam juntos os modelos herdados e os reconstroem com o tempo,
ajustam-se por meio do diálogo. Se as crises não somem totalmente nesse
processo, ao menos elas se tornam menos frequentes e menos graves. E isso dá
espaço para que o casamento se torne o ambiente ideal para cultivar o
ingrediente que os filmes restringem (erroneamente) ao período do namoro: o
amor. Quando o amor frutifica, a vida espiritual agradece.
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quinta-feira, 20 de julho de 2017
A IGREJA DEVERIA MUDAR PARA ATRAIR OS JOVENS?
Em
seu e-book, Present Truth revisited, Reinder Bruinsma, administrador jubilado,
teólogo e escritor adventista reivindica mudanças. Em geral, a tendência é que
os europeus tenham uma visão mais liberal do cristianismo. Bruinsma se destaca
por se preocupar com o papel do movimento adventista no mundo contemporâneo.
Sua tese de doutorado – Seventh-day
Adventist Attitudes Toward Roman Catholicism, 1844-1965 – já tinha certas
doses de revisionismo e polêmica. Não foi muito diferente com seu livro The Body of Christ: A Biblical Understanding
of the Church, que, entre outras coisas, defendia a controversa ordenação
de mulheres ao ministério. Ele mesmo admite no prefácio de Present Truth que editoras adventistas recusaram-se a publicar o
material e lamenta que a denominação esteja hoje mais preocupada em manter a
identidade do que adaptar aos novos tempos.
Que
tipo de adaptação seria necessária? E por quê? Bruisnma trata, de maneira
intencionalmente não-técnica, do advento da pós-modernidade. Sua apresentação é
concisa e didática. Todavia, à semelhança de muitos teólogos e
administradortes, o autor sugere que o zeigeist
pós-moderno seja uma mudança cultural quase moralmente neutra, apenas uma
outra mentalidade. Assim, as novas gerações são o que são e a igreja adventista
necessita ser o tipo de igreja que atinja essa mentalidade.
O
perigo com esse tipo de raciocínio é a subversão da ordem das coisas: por
melhores que sejam as intenções (e não duvido sequer por um segundo das
intenções de Bruinsma e seus pares), o movimento adventista não foi chamado
para se adaptar a cada nova geração. A tática de se adaptar à cultura, de se
misturar com outras tradições como meio de exercer influência soa como prática
católica – os jesuítas são mestres na arte de parecer o que não são para
conquistar território. Colocar a cultura como referência ao invés das Escrituras
é sempre uma estratégia perigosa, porque desloca o verdadeiro fundamento da
igreja de seu lugar.
Além
disso, sendo a cultura pós-moderna fluida, alheia a rótulos, em constante
mutação e multiforme, seria um contrassenso estabelecer um modelo de igreja
pós-moderna, simplesmente porque não existe um modelo de pessoas pós-modernas! Dizer
“os pós-modernos pensam assim” ou “os pós-modernos gostam de tal coisa” é
desconhecer que na pós-modernidade a regra do jogo é “não há regras fixas”. Logo,
uma igreja para pós-modernos teria de ser mutável e adaptar-se constantemente. Ora,
o processo de adaptação do pensamento cristão à sociedade não-cristã (que, em
suma, me parece o que Bruinsma e tantos outros propõem irrefletidamente)
chama-se secularização.
Uma
igreja secularizada pode ser até um sucesso em atrair pessoas (há denominações
que crescem espantosamente, muito além do que os adventistas vêm crescendo);
entretanto, falhará em formar, instruir e manter em sua comunhão cristãos com
uma experiência espiritual impulsionada pelo Espírito e pelas Escrituras. Geralmente,
igrejas secularizadas são como bolhas: inflam assustadoramente, estouram
repentinamente.
A
igreja deveria mudar para atrair os jovens? Ou os pós-modernos? Ou os ricos? Ou
qualquer etnia, tribo urbana ou grupo humano? Sim, a igreja deve mudar! Deve ser
mais bíblica, mais espiritual, mais cheia do Espírito, mais semelhante a Jesus.
Se mudar da maneira certa, atrairá mais pessoas. Cumprirá a obra com poder e do
modo como Deus intenciona.
