sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O BLOG NO BLACK FRIDAY


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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

domingo, 22 de novembro de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

BÊNÇÃO OUVIDA


Seu coração domou medos, em ritmo
De início apaixonante, som de vida
Em preparação, força desprendida,
Equação não expressa em algoritmo.
Seu coração lhe ultrapassa em dimensão
E agrilhoa meus olhos nessa espera;
Coração que se faz própria atmosfera
– Se respiro, respiro coração.
Os dias. O futuro, névoa ainda,
Como todo croqui, nasce mistério,
Até o traço ter contorno sério,
Sendo possível ver: que forma linda!

Seu coração – presente do Deus Santo,
Para quem suplicou por isso tanto!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

TRÊS É (BOM) DEMAIS!


Um comercial de chocolate perguntava: "e se as coisas boas da vida fossem três?". Às vezes, são.  Estamos com um promoção-relâmpago: 3 exemplares de Explosão Y por um preço especial. Aproveite! Clique no botão abaixo e garanta agora sua coleção.


domingo, 9 de agosto de 2015

SINCERIDADE E RESPOSTAS


Faz uma década que convivo com adolescentes. Com o tempo, você acaba conquistando a confiança deles. Aprende que eles são sinceros de forma crônica. Não poucos entre os adolescentes enfrentam a religião dos pais como quem luta contra regras obsoletas. Claro que, para um adolescente, as únicas regras não obsoletas estão no grupo daquelas que convém (os adultos, em geral, têm mais pudores para dissimular esse comportamento).
Eles não são culpados, tomando um exemplo, por não assimilarem a ideia de termos uma profetiza moderna. Nós, adultos, somos mestres em evitar esse assunto, tratando algo digno de gratidão como tema espinhoso!
Aliás, durante uma aula, um aluno muito espontaneamente perguntou o quão "moderna" era a profetiza, que viveu há... 100 anos! Convencê-los da atualidade dos conselhos inspirados é quase como apelar para que comprem fichas e façam a ligação em algum telefone público. Entretanto, não é apenas algo necessário, como imprescindível.
Se mesmo entre os melhores jovens permanecem tantas dúvidas sinceras, que dizer do quadro geral? Quando olhamos para uma geração inteira que assiste o culto de cabeça baixa, mais preocupada em responder as mensagens no WhatsApp do que naquilo que acontece durante os momentos solenes, como não se preocupar?
Não se trata de alugar um ginásio, convidar o cantor gospel do momento, entoar 10 músicas repetitivas e fazer um discurso emocional. Os adolescentes precisam saber coisas concretas sobre a fé adventista. Menos espetáculo e mais estudo da Verdade. Ensinar meninas e rapazes a marcarem em suas Bíblias cadeias de textos (devidamente contextualizados) para que entendam em que baseiam as doutrinas - isso ajudaria a vencer dúvidas e aumentaria o envolvimento com a missão. Afinal, eu não compartilho algo se não conheço o suficiente para explicar. Treinamentos missionários, simulando desafios reais, e projetos que ajudem a conhecer melhor a história do movimento adventista seriam outras ações possíveis.  
Pais, líderes e educadores precisam criar fórunspensando em como ajudar a nova geração a retomar a base bíblica adventista. Necessitam igualmente dar o exemplo para os jovens de que se acham pessoalmente envolvidos na salvação de almas e que seu maior interesse é a vida eterna. Quando "culto de pôr do sol" e "culto familiar" não soarem como alienígenas nos ouvidos de famílias adventistas, significativa mudança surgirá entre os adolescentes. 
Não basta pais piedosos orarem por seus filhos; pais espirituais precisam orar com eles e lhes ensinar a amar a Verdade a ponto de encarná-la em sua própria vida. Afinal, a sinceridade adolescente merece respostas, fruto de um cristianismo autêntico.    


segunda-feira, 27 de julho de 2015

MÁSCARA E SUB-MÁSCARA


Reconhecido como um dos melhores poetas contemporâneos em Língua Portuguesa, Fernando Pessoa demorou a se adaptar ao idioma materno, devido ao tempo passado na Inglaterra durante os anos de formação. Os primeiros versos de Pessoa foram ainda escritos em inglês. Aqui apresento uma tradução de um dos sonetos escritos pelo luso, o de número 8, bastante conhecido. Aparece em versos decassílabos e mesmo esquema de rimas.

How many masks wear we, and undermasks,
Upon our countenance of soul, and when,
If for self-sport the soul itself unmasks,
Knows it the last mask off and the face plain?
The true mask feels no inside to the mask
But looks out of the mask by co-masked eyes.
Whatever consciousness begins the task
The task's accepted use to sleepness ties.
Like a child frighted by its mirrored faces,
Our souls, that children are, being thought-losing,
Foist otherness upon their seen grimaces
And get a whole world on their forgot causing;

And, when a thought would unmask our soul's masking,
Itself goes not unmasked to the unmasking.

