segunda-feira, 15 de maio de 2017

REPORTAGEM SOBRE DESING INTELIGENTE NA RECORD



Nota: a reportagem é instrutiva e muita útil. Mas a parte da ligação entre informações genéticas e o nome de Deus me pareceu um pouco forçada e mais dependente da numerologia hebraica do que da própria revelação bíblica. Quanto à declaração final do Dr. Eberling, vale lembrar que “especular sobre a revelação científica” é o que toda a ciência sempre fez, independente do viés filosófico ao qual se adere.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

O OLHAR DO CÉU


Sendo a insolência de um rei abusiva,
Um Deus Insone aciona o seu profeta:
Parte o homem de Ramá. Nas mãos, a meta
De tocar o hálito que o Céu motiva.
A compleição de Eliabe, orvalho em gotas!
Deus quer o odor de ovelhas junto às mãos,
E há perfumes demais nos sete irmãos
– Qual filho de Jessé traz vestes rotas?
Em criança, ouvira Deus sem discernir;
Falta-lhe outra vez discernimento.
Samuel vê reis à mesa. Deus, Atento,
Não tem entre eles a quem possa ungir.

Do campo um salmo se ouve: e bem ali
Deus pousa o olhar e a alma – Ele quer Davi.

São Paulo, 30 de Setembro de 2005, às 11:10h.

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segunda-feira, 1 de maio de 2017

JOSÉ E A TENTAÇÃO



José, vendido pelos irmãos, é adquirido por Potifar “oficial de Faraó e capitão da guarda” (Gn 39:1). Provavelmente, a intenção era que José desempenhasse funções domésticas. Apesar da condição cruel, por duas vezes é afirmado que o Senhor estava com José (Gn 39:2, 3). Como resultado, o jovem hebreu obteve a simpatia de Potifar (Gn 39:4), que reconheceu as habilidades do novo serviçal. Assim, José recebe a incumbência de administrar (Gn 39:4). Na sequência, outra característica de José é enfatizada: sua beleza física (Gn 39:6). Outros homens nas Escrituras são igualmente louvados por seus atributos estéticos, como Saul, Davi e Absalão. No relato sobre José, esse elemento serve para introduzir uma mudança de foco: é a beleza de José que desperta a atenção da esposa de Potifar. Como consequência, José foi tentado em pelo menos três diferentes formas.
Em primeiro lugar, José sofreu a tentação de forma direta e pontual. “‘Venha, deite-se comigo!’” (Gn 39:7), disse a mulher sem muita sutileza. A seguir, a situação passou a se repetir. O convite ousado agora ressoava pelo cotidiano (Gn 39:10). Por último, surgiu a tentação se apresentou de modo extraordinário:

Um dia ele entrou na casa para fazer suas tarefas, e nenhum dos empregados ali se encontrava. Ela o agarrou pelo manto e voltou a convidá-lo: "Vamos, deite-se comigo! " Mas ele fugiu da casa, deixando o manto na mão dela. (Gn 39: 11-12).

A trama dos acontecimentos colocou José diante de um problema capaz de vencer a vontade dos mais extraordinários homens. Comumente, vemos políticos renunciando a cargos devido a escândalos extraconjugais. Recentemente, um ator famoso teve afastamento decretado por uma emissora de televisão após ser acusado de assédio. Jogadores de futebol são constantemente forçados a realizar exames de paternidade ou envoltos em divórcios milionários. A maioria dos homens enfrenta grandes dificuldades em lidar com tentações sexuais. Quando se examina a história de José, além dos tipos de tentação que ele sofreu, pode se verificar sua reação a elas, o que é extremamente útil para os cristãos da atualidade. Se José foi capaz de vencer a tentação mais apelativa e insistente, a vitória se acha à disposição para aqueles que seguirem seu exemplo.
Quando a tentação veio de modo direto e pontual, José respondeu afirmando audivelmente seus princípios:

Mas ele se recusou e lhe disse: "Meu senhor não se preocupa com coisa alguma de sua casa, e tudo o que tem deixou aos meus cuidados. Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus?" (Gn 39:8-9)

O texto apresenta que José era fiel em seu serviço porque ele sabia a quem prestava contas. Momentaneamente, ele servia a Potifar. Mas sua lealdade última era voltada a Deus, a quem era responsável por todo seu procedimento. Justamente o senso de estar na presença divina motivava José a um procedimento reto. A vida cotidiana, com suas demandas instantâneas veiculadas à conexão virtual, rouba o tempo para quase todo tipo de introspecção, reflexão e meditação na Palavra de Deus. A prática da oração, confiança no poder invisível, fica obliterada pelos atrativos exteriores. Entretanto, é o cultivo da presença do Senhor – pelo exercício diário da oração, do estudo fervoroso das Escrituras, pela decisão de permitir ao Espírito que influencie a mente a obedecer e prática consciente das verdades reveladas (pelo poder de Deus em sua vida) – que torna um cristão disposto a abdicar de prazeres para manter seus princípios.
Quando a tentação se tornou cotidiana, frequente, José estava preparado para enfrenta-la. Ele sabiamente evitava o objeto de sua tentação (Gn 39:10). Isso caracteriza a prudência que acompanha a quem teme a Deus. José não insistiu em seus argumentos e, se o tivesse feito, por certo teria tido pouco resultado. O tempo de argumentos já passara: era a hora de afugentamento.
Finalmente, José se viu em uma cilada: a tentação lhe sobreveio de modo extraordinário. Toda uma cena foi elaborada para que ele e sua senhora estivessem sós. Ninguém os veria. E, seguindo seu perfil, a esposa de Potifar tomou a iniciativa, agarrando seu manto (Gn 39:12). José certamente não poderia recorrer às estratégias já usadas: ele não poderia simplesmente evitar a mulher ou ignorar sua presença e provavelmente seria totalmente despido antes de terminar qualquer discurso! Mas o filho de Jacó tinha outro recurso: ele tomou a decisão radical de se afastar da tentação. Ele literalmente fugiu, deixando nas mãos de uma mulher furiosa o seu manto. Uma decisão corajosa, a qual lhe cobrou um alto preço.