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domingo, 18 de junho de 2017
TEMPO DE CELEBRAR: LIÇÕES DA HISTÓRIA DA IGREJA
O pastor Dan Simpson estudou as técnicas de crescimento de igreja propostas por Peter Wagner,
um dos gurus do movimento, e as compartilhou com a congregação adventista que
ele pastoreava, a Calimesa Church.[1] Sem
resultados, Simpson assumiu a congregação adventista Azure Hills, localizada em Grand Terrace, California, no fim do ano
de 1986, onde contou com a assessoria de Carl F. George, um consultor de
igrejas associado ao Charles E. Fuller
Institute of Evangelism and Church Growth.[2]
Em abril de 1989, a associação da qual Simpson fazia
parte votou que ele estabelecesse a congregação que ficaria conhecida como Colton Celebration Center, em um
edifício alugado da denominação Assembleia de Deus.[3] A
proposta logo ganhou adesão de outras congregações adventistas, recebendo
especial destaque as congregações Milwaukie
church, em Oregon e Buffalo church,
em New York.[4]
Nascia o movimento Celebration, que representou
“uma ruptura decisiva com a liturgia adventista tradicional”,[5] o qual atingiu muitas
congregações adventistas nos Estados Unidos durante a década de 1990 e ainda influencia a discussão
sobre liturgia em muitos contextos. O que podemos aprender desse movimento?
Nos bastidores do estilo
celebracionista
Hasel analisando o estilo “celebracionista” de culto, constatou a ocorrência de pelo menos três mudanças: (a) quanto à
estrutura congregacional, sendo que as congregações tornaram-se mais
independentes, abandonando o uso do hinário adventista e agindo
administrativamente como se fossem “mini-denominações”;
(b) quanto à liturgia, que agregou elementos como dança, teatro, inovações
hinódicas, etc.; (c) quanto às doutrinas: ao invés das doutrinas tradicionais
adventistas, a ênfase recaiu sobre amor, perdão e aceitação.[6] A
conclusão de Hasel traz um alerta muito expressivo: “Em nossa fome espiritual,
em nossa ânsia por reavivamento e poder do alto, fixemos nossos olhos na
direção da Palavra de Deus. Na Escritura nós encontraremos força renovada e
poder divino para descobrir e redescobrir a vontade de Deus para Seu povo no
tempo do fim. Os adventistas são o povo do Livro; e o Espírito que fala através
do Livro nos renovará.”[7]
Por que o estilo de adoração celebracionista se oporia
ao estuda das Escrituras? Segundo Bacchiochi deve-se reconhecer que, em muitos
casos, “aqueles que suplicam por música eclesiástica que ofereça satisfação
pessoal ignoram que isso implica buscar uma estimulação física egocêntrica em
vez de um celebração espiritual teocêntrica das atividades criativas e
redentivas da divindade”.[8] Essa aproximação
da cultura secular remete a modelos mais bem observados na fenomenologia de
cultos pagãos. Dorneles afirma que a “relação
direta entre espírito (mundo sagrado) e o homem e a natureza (mundo profano),
quer seja pela gênese dos espíritos como descendentes dos humanos, quer seja
pelo fenômeno de possessão, influencia a aproximação, senão a integração entre
o sagrado e o profano.”[9]
Sem dúvida, isso representa um desvio do propósito da
adoração autêntica, conforme asseverou Ted Wilson, presidente da Associação
Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia: “O diabo está tentando neutralizar a igreja de Deus por
meio da tendência de aceitar a música e adoração carismáticas e pentecostais,
abordagens que focam nos membros da igreja e naqueles que lideram a liturgia,
ao contrário de focar no Deus verdadeiramente adorado. Um falso entendimento da
adoração nos leva ao cerne das três mensagens angélicas, uma vez que tais
mensagens são para que o povo volte à verdadeira adoração a Deus e não à falsa,
experiência eufórica, mas, ao contrário, à genuína conexão espiritual com Deus
por meio do estudo da Bíblia e da oração.”[10]
Como deveríamos celebrar?