(trad. Douglas Reis)

Quanta máscara e sub-máscara para
Sobre o nosso semblante da alma, e quando
Por jogo a alma a si mesma desmascara,
Reconhece o disfarce e o rosto brando?
Nada a máscara real sob outra sente,
Mas vê por meio de olhos mascarados.
Assim que a consciência à obra se apresente,
A obra aceita traz sonos encadeados.
Qual teme a criança as faces espelhadas,
Nossa alma, que é criança e ideia ida,
Põe diferença em caretas observadas,
Pondo ao mundo todo em causa perdida.

Se vem a ideia máscaras tirar
Não sem máscaras vem desmascarar.

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quarta-feira, 22 de julho de 2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

ORNITORRINCOS E PAPAGAIOS



Ávido de obter quietude
Nesta Babilônia de afetos
Tão inoportunos. Corrompo
Pés sofisticados na lama
– Minha condição impensada.

Ranjo os dentes. Eu, torturado,
Vulto ciclotímico nas ruas,
Parte do mosaico de ferro;
Nada se parece com o antes
– Minha infância sob o concreto
Perde o colorido. O que resta?

Uma sensação histriônica,
Digna de maníacos, surge
Quando me deparo com prazos.
Sempre a trajetória das horas,
Vindo ineludível contra a alma.

Penso. Consternado. Penso alto.
Penso em espiral. Logo esqueço.

Ouço ornitorrincos em pânico,
Todos afogados. E eu vendo
Ônibus atrás de dezenas
De outros. Irritado, desabo.
Quando anoitecer, dormirei
Perto da lareira, na praia
Ou na cordilheira dos Andes.

Tenho a sensação de que estou
Dentro do viveiro, cercado
Pelos papagaios do asfalto.

Com coloração destacada,
Quais tagarelices imitam?
Sem ineditismo aparente,
Fazem narrações repisadas,
Vasto vozerio de cópias.

Há infiltração nos pulmões
– Pobre ornitorrinco esquecido
Longe do cortejo de sósias
Presas à aparência vivaz.

Acho que domingo retorno
Para me esquecer de mil caos.
Para me irritar em parcelas
Menos repetidas de tempo,
Ávido de obter quietude
– Quando anoitecer, dormirei.

Mas se demorar a dormir,
Posso ornitorrincos contar
(Contem os demais seus carneiros!).


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Passos noturnos
Um ato de risco
Delido

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O QUE APRENDER COM AS DECISÕES DA IGREJA



A cada cinco anos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia reúne delegados representando todos os campos, em uma assembleia mundial, conhecida como Conferência Geral.  Ali são tratados todos os assuntos envolvendo doutrinas e regulamentos, práticas e procedimentos, escolha de líderes e apresentação de relatórios. Nos últimos anos, um dos temas mais delicados tratado nessas reuniões é a questão de ordenação de mulheres ao ministério pastoral.
Comissões do mundo inteiro se reuniram para estudar o assunto. O debate passou do âmbito administrativo para o do estudo teológico e chegou finalmente à grande parte da membresia adventista, especialmente nos países mais desenvolvidos. Finalmente, nessa 60ª edição da Conferência Geral houve a votação sobre o assunto: dentre o total de 2363 votos, 977 foram a favor, 1381 contra e ocorreram 5 abstenções. A maioria, portanto, entendeu que não há evidência na Revelação divina (Escrituras Sagradas e testemunhos de Ellen G. White) que apoie a ordenação de mulheres.
O que se pode aprender com isso? Primeiro, que a igreja de Deus, sendo mundial, age sabiamente em uma democracia, procurando consenso entre pessoas de opiniões, formação, cultura e experiências distintas. Na multidão de conselhos há sabedoria. Crescemos ao ouvir pessoas que, embora tão diferentes, vivem a mesma esperança que nós. Obviamente, a base de nossa fé é a Revelação e devemos submeter todas as outras coisas a ela. Ainda assim, devemos ser humildes em nossa maneira de entender as Escrituras, orando para que em nossa hermenêutica mantenhamos o sólido princípio de interpretar a Bíblia por meio da própria Bíblia.
Por outro lado, como um povo espalhado pelo mundo inteiro, é natural que divergências em assuntos menores apareçam. Isso não deve nos deixar perplexos ou temerosos. A fé que nos une será sempre desafiada por questões culturais. E elas merecem ser tratadas, em sua dimensão apropriada. Cabe a nós buscar consenso e nos fixar no que realmente possui importância: o cumprimento de nossa missão profética! Isso não implica em fuga de assuntos relevantes ou simples postura anti-intelectual: os adventistas entendem que Deus lhe conferiu uma prioridade (Ap 14:6-12). 
A lição mais importante que se deve extrair: não há, como alguns líderes assinalaram, perdedores e vencedores na questão particular da ordenação das mulheres – ou em qualquer outra que se levante. Todo o povo de Deus sai vencedor quando debate assuntos delicados sem perder o espírito cristão e quando busca manter a unidade na verdade eterna da Palavra. Preservar a identidade adventista frente a questões contemporâneas requer humildade e espírito de oração. Não há respostas prontas, nem estradas planas. Porém, confiando na direção de Deus e palmilhando por onde a palavra profética indica, seremos vencedores em todas as disputas.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

