quinta-feira, 1 de junho de 2017

AS VEZES


DES FOIS
Encontro em Jesus sempre uma expressão de afeto
Não limitada ao meu momento mais tranqüilo,
Quando a fé dobra a dúvida; há, quando vacilo,
A mesma aceitação como quando sou reto.
Meu Deus cumpriu na cruz o primordial decreto
De estender a mão para o pária. O amparo, o asilo
Recende a vaporoso hortelã. Descobri-lo
É ter presente no redil líder concreto.
Minha entrega de amor, morte temida do erro,
É flor de submissão deixando o chão do enterro,
É grão que morre para aparecer o trigo.
As vezes em que por avidez de glória ouço
Desbotado argumento e volto ao calabouço,
Nem por isto Jesus recolhe a mão de amigo.
1ª São José do Rio Preto (SP), 18 de Julho de 2002, às 10:35h.
2ª Guarulhos, 22 de Outubro de 2004, às 24:40h.

Últimas alterações: Guarulhos, 3 de Novembro de 2004.     

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