segunda-feira, 19 de abril de 2010

JENNIFER KNAPP, RAY BOLTZ E A DEMOLIÇÃO DO ARMÁRIO



A produção artística faz com que, aos 36 anos, Jennifer Knapp pareça uma adolescente. Isso é ideal para a cantora cristã que envereda pelo caminho do pop. O que não cairá bem para a sua imagem será quando os fãs descobrirem que Knapp assumiu a homossexualidade.
Recentemente, a mudança de orientação sexual da cantora, que teria passado dez anos sem possuir um par (e sem envolvimento sexual), chamou a atenção da Reuters. Em matéria divulgada pela agência, Jennifer Knapp divulgou o lançamento de seu novo álbum, que atingirá “o grande público” – ou seja: um álbum secular, assim como Freedom, lançado por Michael English logo quando o cantor assumiu um caso extraconjugal (aliás, English, Sandi Patty e Amy Grant aparecem na reportagem como exemplos de astros cristãos que tiveram seus deslizes morais).
Ainda assim, Jennifer se considera uma pessoa de fé. Seu vaticínio de que sofrerá preconceito – ‘“Sei que vão me enterrar antes de ouvirem a história inteira”’ –, não a impede de solicitar compreensão da parte de pessoas religiosas: ‘“Se existe alguma frustração, é por tentar romper com cortesia o jugo de ter que ser algo que não consigo, dizendo com toda humildade: 'Por favor sejam gentis comigo quando descobrirem a verdade'. É tudo o que você pode fazer."’
Outro famoso cantor gospel, Ray Boltz, chocou o mundo religioso por “sair do armário”. Boltz é autor de canções conhecidas entre os adventistas, como Watch The Lamb (cujo vídeo é exibido na Semana Santa), Thank You (“Obrigado/Por dar-me pro Senhor/Hoje eu estou/transformado”, na voz de Fernando Iglesias), I Pledge Allegiance To The Lamb (que fala sobre os mártires, e possui um vídeo comovente), entre outras.
Recentemente, Ray Boltz divulgou em seu site a música Don't Tell Me Who To Love (“Não me diga a quem amar”), deixando bem clara sua posição, assumida durante uma entrevista dada ao periódico The Washington Blade (veja aqui a matéria da Christianity Today).
A exemplo de Knapp e Boltz, a alegação comum de cristãos que assumem sua homossexualidade é não terem mais como lutar contra a própria natureza. A aceitação da “condição” nesses casos não costuma ser tão entusiástica como a de Ricky Martin. Geralmente, primeiro vem a confissão de ser impossível resistir (mesmo sabendo ser errado); a defesa da homossexualidade (e, em alguns casos, a militância) se desenvolvem a posteriori.

Mas a Bíblia ensina a lutar contra a nossa natureza: “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria.” Portanto, toda e qualquer fraqueza se deve submeter a Cristo, por meio de quem se obtém a vitória. Em Jesus, ninguém sairá do armário ou viverá nele: o armário, simplesmente, será demolido!


Colaboração: Levi Tavares (Música e Adoração)

5 comentários:

Anônimo disse...

Esse é o fim do caminho, quando minimizam os critérios da Palavra de Deus!!!
Irônico que cada vez mais, astros da música secular e gospel ( que na prática é a mesma coisa), se declarem à margem dos postulados cristãos...
Ainda me lembro de uma brazuca que.... ah! Melhor deixar pra lá...


Evanildo F. Carvalho

Unknown disse...

ESSE "ARMÁRIO", É O ARMÁRIO DE SATANÁS, QUANDO PESSOAS, QUER BOAS OU NÃO, EVANGÉLICAS OU NÃO, TENTAM ESCONDER DE DEUS SEUS PECADOS ACARICIADOS, SATANÁS OFERECE O "ARMÁRIO", "VEM, SE ESCONDE AQUI QUE NÃO TEM ERRO, EU TE ACEITO ASSIM", MAS DEUS TAMBÉM NOS ACEITA DO JEITO QUE SOMOS, MAS QUANDO EXISTE VONTADE DE NÃO PRATICAR COISAS OU ATOS QUE DESAGRADEM ÁQUELE A QUEM ESCOLHEMOS SEGUIR, NO CASO, JESUS CRISTO.

FIQUEI CHOCADO COM A NOTÍCIA, TINHA PRA MIM QUE ESSE ERA UM HOMEM DE DEUS (RAY BOLTZ), PORÉM, EU JA VI CANTORES "CRISTÃOS" QUE LOGO PODERÃO APARECER NESTA LISTA QUE COM CERTEZA VAI AUMENTAR.
DEUS SEJA CONOSCO NOS DANDO FORÇA PARA SERMOS PUROS E "IRREPREENSÍVEIS" PERANTE TUDO E TODOS.