MÚSICA DE NATAL - THE KING'S HERALDS

2 A MENOS NO BRASIL



Eles são meus amigos e gostaria de tê-los mais perto - de preferência, no Brasil! Mas é por uma boa causa. E já que as boas causas merecem apoio, aproveito para divulgar a aventura desse casal. Vocês se divertirão, tenho certeza. Sucesso, Dieter e Deyse. Continuem somando.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

LOUVOR MIDIÁTICO


O sucesso de programas como American Idol e The Voice, revivendo os antigos shows de calouros, é um fenômeno mundial. Interpretações efusivas (para não dizer histriônicas) de músicas consagradas ganham as mídias sociais, espalhadas pelo Youtube, Facebook e Twitter. Quando se pensa no gênero pop, adotado pelos reality shows musicais, sem se restringir a eles, estamos diante de um padrão altamente disseminado nos canais convencionais, como programas de TV e FMs, e mesmo aplicativos de streaming, tais como o iTunes ou Google Play. Nós nos deparamos com a música pop em cada filme, série e clipe. Seu poder de atração não pode ser questionado ou subestimado.
Consumir essa música altamente estimulante e com viés sensual como forma de entretenimento representa vários riscos para os cristãos. Primeiro, o risco de assimilar pensamentos, conceitos e estilo de vida claramente mundano, diferente daquele ensinado pela Palavra de Deus. Segundo, adquirir um gosto por esse padrão de música, o que levaria a uma forma específica de rejeitar o estilo de vida cristão: a rejeição da música cristã. Compensa pensar sobre as consequências desse último aspecto.
Quando a música secular se torna o padrão para o cristão, dificilmente ele sentiria prazer em cantar os hinos cristãos tradicionais, seja em sua devoção particular ou mesmo no culto público na igreja. Simplesmente, os hinos soarão como cantigas inocentes, ou algo absurdamente antigo. E talvez poucas coisas aborreçam tanto algumas pessoas como algo desatualizado. Será preferível trocar as antigas canções dos hinários cristãos por música contemporânea, de viés cristão. Mesmo que você não seja um sociólogo da religião, será capaz de notar como a música pop cristã nem choca mais os adoradores contemporâneos: no caso particular dos adventistas, em pouco mais de duas décadas, eles se acostumaram com o novo paradigma.
Em nossos congressos, cultos especiais e mesmo nas reuniões regulares, a música cristã contemporânea, antes empregada sob a alegação de atrair e agradar aos jovens, já atingiu alcance congregacional, abarcando indivíduos das mais diversas gerações. Seu alcance, aceitação e a facilidade como dissemina ideias cristãs (ainda que de forma genérica, na maior parte dos casos) são as justificativas mais comuns dos defensores desse gênero de música.
Entretanto, seria, no mínimo, fato suficiente para nos causar mal-estar saber que há poucas décadas os adventistas se indignavam (acho que o termo descreve bem a reação) com as demais denominações por usar música popular na adoração. Evocava-se o fato para ressaltar que o mundanismo entrara nas igrejas evangélicas, enquanto ainda mantínhamos princípios bíblicos aplicados a música. Hoje, o quadro sutilmente se alterou: não ousamos mais demonstrar indignação. Há uma reciprocidade suspeita entre a forma como recebem nossos músicos e como recebemos cantores de outras denominações. Talvez não haja mais linhas divisórios tão profundas que identifiquem o que há décadas se chamava música adventista.
Precisamos de música nova, que exemplifique nossa doutrina, que criativamente explore aquilo que cremos. Não creio que a criatividade oriunda do Espírito Santo haja se esgotado, após profusamente abençoar autores de hinos de séculos e décadas anteriores. O problema está em nivelar a contribuição necessária para este tempo por padrão de música secular. Fazendo assim, transmitiríamos nossa mensagem na letra, todavia não na forma, associada a valores não cristãos, como satisfação própria, êxtase sensual e violência.

Se a música pop, surgida com a diluição e massificação do estilo rock’n’roll, nasceu em meio a revoluções de valores, liberdade sexual e expressão de uma juventude que queria mais liberdade, é impossível fazer uma avaliação positiva de seus constituintes desde uma perspectiva cristã. Música pop é o coração do homem contemporâneo colocado em notas musicais – e não precisa conhecer tão profundamente a Bíblia para saber qual a avaliação feita pelo Senhor acerca de nosso coração natural (Jr 17:9). Se veicularmos a essa estética a nossa mensagem, corremos o risco de distorcemos o que Deus tem a dizer a toda uma geração.

