quarta-feira, 18 de abril de 2012

BARCELONA INVENCÍVEL? SÓ NÃO AVISARAM O CHELSEA


Chuva em Londres? Comum. Frio na cidade do Big Bem? Ordinário. O festejado Barcelona sair de campo vencido? Surpreendente! Mas na partida contra o Chelsea, no primeiro jogo da seminal da Liga dos Campeões disputada nessa tarde, o surpreendente teve lugar.
Não que a partida tivesse algo fora da rotina das duas equipes. O Barcelona do argentino Messi jogava como sempre: flutuando pelo gramado, com velocidade e mantendo a posse de bola. Ao todo, 70% do jogo contou com a redondinha em pés catalães.
O time de azul, que mantém formidável retrospecto contra o Barça, era uma seleção de zagueiros. Os ingleses permaneceram marcando o Barcelona em sua zona defensiva. A estratégia deu mais do que certo.
Em um momento fatídico, Lampard desarmou Messi e lançou Ramires. Em contra-ataque mortal, o brasileiro fez cruzamento para o atacante Didier Drogba, que teve apenas de esticar a chuteira rosa, empurrando a bola para o fundo da rede de Valdés. A façanha dos blues fez explodir o estádio Stamford Bridge. O relógio contava justamente quarenta e seis minutos, o fim do primeiro tempo.
A concentração espartana do time da casa foi requerida para segurar o Barcelona em um segundo tempo em que se teve a impressão de que apenas os visitantes estavam a fim de jogo. Apenas ocasionalmente, o Chelsea fazia um lançamento longo para Drogba, numa demonstração de que a caricatura do futebol inglês típico não é tão exagerada quanto parece.
Em meio às reclamações de José Mourinho, técnico do arqui-rival Real Madrid, sobre vitórias com “ajudinha” da arbitragem, e a admiração dos amantes do bom futebol, o Barcelona mostrou que é um time humano e passível de revezes. Isso não diminui suas qualidades míticas e justificáveis. Apenas comprova que mesmo as melhores equipes não podem ganhar tudo contra todos.
O Chelsea, por seu turno, provou como é possível ganhar de um time que costuma dominar todos os espaços do campo: não dando espaço algum. A estratégia não é nova e já foi usada de forma bem-sucedida com outros times excelentes. O Chelsea não inventou a roda. Mas fê-la girar, garantindo que a maior competição futebolística da Europa não ficasse previsivelmente quadrada.

2 comentários:

erivaldo disse...

Pastor Douglas, sou leitor do seu blog há um bom tempo. Muito bons os posts. Salvo os relativos a futebol, qualificada por Ellen White como das grandes paixões idolátricas de nosso tempo. Mais precisamente ela usa a expressão "ídolos das nações". Alimentar essa paixão em seu blog não me parece a melhor das escolhas. Afinal, que comunhão deve haver entre o povo que está se preparando para a iminente vinda de Cristo e um esporte batizado por um profeta como "ídolo das nações"? Que o Senhor continue a abençoa´-lo.

douglas reis disse...

Caro Erivaldo,

Obrigado pelos elogios.

Com respeito à opinião de Ellen White sobre futebol, confesso que não li ainda a expressão "ídolos das nações". Se o irmão puder me enviar o livro em que aparece, ficarei grato.

O que ela fala sobre o futebol e sobre sua brutalidade, na verdade refere-se ao futebol americano (football), e às vezes aparece traduzido assim (vide Educação, p. 210). Se ela quisesse tratar de nosso futebol, usaria outro termo (soccer). Na Inglaterra,e não nos EUA, football refere-se ao jogo que conhecemos.

Claro que qualquer coisa pode tornar-se alvo ou expressão de idolatria. Mas não acredito que comentar sobre um esporte seja o mesmo que adorá-lo, ainda mais porque a frequência com que assisto ou mesmo escrevo sobre o assunto é bem pouca - gosto de jogos relevantes, geralmente do futebol europeu.

E pode apostar que não perco noites de sono por causa disso e muito menos derramo lágrimas por causa do esporte, uma vez que nem tenho um time pelo qual torcer.

Apenas escrevo como forma de analisar o comportamento das pessoas ou tratar de tendências.