Segundo Klingbeil, diante dos riscos da adoração mal
orientada, precisa-se tratar do assunto do culto de um ponto de vista bíblico.[11] Rodríguez
reforça a ideia, enfatizando que “mudanças na liturgia necessitam ser precedidas
de uma análise séria sobre a natureza da adoração cristã que auxiliará no
enriquecimento da experiência de culto dos fiéis.”[12] Os
adventistas do sétimo dia possuem um entendimento bastante claro sobre
adoração. Entretanto, como assinala Fortin, em “anos recentes, uma hermenêutica
pós-moderna de preferências pessoais e culturais tem dominado qualquer
discussão sobre adoração.”[13] O autor segue dizendo que muitos
estudos que pretendem descobrir princípios de adoração são de natureza
revisionista e influenciados pela hermenêutica que ele denuncia. Como
resultado, “todo formato e entendimento sobre adoração são impostos sobre todo
o povo, e que todo estilo de adoração é um objeto de preferências
congregacionais e culturais.”[14] Oliveira advoga uma consciência crítica
fundamentada no significado intrínseco à música: “Se realmente tivéssemos a
devida seriedade e sobriedade que o assunto do uso de música na Igreja requer,
iríamos no mínimo ter a curiosidade de tentar descobrir como a música é capaz
de nos afetar e comunicar ideias e sentimentos.”[15]
Em
qualquer grupo de adoradores, o culto em geral, e o tipo de música em especial,
é conduzido de acordo com a visão que se tem da divindade.[16]
Gordon pondera que por dezenove séculos diversas tradições cristãs, nas mais
variadas culturas, admitiram a convivência de música antiga e contemporânea,
sendo a última selecionada e incorporada no repertório da igreja. A mudança
nesse padrão aponta uma mudança profunda.[17] A
salvaguarda seria propor mudanças no culto somente a partir do entendimento
bíblico, uma vez que, ao introduzir metodologias e práticas sob a influência da
cultura secular, corre-se o risco de comprometer o sistema bíblico-doutrinário
adventista. Conforme Becerra argumenta: “Alguém pode falhar em perceber como a
prática de adoração gradualmente modifica a doutrina. A introdução de práticas
de adoração não enraizadas nas Escrituras poderia ser perigosa. A Igreja
Adventista deveria ser cautelosa em definir teologia e prática de adoração
bíblica. A sociedade contemporânea é caracterizada pelo desejo pela experiência
e sentimentos acima da doutrina, como se vê na adoração carismática
contemporânea. Qualquer adoção de novas formas de adoração deveria ser avaliada
pela sua fidelidade às Escrituras.”[18]
Para Plenc, com base na teologia bíblica, o “culto
deve ser caracterizado pela reverência, ordem e solenidade em equilíbrio com
comunhão, espontaneidade e alegria.”[19] Tanto
na Bíblia quanto nos testemunhos de Ellen G. White, a adoração se fundamenta
“em virtude dos atributos absolutos de Deus, como a infinitude, a eternidade, a
grandeza e perfeição.”[20]
Rodríguez acrescenta que o chamado para a adoração exclusiva que aparece nas
Escrituras ocorre no contexto do grande conflito, sendo a resposta a esse
chamado – e consequente envolvimento na adoração – uma tomada de
posicionamento, traduzida em “expressão de lealdade a Ele [Deus] e um
reconhecimento de Seu amor”, o que tem estreita relação com o coração da
mensagem adventista (Ap 14:6-12).[21]
Conselhos finais
Os adventistas foram agraciados por Deus com orientações adicionais,
provenientes dos testemunhos de Ellen G. White. Nos seus escritos, encontramos
a seguinte repreensão a um grupo de crentes
nos seguintes termos: “Sua
religião parece ser mais da natureza de um estimulante do que uma permanente fé
em Cristo.”[22] Para a pioneira adventista, os "verdadeiros [cristãos] conhecem o valor da obra
interior do Espírito Santo sobre o coração humano. Satisfazem-se com a simplicidade nos
cultos".[23]
Desde o início, o adventismo parece ter lutado contra o excesso de
emocionalismo; por isso, nota-se a recomendação: “A verdade deve ser apresentada à mente o mais isenta possível do elemento emocional”.[24] Por outro lado, não se defende um formalismo mecânico; pelo contrário: “Seu culto deve ser interessante e atraente, não se
permitindo que degenere em formalidade insípida. Devemos dia a dia, hora a
hora, minuto a minuto viver para Cristo; então Ele habitará em nosso coração e,
ao nos reunirmos, seu amor em nós será como uma fonte no deserto, que a todos
refrigera, incutindo nas almas esmorecidas um desejo ardente de sorver da água
da vida.”[25]
E se no passado o movimento celebration
procurou efetuar a evangelização de forma contextualizada à sociedade
norte-americana, é justo que se avalie a iniciativa a partir da contundente
declaração inspirada: “Muitos supõem que, para se aproximar das classes mais
altas, é preciso adotar uma maneira de vida e um método de trabalho que se
harmonizem com seus fastidiosos gostos. Uma aparência de riqueza, custosos
edifícios, caros vestidos, equipamentos e ambiente, conformidade com os
costumes do mundo, o artificial polimento da sociedade da moda, cultura
clássica, as graças da oratória, são considerados essenciais. Isso é um erro. O
caminho dos métodos do mundo não é o caminho de Deus para alcançar as classes
mais elevadas. O que na verdade os tocará é uma apresentação do evangelho de
Cristo feita de modo coerente e isento de egoísmo.”[26]
[1] Viviane Haenni, “The Colton
Celebration Congregation: A Case Study in American Adventist Worship Renewal
1986-1991.” (Tese doutoral: Andrews University,1996), 64.