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quinta-feira, 11 de junho de 2015

ADVENTISTAS E A PARÁBOLA DA LARANJA


O subcomitê preparou o I Fórum de discussão sobre a carência de vitamina C no município de Andorinhas. O salão paroquial da cidade abrigou o evento, que foi divulgado pobremente no único jornal de toda a região. Pobremente porque a situação emergencial requeria uma medida extrema, rápida, sem tempo para maiores planejamentos. E o prefeito Juca recebeu exaustivas advertências da Secretaria de Saúde Pública de Andorinhas.
Juca não fazia o tipo preocupado com nenhuma questão envolvendo saúde (quer pública ou mesmo particular, dado o número de cartelas de cigarro consumidos diariamente por ele), ou algo tão ínfimo quanto a carência de qualquer vitamina que fosse. Entretanto, se chegara ao cargo máximo de administrador público do município, isso se devia a seu faro para potencializar problemas e oferecer soluções miraculosas. Às vésperas do último ano de um mandato pífio, far-lhe-ia bem à pretensão de sucessão resolver algo urgente.
 O fórum recebeu a atenção integral de seus assessores, incumbidos de alarmar a cidade com o novo problema. Apesar de notar a pobreza da divulgação, ao menos no número de veículos envolvidos, é preciso retificar e admitir o sucesso da propaganda, posto estar cheio o ambiente. Algum adivinho quiçá o tenha visto no globo de uma bola de cristal e tido tempo de comunicar os assessores municipais, o que explicaria as centenas de cadeiras de plástico locadas para garantir mais gente assentada ou detalhes como os ventiladores extras trazidos. Juca sorria como quem imaginasse não demorar muito a voltar para a cadeira no gabinete que ocupava.
Diante de milhares de eleitores, ou melhor, cidadãos de Andorinhas, Juca abriu o discurso na melhor tradição política – falou muito, não disse coisa com coisa, mas impressionou as pessoas. Seguiram-se vozes de especialistas, que mostraram os baixos índices de vitamina C prognosticada na média da população, os riscos disso e algumas possíveis medidas. Ao fim, o vereador João Lobo convidou à frente o empresário Klefetis Capitioso. Caso nos leia alguém que não logrou a sorte de ter em Andorinhas sua terra natal, é necessário apresentar um tipo conhecido por todos: o Sr. Capitioso, dono da maior – talvez seja necessário comentar, da única – fábrica de Andorinhas, responsável pela equilibrada economia da cidade. A Accommodatio, fábrica de refrigerantes bastante popular, empregava, ao todo, mesmo nesses nossos tempos de crise, 108 pessoas. Desse modo, a mera presença de Klefetis Capitioso em uma reunião como aquela gerava tensão e expectativa.
O sr. Klefetis parecia-se com um desses gurus da neurociência, falando de um modo calculado, com as devidas pausas e muitos olhares dirigidos diretamente ao pública. Juca sentia profundo alívio em se certificar que aquele homem de roupas modernas, cabelo curto e alinhado e que transpirava eficiência não tivesse qualquer ambição política. Afinal, todo poder que Klefetis queria, o poder dos revolucionários, dos idealizadores, dos grandes solucionadores, disso ele já gozava. Em poucos minutos, todos sabiam e aprovavam seu plano:
“Amigos, dizia na arrematadora conclusão, vamos usar, para combater esse problema da vida pós-moderna, uma abordagem mais arrojada, porque as novas gerações não querem mais saber de laranjas. Vocês sabem, se o consumo de laranjas aumentasse, toda essa epidemia jamais existiria”, disse olhando para baixo e deixando um curto e surdo suspiro ecoar, para retomar com novo ímpeto: “Mas o que precisamos agora é contextualizar a laranja para o consumidor atual, que não possui interesse em comer frutas. Uma nova embalagem, um novo sabor, propagandas em outdoors pelas cidade, no jornal, na rádio.” Olhava para cima, quase que vendo, ou fazendo a gente ver, o que dizia, “New Orange – é cítrico, é legal, é para você”. A reação foi imediata: palmas e vivas se seguiam, mães abraçando os filhos que não morreriam sem vitamina C, o prefeito sabendo que, se as pessoas estavam felizes, não haveriam razões para descontinuar sua administração; tudo parecia perfeito.
Os meses que se seguiram trouxeram a materialização do plano. A New Orange ganhou o mercado mais com aura de elixir milagroso do que mero produto comercial. Professoras faziam campanhas para que as crianças trouxessem o refrigerante-sensação da Accommodatio para o intervalo das aulas. Em diversos locais públicos, como biblioteca, museu, rodoviária e praças, instalaram-se máquinas com latinhas de New Orange. Dada a posição oficial que o novo produto ganhou, quase que tendo simultaneamente o status de lei e patrimônio público, poucos se atreviam a criticar a criação de Klefetis Capitioso. Mesmo para aqueles que, por alguma razão ou intuição pessoal, a New Orange não era a solução, impunha-se o silêncio, muitas vezes até auto imposto, porque ali estava, se pensava, um mal necessário ou, em um juízo mais positivo, a melhor solução possível. Mas as coisas mudaram com o tempo.
Primeiro, demorou alguns meses até que uma jovem médica, chamada Aleteia, começasse a perceber carência de vitamina C em muitos de seus pacientes, sobretudo os mais jovens. “Doutora, isso é impossível, eu tomo tanta New Orange que devia ter vitamina C acumulada até os netos!” Aleteia escutava coisas assim com tanta frequência que seu senso científico começou a fabricar perguntas. Aleteia resolver, discretamente, fazer algumas pesquisas. Os resultados a perturbaram: nenhuma evidência encontrada de que a New Orange suprisse a falta de vitamina C.  Aleteia refez os testes. E outra vez, e uma última. Sempre resultados consistentes com os da primeira pesquisa.
Ela e um amigo farmacêutico publicaram os resultados em uma revista acadêmica da região. Depois veio um artigo para um jornal de outra cidade. Finalmente, a notícia chegou voando (com perdão do infame trocadilho) em Andorinhas.  Era o caos: protestos na rua, manifestações em favor da New Orange com gente vestida com camisetas laranja (a cor), acusações de que produtores de laranja (a fruta) em outro munício estavam por trás da pesquisa ou que outra empresa de refrigerantes estava usando Aleteia como laranja (na gíria) para minar a New Orange. Não deu outra: a pobre médica se mudou. Aleteia temia pela vida em uma cidade em que não era bem vinda.
Depois dessas conturbações, a fama da New Orange se espalhou e ela passou a ser importada. Klefetis Capitioso sonhava em expandir seu produto por todo país. Ocorre que em um mundo globalizado os referenciais não são locais, mas globais. Não tardou para que pessoas mais esclarecidas começassem a acusar a Accommodatio de ter copiado refrigerantes de outros países. A New Orange era vista não mais como o produto revolucionário, apenas uma reprodução em terreno nacional do que havia lá fora. A partir daí, outras críticas se seguiram: quem bebe do refrigerante, não possui interesse pela fruta, que é a verdadeira portadora de vitamina C; a New Orange faz mal para os ossos e é prejudicial para os diabéticos; alguns dos produtos de sua fórmula são cancerígenos. Até a população de Andorinhas se alarmou escutando tantas coisas ruins sobre a New Orange. Quem não se alarmou foi Capitioso, porque sabia que poderia sustentar a fama de seu produto com silêncio diante das críticas e propaganda agressiva. Tampouco, Juca se alarmou: já estava no meio do seu segundo mandato.
  
