sexta-feira, 5 de maio de 2017

O OLHAR DO CÉU


Sendo a insolência de um rei abusiva,
Um Deus Insone aciona o seu profeta:
Parte o homem de Ramá. Nas mãos, a meta
De tocar o hálito que o Céu motiva.
A compleição de Eliabe, orvalho em gotas!
Deus quer o odor de ovelhas junto às mãos,
E há perfumes demais nos sete irmãos
– Qual filho de Jessé traz vestes rotas?
Em criança, ouvira Deus sem discernir;
Falta-lhe outra vez discernimento.
Samuel vê reis à mesa. Deus, Atento,
Não tem entre eles a quem possa ungir.

Do campo um salmo se ouve: e bem ali
Deus pousa o olhar e a alma – Ele quer Davi.

São Paulo, 30 de Setembro de 2005, às 11:10h.

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