[2] Ibid., 65.
[3] Ibid., 68.
[4] J. David
Newman e Kenneth R. Wade, “Is It Safe to Celebrate?,” Ministry Magazine,
1990, acesso: 29 de Janeiro de 2017,
https://www.ministrymagazine.org/archive/1990/06/is-it-safe-to-celebrate.
[5] John S. Nixon, “Towards a
Theology of Worship: An Application at the Oakwood College Seventh-Day
Adventist Church.” (Tese doutoral, Andrews University, 2003), 21
[6] Gerard F.
Hasel, “The ‘third Wave’ Roots of Celebrationism,” in Samuel Koranteng-Pipim,
Here We Stand: Evaluating New Trends in the Church (Berrien Springs, MI:
Adventism Affirm, 2005), 395.
[8] Samuele Bacchiocchi, “Una Teología Adventista
de La Música Eclesiástica,” Kerigma (Col. Moderna, México, 2001), no
2, 23.
[9] Vanderlei Dorneles, Cristãos em busca do
êxtase: para compreender a nova liturgia e o papel da música na adoração
contemporânea (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2006), 9.
[10] Ted Wilson, “God’s Prophetic Movement,
Message, and Mission and Their Attempted Neutralization by the Devil,” sermão
durante o concílio anual, realizado em Silver Spring em 11 de Outubro de 2014,
accesso 15 de Outubro de 2014,
http://www.adventistreview.org/church-news/%E2%80%98god%E2%80%99s-prophetic-movement,-message,-and-mission-and-their-attempted-neutralization-by-the-devil%E2%80%99.
[11] Gerald A. Klingbeil, “Una Teologia de La
Musica Sacra,” Theologika (Lima, Peru, 1997), ano 12, no 2,
191.
[12] Ángel Manuel Rodriguez (org), Teologia Do
Remanescente: Uma Perspectiva Eclesiológica Adventista (Tatuí, São Paulo:
Casa Publicadora Brasileira, 2012), 18.
[13] Denis Fortin, “Ellen G.
White’ Theology of Worship and Liturgy.” In Ángel Manuel Rodriguez (org), Worship,
Ministry, and the Authority of the Church; Studies in Adventist Ecclesiology -
3. (Silver Spring, MD: Biblical Research Institute, 2016), 84.
[14] Ibid.
[15] Jetro Oliveira, “Além Da Estética: Um Ensaio
Sobe a Música Sacra E Seu Significado,” Kerigma (Engenheiro Coelho, SP,
2006), Ano 2, no 1, 28.
[16] Ver especialmente Wolfgang H. M. Stefani, Música Sacra,
Cultura E Adoração (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2002).
[17] T. David Gordon, Why Johnny Can’t Sing
Hymns: How Pop Culture Rewrote the Hymnal (Phillipsburg, N.J.: P & R
Pub., 2010), 42–43.
[18] Sergio E. Becerra, “Worship
and the Magisterial Reformers.” In Ángel Manuel Rodriguez (org), Worship,
Ministry, and the Authority of the Church; Studies in Adventist
Ecclesiology - 3. (Silver Spring, MD: Biblical Research Institute, 2016), 29.
[19] Daniel
Plenc, “Toward an Adventist Theology on Worship,” In Ángel Manuel Rodriguez
(org), Ministry, and the Authority of the Church; Studies in Adventist
Ecclesiology - 3 (Silver Spring, MD: Biblical Research Institute, 2016), 131.
[20] Daniel Plenc, “Elena G. de White Y La
Adoración,” In Hector O. Martín e Daniel A. Mora (ed.), Elena G. de White:
Manteniendo Viva La Visión: Documentos Del I Simpósio Bíblico-Teológico Del
Seminário Teológico Adventista de Venezuela (Yaracuy, Venezuela: Seminário
Teológico Adventista de Venezuela, 2015), 245–246.
[21] Rodriguez, Ángel Manuel.
“Elements of Adventist Worship: Their Theology.” In Worship, Ministry, and
the Authority of the Church, 133–147;
Studies in Adventist Ecclesiology - 3 (Silver Spring, MD: Biblical Research
Institute, 2016), 133.
[23] Ibid.
[24] Ibid., 611.
[25] Ellen G. White, Testumunhos Seletos
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996), vol. 2, 252.