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sexta-feira, 5 de junho de 2015

CRISTIANISMO NA TERRA DOS FANBOYS



A cultura Nerd vive de fóruns sobre pormenores. Ela disseca o objeto de admiração em muitos ângulos, em um exercício de multiplicação monotemática. A internet ampliou e estendeu essa característica nerd. Surge a figura do fanboy, uma espécie de Nerd xiita que defende com unhas e dentes seu ídolo, achando argumentos para todas as críticas contrárias. Ele vive de cultuar.
Hoje há fanboys se digladiando em todos os espaços da internet: aqueles que vivem do confronto Messi x Cristiano Ronaldo ou que se limitam a falar de super-heróis. Em praticamente todas as discussões, das mais tolas às pertinentes, há fanboys expressando opiniões tão cegas quanto apaixonadas, em um exemplo de unilateralidade que vai contra a racionalidade das discussões inteligentes, baseadas em argumentos factuais ou, ao menos, factíveis.
O cristianismo pop do século XXI, com seus artistas gospel, pastores-celebridades e escritores evangélicos de autoajuda é o melhor cenário para o surgimento de fanboys. Chega a ser tedioso ver discussões intermináveis sobre quem é o melhor tenor de quartetos de todos os tempos – a própria questão, além de inócua, é impossível de se analisar, ainda mais porque metade do povo que discute isso não conhece mais do que 10 grupos do gênero. A superficialidade parece outra característica do comportamento dos fanboys, mesmo dos cristãos.
Se a admiração extrema beira à idolatria, exaltar artistas cristãos se torna ainda mais perigoso, porque desvirtua o sentimento religioso. Cria-se um vínculo com o cantor ou pregador, como se a experiência religiosa devesse se concentrar em acompanhar seu ministério (ou carreira) e defendê-lo absolutamente.  
Escrevendo aos coríntios, Paulo combate essa mesma classe de sentimentos. “Meus irmãos, fui informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões entre vocês. Com isso quero dizer que cada um de vocês afirma: ‘Eu sou de Paulo’; ‘eu de Apolo’; ‘eu de Pedro’; e ‘eu de Cristo’”. (1 Co 1:11-12, NVI). Ao invés de se beneficiar da ministração dos apóstolos, os coríntios compartimentalizaram sua atuação. Eles criaram preferências em torno das personalidades dos pregadores. E, uma vez feito isso, logo surgiram partidos em torno das preferências.
O escritor bíblico combate o sentimento, afirmando que a fé cristã não se baseava no talento de seus expositores, nem tampouco em seu carisma e habilidades pessoais. Usando uma diatribe cheia de ironia e severidade, Paulo indaga: “Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vocês? Foram vocês batizados em nome de Paulo?" (1 Co 1:13, NVI) Tanto na época de Paulo como em nossa cultura digital o problema é o mesmo: concentrar-se desequilibradamente no ministério de pessoas leva a perder de vista o fundamento da fé: a pessoa e ministério do Senhor Jesus.

