A
cada cinco anos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia reúne delegados
representando todos os campos, em uma assembleia mundial, conhecida como
Conferência Geral. Ali são tratados todos os assuntos envolvendo doutrinas e regulamentos, práticas e procedimentos, escolha de líderes e apresentação de relatórios. Nos últimos anos, um
dos temas mais delicados tratado nessas reuniões é a questão de ordenação de
mulheres ao ministério pastoral.
Comissões do mundo inteiro se reuniram para estudar o assunto. O debate passou do âmbito administrativo para o do estudo teológico e chegou finalmente à grande parte da membresia adventista, especialmente nos países mais desenvolvidos. Finalmente, nessa 60ª edição da Conferência Geral houve a votação sobre o assunto: dentre o total de 2363 votos, 977 foram a favor, 1381 contra e ocorreram 5 abstenções. A maioria, portanto, entendeu que não há evidência na Revelação divina (Escrituras Sagradas e testemunhos de Ellen G. White) que apoie a ordenação de mulheres.
Comissões do mundo inteiro se reuniram para estudar o assunto. O debate passou do âmbito administrativo para o do estudo teológico e chegou finalmente à grande parte da membresia adventista, especialmente nos países mais desenvolvidos. Finalmente, nessa 60ª edição da Conferência Geral houve a votação sobre o assunto: dentre o total de 2363 votos, 977 foram a favor, 1381 contra e ocorreram 5 abstenções. A maioria, portanto, entendeu que não há evidência na Revelação divina (Escrituras Sagradas e testemunhos de Ellen G. White) que apoie a ordenação de mulheres.
O
que se pode aprender com isso? Primeiro, que a igreja de Deus, sendo mundial,
age sabiamente em uma democracia, procurando consenso entre pessoas de
opiniões, formação, cultura e experiências distintas. Na multidão de conselhos
há sabedoria. Crescemos ao ouvir pessoas que, embora tão diferentes, vivem a
mesma esperança que nós. Obviamente, a base de nossa fé é a Revelação e devemos
submeter todas as outras coisas a ela. Ainda assim, devemos ser humildes em
nossa maneira de entender as Escrituras, orando para que em nossa hermenêutica
mantenhamos o sólido princípio de interpretar a Bíblia por meio da própria
Bíblia.
Por outro lado, como
um povo espalhado pelo mundo inteiro, é natural que divergências em assuntos
menores apareçam. Isso não deve nos deixar perplexos ou temerosos. A fé que nos
une será sempre desafiada por questões culturais. E elas merecem ser tratadas, em sua dimensão apropriada. Cabe a nós buscar consenso e
nos fixar no que realmente possui importância: o cumprimento de nossa missão
profética! Isso não implica em fuga de assuntos relevantes ou simples postura anti-intelectual: os adventistas entendem que Deus lhe conferiu uma prioridade (Ap 14:6-12).
A lição mais importante que se deve extrair: não há, como alguns líderes assinalaram, perdedores e vencedores na questão
particular da ordenação das mulheres – ou em qualquer outra que se levante. Todo o povo de Deus sai vencedor quando debate assuntos delicados sem perder o
espírito cristão e quando busca manter a unidade na verdade eterna da Palavra. Preservar a identidade adventista frente a questões contemporâneas requer humildade e espírito de oração. Não há respostas prontas, nem estradas planas. Porém, confiando na direção de Deus e palmilhando por onde a palavra profética indica, seremos vencedores em todas as disputas.
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