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quarta-feira, 14 de junho de 2017
O POLITICAMENTE INCORRETO JESUS
A
crítica de cinema Isabela Boscov, ao tratar do filme Z – a cidade proibida, reagiu contra a caracterização de sua
personagem principal. O explorador Percy Fawcett, que, na vida real, procurou
pela lendária El Dorado, estaria retratado na trama muito diferente da pessoa
que realmente foi. Nas palavras de Boscov: “É uma representação politicamente
correta do personagem real, agudamente preocupada com os ditames do que hoje se
considera ser de bom tom.”
Se
isso é um fator de frustração em um filme, imagine quando a personagem
histórica é Jesus, alguém cuja importância e papel na construção do Ocidente
transcende não só a figura de Fawcett, como a de qualquer outra personalidade.
No dizer do historiador George Knight, o Jesus dos cristãos contemporâneos
aparece como um cavalheiro do século XXI, em uma tentativa politicamente
correta de reconstruí-lo à imagem e semelhança da cultura pós-moderna.
Há
muito o fundador do cristianismo é tratado como um símbolo vazio (tomando a
expressão de Schaffer), encarnando os valores de cada época. Atualmente, Ele é
associado às minorias, como seu defensor, uma espécie de Robin Hood ou Che
Guevara da Palestina. Jesus é associado à aceitação irrestrita, alguém incapaz
de fazer julgamentos, sensível e totalmente aberto a outros.
Como
na fábula dos cegos que tateiam o elefante, é fácil que a miopia de perspectivas
culturalmente condicionadas enxerguem somente os traços da personalidade de Cristo
que lhe sejam convenientes. Todavia, uma representação apropriada de quem Jesus
foi de fato não pode negligenciar a principal fonte de testemunhos oculares
sobre ele: os evangelhos.
Uma
simples análise do Jesus retratado nos evangelhos mostra o quão firme Ele era
em suas convicções, a ponto de não se preocupar em perder simpatizantes em nome
de uma mensagem impopular (Mt 15:12-14; Lc 4:24-30; 8:19-21; 18:22-29; Jo 6:60-64).
Jesus podia sentir ira, verdadeira indignação diante de injustiças (Mc 3:5,
onde ocorre a palavra ὀργῆς,
geralmente usada para se referir à ira de Deus, em contexto de julgamento; cf.:
Rm 2:5; 9:22; 1 Ts 1:10; Ap 6:16-17; 14:10; 16:19; 19:15). Jesus não se omitia
diante de injustiças, não tolerava o erro ou aceitava visões religiosas que
induzissem à uma concepção incorreta sobre Deus (Mt 15:3-9; Jo 2:13-17; 3:10). Ele
pronunciou julgamentos severos (Mt 12:21-24, 36-37, 40-42; 23:34-36). É comum que
Jesus usasse linguagem forte para denunciar a hipocrisia religiosa de seus dias
(Mt 12:33-35, 39; 23:13-27; Jo 8:38-44).
Definitivamente,
a personalidade de Jesus possuía traços controversos. Ele conseguia viver de
forma autêntica, mas sem aquela autenticidade autoproclamada de quem deseja
apenas chocar as pessoas. Ele agia com um senso de justiça que desafiava
convenções sociais. Não temia levantar a voz contra o erro, embora isso o
tornasse impopular em alguns ciclos. Era firme e proferia discursos enérgicos,
exigentes – os séculos de distância e as mudanças culturais obliteram muito da
ironia, sagacidade e provocação das parábolas de Jesus. Além disso, a
familiaridade com o texto bíblico impede mesmo a muitos cristãos atuais de
perceberem a condenação e exclusivismo próprios do Mestre em mensagens como a
que se acha em João 14:6.
Nenhum
desses traços enfraquece a bondade de Jesus, mas a complementam, impedindo que
sua mensagem de amor seja alvo de uma releitura que o transforme em uma espécie
de hippie ou pregador ingênuo. Nele
aparece um tipo de amor sem conivência, uma misericórdia que funciona em
conexão com o julgamento, nunca à parte ou contra ele. Jesus não era
politicamente correto. Isso não o torna um sujeito boçal, mal-humorado ou um
político da ultra-direita. Avaliado com justiça, Ele não pode ser usado
apropriadamente como símbolo de nenhuma ideologia atual – e, me arrisco a
dizer, em muitas situações, pouca compatibilidade há entre Jesus e a postura de
muitos de seus professos seguidores, moldados mais pela cultura consumista e
entretenimento midiático do que pelo seu suposto compromisso religioso. O Jesus
bíblico representa um lado: o lado dele, o lado da verdade (Jo 8:32, 36). Como é
mais fácil trazê-lo violentamente para o nosso lado do que nos submeter pacificamente ao lado dele!…
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