Paulo, em outro contexto, elogiou aqueles que não aceitavam sua palavra sem uma mentalidade crítica (At 17:11) – o apóstolo era contra os fanboys, mesmo quando era alvo da admiração deles! Vale notar que a palavra grega traduzida por “nobres” pode ser entendida como “mente nobre” ou “mente aberta”. Os bereanos foram elogiados por possuírem uma atitude mental altamente seletiva, do tipo que sabe ouvir e ponderar, sem aceitar um discurso pelo número de recomendações ou pela fama de quem o profere. Seria interessante encontrar mais exemplos dessa mentalidade na contemporaneidade… 

domingo, 24 de maio de 2015

PROMOÇÃO - ADQUIRA EXPLOSÃO Y PELO MENOR PREÇO POSSÍVEL



Lançado em 2013, o livro Explosão Y logo atingiu sua segunda edição, tornando-se um sucesso de público. Sendo o primeiro trabalho em português sobre adventismo e gerações emergentes, tornou-se referência obrigatória não só para líderes dispostos a entender os novos tempos, como também para pesquisadores, sendo citado em trabalhos acadêmicos no Brasil e exterior.

Agora, é possível adquirir o livro pela internet com o menor preço desde seu lançamento: por apenas R$ 27,60, mais o preço de frete! Mas essa oferta especial se estenderá até, no máximo, o fim dessa semana. Corra e aproveite – leve para casa um livro intrigante, esperançoso e capaz de transformar suas perspectivas.
[Atualizado em 21/02/2017]



quinta-feira, 7 de maio de 2015

NÃO HÁ O QUE TEMER


Exercer fé não equivale a deixar o cérebro na poltrona ao lado. Discordar ainda faz parte do exercício civilizado do diálogo. Assim, ser um adventista não significa assumir que, por sermos o remanescente da profecia, estejamos no caminho certo em todos os quesitos.
Basta olhar o povo de Israel para perceber que o povo de Deus nem sempre é fiel. A paciência divina não os rejeitou, mesmo quando pediram um rei ou sacrificaram crianças a Moloque. Deus lhes enviava profetas e os orientava. Líderes espirituais eram suscitados. As repreensões traduziam o coração de um Deus que desejava a prosperidade de Seu povo. Não era ao menor erro cometido que decaíam de sua condição especialmente favorável.
É saudável a prática da autocrítica, aquela que nasce da consciência de não estarmos cumprindo o que Deus pediu com as todas as vírgulas. Repensar os rumos da igreja de Deus é um passo anterior ao pedido por Sua misericórdia e o desejo de experimentarmos o reavivamento. A crítica pela crítica pode se tornar uma motivação doentia e perigosa, fruto de um desejo carnal de ser superior aos demais. Mas a avaliação sensata é um reconhecimento de fraquezas individuais e desvios coletivos, que, longe de nos tornar juízes do próximo, faz enxergar que nós e eles precisamos da Graça porque somos pecadores.
E que tempo vivemos! Como não temer, quando as pessoas adotam acriticamente um estilo de adoração que copia, ipsis literis, jargões e fórmulas musicais de grupos pentecostais? Até o rótulo de um trabalho que serve de referência para o fenômeno é similar ao de uma recente produção realizada por gente do quilate de Aline Barros…
Como não temer, quando um conhecido músico de nosso meio admite, sem pudores, que estranhou ao ver o sucesso de uma de suas composições, incorporada à mesma coletânea de sucesso (citada no último parágrafo) – sendo que a composição em questão foi, segundo admite o músico, feita com intenções meramente comerciais! Veja: a questão não é ser errado o músico ganhar pelos direitos autorais de sua obra, nada mais justo. Todavia, quando se faz algo apenas visando lucro, como reles atividade, que se pode esperar dessa obra no quesito conteúdo espiritual? Há muito o que temer!…
Ninguém com alguma lucidez pode evitar o temor quando composições contemporâneas, em clara demonstração de pouca criatividade, têm uma única estrofe seguida do coro, os quais se repetem à exaustão, over again, com uma estrutura melódica pobre e excesso de acompanhamento percussivo. Pior é saber que a cada sábado esse estilo ganha espaço entre os adoradores, substituindo os hinos clássicos. Aqui, outra clarificação: não se mede a qualidade da música sacra por sua idade. Há excelentes canções contemporâneas que jamais, por sua estrutura, andamento, temática ou arranjos, teriam sido compostas no passado. O novo é bem-vindo quando se apoia em princípios, não em modismos.
Como não sentir verdadeira angústia quando outra nova coletânea dessa natureza é anunciada, um segundo volume, ora vejam, novamente lançada em DVD e reunindo os melhores grupos e talentos individuais do meio adventista, garantindo o apoio midiático suficiente para seduzir congregações, sem muito espaço para reflexões (ou autocríticas, se quisermos retomar o tema de abertura)?
De fato, não precisamos temer. O assunto da adoração está nas mãos divinas. E Deus é zeloso por Seu nome. Seu Espírito, por meio daquilo que foi revelado, esclarecerá poderosamente a todos os que lhe derem abertura. Se a igreja necessita de uma reforma musical (em tempo em que cantores cristãos apresentam indie rock na mídia secular e isso é chamado de testemunho!), o assunto está nas mãos de Deus. Não é por essas coisas que a igreja de Deus deixará de ser a menina de Seus olhos.