Anônimo disse...

é engraçado falar quando não se vive. falar que o armário vai ser demolido soa maravilhosamente bem nos lábios de quem não tem esse problema. gostaria que você sofresse um pouco o que cada um desses cantores sofreu, pra vir com demagogias dizer que é fácil enfrentar a vida. acordar todo dia de manhã e ter que mentir e fingir pra todo mundo algo que você não é e não gostaria de ser, é difícil. fingir que gosta do sexo oposto e orar toda noite pedindo pra realmente gostar é difícil.

difícil é acordar depois e perceber que você continua gostando de pessoas do mesmo sexo, que orar e chorar não sararam a sua chaga.

antes de tocar em assuntos delicados sem a pretensão de discutí-los com profundidade, pense que a vida não é nada fácil pra quem quer amar um outro, mas não pode, pois isso lhe custaria o céu.

ser gay é ter o amor vetado, pense sobre isso antes de falar frases de efeito.

douglas reis disse...

Caro desconhecido,

geralmente não dou importância a comentários de pessoas que não se identificam, mas, no seu caso, abri uma instrutiva exceção.

Acho que você errou a mão na crítica. Não é preciso ser homossexual para saber o quão difícil é "acordar todo dia de manhã e ter que mentir e fingir pra todo mundo algo que você não é e não gostaria de ser".

Cada cristão enfrenta semelhante embate em pelo menos uma área de sua vida.

E, conquanto a luta seja difícl, dificílima, não é impossível, porque não precisamos nos restringir aos nossos recursos emocionais, mas ao poder do Criador.

Continue lutando, e um dia, ao voltar Jesus, todos seremos plenamente o que Deus espera que sejamos.

Anônimo disse...

Prezado Pastor Douglas, se permanecemos anônimos é por cautela e porque, dentre os pecadores , somos vistos na igreja como os maiores. Abra a boca e revele sua homossexualidade: nunca mais as pessoas olharão com os mesmos olhos pra você; nem seus amigos que começarão a afastar-se. Você será alvo de piadinhas, visto como um coitadinho, um inferior. Acho que no íntimo, mesmo os cristãos mais espirituais e compreensivos (e são poucos em nosso meio)dificilmente acreditam na conversão de um homossexual.Estou quase chegando à conclusão de que é impossível mudar tal inclinação. O máximo a que se pode chegar é ao celibato, à negação da prática. Isto é frustrante, causa desânimo e questiona até a graça de Deus. Tento entender na minha vida o que significa "onde abundou o pecado, superabundou a graça". Estou meio descrente.
Quem não é homossexual não entende a força deste pecado. Aliás, os pecados sexuais (mesmo em relação aos heteros)são os mais difíceis de serem rompidos porque envolvem algo profundo na natureza humana. É necessário um milagre, um poder muitíssimo superior pra vencer algo psicologicamente arraigado no homossexual.
Sou homossexual, não sou assumido, não tenho cargos na igreja, não concordo que a homossexualidade deva ser aceita, não apoio causas homossexuais, não acho prudente nenhum cristão (como tais artistas)revelarem publicamente a homossexualidade, considero isto um pecado. Mas SOU homossexual. Tristemente sou. Eu já disse a Deus que não me conformo apenas com o Seu perdão; espero muito mais dEle. De fato, odeio esta realidade caída, este mundo confuso. Mas o que fazer?
Tudo parece tão teórico no cristianismo laodiceano... Ainda espero encontrar este Cristo que bate à porta do coração, que deseja cear, conversar, transformar. Até agora, permaneço frustrado com os discursos belos, lógicos, corretos, mas destituídos de poder do mundo cristão. É... tenho de ir em busca desse Deus, verificar se Ele é real. Ou melhor, queria que Ele viesse em busca de mim, me desse atenção, entendesse minhas carências, me explicasse um pouco o porquê delas, curasse minhas ansiedades e angústias interiores. É um sonho, tudo parece uma ficção, embora eu creia que não seja para poder alimentar a esperança.
Desculpa o desabafo anônimo,mas é a única forma que temos de dizer sinceramente o que sentimos sem constrangimentos. Não quero sair de armário nenhum. Quero liberdade autêntica. Como? Não sei ainda. O mundo real não é o novo céu nem a nova Terra. É um lugar feio, sem brilho, sem encanto, uma prisão,local de sofrimentos, sobretudo psicológicos. Odeio este grande conflito. Queria mesmo é estar longe dessa guerra, noutro tempo, noutro lugar, sendo outra pessoa.
Parabéns pelo blog.