Obviamente, como ao longo da história bíblica se percebe, aqueles que se envolvem com práticas erradas correm alto risco espiritual. Porém, creio que o Senhor alcançará aqueles que estão equivocados e removerá o erro de seus corações. Afinal, todos precisamos da cura que Ele oferece livremente. Apenas confiando em Deus, desejosos de experimentar as reformas necessárias, podemos afirmar: não há o que temer! 

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Compre agora o seu adventismo pasteurizado (parte 1 e parte 2)


PAINEL - MÚSICA SACRA

domingo, 19 de abril de 2015

OUTLET DE LIVROS




Explosão Y + Marcados pelo Futuro + Restauração do papel da Revelação  R$ 89,45


Status: Esgotado! [Atualizado em 21/02/2017]

Explosão Y - 10 Exemplares: de R$ 285 por R$ 247,56 

domingo, 29 de março de 2015

REFLEXÃO SOBRE A VISITA DO PAPA FRANCISCO A UM CULTO PENTECOSTAL


Diversos veículos de comunicação noticiaram a visita do papa Francisco a uma igreja pentecostal na cidade de Caserna (ao norte de Nápoles), cujo pastor é Giovanni Traettino, amigo do pontífice. O número de fiéis presentes era de 350.
A visita foi histórica não somente por ser a primeira do tipo, mas também pelo pedido de desculpas: "Entre as pessoas que perseguiram os pentecostais também houve católicos: eu sou o pastor dos católicos e peço perdão por aqueles irmãos e irmãs católicos que não compreenderam e foram tentados pelo diabo", afirmou o papa Francisco.
A intenção ecumênica do líder máximo da Igreja Católica ficou mais clara com a enfática declaração: "O Espírito Santo cria diversidade na Igreja. A diversidade é bela, mas o próprio Espírito Santo também cria unidade, para que a Igreja esteja unida na diversidade: para usar uma palavra bonita, uma diversidade reconciliadora".
Um detalhe nessa história precisa ser cuidadosamente pensado. A mídia em geral faz enorme confusão entre protestantes e pentecostais, tomando as duas coisas como sinônimos. Não são. A Reforma Protestante enfatizou um retorno à Bíblia, que se perdera na Tradição católica ou ficara obliterada pela interpretação alegórica. Pentecostais surgiram devido a agitação do evangelicalismo no século XIX, quando se buscava um novo tipo de experiência santificadora.
Católicos e protestantes já escreveram documentos conjuntos, fruto de diálogos entre seus teólogos. O protestantismo, em geral, está diluído, sem ter concluído seu projeto de avançar em uma compreensão bíblica (fruto em parte de nunca ter abandonado por completo as bases filosóficas herdadas do catolicismo, e também por influência do liberalismo teológico). Protestantes necessitam de autoridade para manter suas tradições. Em geral, o catolicismo supre essa necessidade. E necessita também de uma retomar sua experiência cristã (prejudicada pela sequidão espiritual gerada pelo liberalismo). Aí o processo de carismatização, de âmbito mundial. Logo, os protestantes acolhem a autoridade de Roma e a “energia” carismática dos pentecostais. Faltava que católicos e pentecostais, como grupos, se aproximassem.
Em realidade, a aproximação de católicos e pentecostais já ocorria há algumas décadas, mas se intensificava há alguns anos. Com a divulgação dos vídeos de falecido bispo anglicano Tony Palmer (assista aqui), tal aproximação se mostrou bastante adiantada.

O que se pode esperar? Ao contrário do que se pensava há décadas, o caminho para o ecumenismo não será o de uma completa adequação doutrinária, na qual católicos e evangélicos abraçarão as mesmas doutrinas; a união será em alguns pontos essenciais. Sobretudo, a fomentação de uma experiência mística e difusa, similar à religiosidade medieval, propiciará a união. Não podemos crer que os protestantes tradicionais – ou mesmo os adventistas – se encontrem totalmente prevenidos a tais tendências (veja artigo aqui e palestra aqui). Estejamos atento ao desenrolar dos acontecimentos, sempre estudando a Bíblia e o Espírito de profecia.

domingo, 15 de março de 2015

CONTRA A ACOMODAÇÃO


A vida cristã não pode capitular diante da rotina mundana

"Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18:8). A conhecida sentença de Jesus se parece com um preciso relatório de autópsia. A autópsia da mentalidade egoísta e mundana, tão disseminada no mundo contemporâneo. Não me refiro à sociedade secular. Infelizmente, a profecia antecipa a situação espiritual dos servidores de Seu autor.
Temos de olhar para as palavras de Jesus como um chamado à vigilância no contexto de Sua segunda vinda. Se a fé seria artigo escasso em época de promessas de fartura consumista, não seria por falta de disponibilidade do produto: Deus continua dando fé a quem solicita (Jd 1:3). A crise se relaciona com a falta de demanda. Poucos cultivam a insistência na oração, como a viúva pobre da parábola – história que antecede a afirmação de Jesus e lhe serve de moldura (Lc 18:1-8).
Para o senso comum, fé se parece com um sentimento de pessoas idosas, com pouco estudo e desassistidas pelos serviços públicos. Porém, não se iluda com as aparências: fé não é um sentimento, mesmo sentimento religioso, do tipo que é atribuído a algumas poucas pessoas – por serem mais intuitivas ou dotadas de sensibilidade apurada.
Tampouco a fé se opõe à razão. Ouvi um palestrante que fez a infeliz afirmação de que, ao dispormos de evidências, não precisamos de fé. Nada mais contrário ao sentido etimológico da palavra grega pistis, muito frequente no Novo Testamento; traduzida como fé, transmite a ideia de confiança, crer em algo fidedigno, que se mostre bem estabelecido e digno de crédito. Definitivamente, fé cega nunca foi sinônimo de confiança absoluta!
Por último, fé não se refere aquela esperança que consola os desajudados. Fé não é o consolo fictício dos sem recursos, mas o recurso real dos inconsoláveis pelo pecado e maldade do mundo. Ter fé leva a atuar no mundo em obediência à vontade divina, mesmo quando isso requer atitudes e comportamentos que expressem recusa e negação do status quo.
É preocupante a dissociação atual entre fé e estilo de vida. Devemos nos perguntar se o discurso de que basta "ter Jesus no coração" não chegou ao povo remanescente. Como se sabe, por baixo desse slogan cativante, há toda série de escusas para se manter comportamentos bem diferentes da vida de obediência resoluta que a Bíblia oferece como modelo ao cristão.
Há sempre o risco de deixarmos gostos e preferências definirem, como critérios últimos, nosso curso de ação. Agindo assim, a tendência será a acomodação. E se acomodar constitui o tipo de experiência diametralmente oposta à dinâmica da vida cristã.
Ao permitir que a fé se aproprie da graça transformadora, somos moldados dia após dia à semelhança de Jesus (Rm 12:2). Deixamos de ser quem usualmente éramos (Gl 2:20). Também passamos a ignorar os reclamos do mundo, com tudo o que ele oferece – séries de TV com seus enredos violentos e sensuais; músicas estimulantes (mesmo aquelas de alegado cunho cristão); frequência a casas noturnas, cinemas e shows (alguns até promovidos por cristãos, que, na pratica, pouco diferem das vertentes seculares); relacionamentos sexuais sem compromisso; alimentação à base de fast food e tantos outros itens.
Seria impossível enumerar as atrações que existem e parecem comuns. Mesmo as listas criadas pelo apóstolo Paulo são sugestivas (cf.: Gl 5:19-21; Ef 5:3-8; Cl3:5-11), mencionando praticas bem conhecidas, as quais deveriam ser denunciadas por aqueles que aceitassem a nova vida em Cristo (Fl 2:14-16).
O ponto principal: sem uma fé viva, fundamentada na Bíblia e exercitada em uma vida dependente do Espírito Santo, seremos cristãos reféns de fenômenos culturais que nos submetam a um processo de acomodação em relação ao mundo. E surgirão as mais poéticas desculpas: "não podemos nos alienar das pessoas"; "por que ser tão radicais?"; "vamos nos parecer com o mundo para evangeliza-lo"; "são apenas questões culturais sem importância". Entregando, munidos da Palavra de Deus e dos testemunhos de Ellen G White, a igreja remanescente possui luz suficiente para não se acomodar ao mundo. E, fazendo assim, manterá suas principais características: guardar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus (Ap 12:17; 14:12)!

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