terça-feira, 17 de abril de 2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O CLONE DE JESUS X A IMITAÇÃO DE CRISTO


Thomas Kempis escreveu o livreto A imitação de Cristo, uma espécie de devocional monástico. Singelo, o volume ainda pode inspirar cristãos no século XXI, embora tenha de ser revisto de uma perspectiva crítica. Os exercício espirituais que ele sugere não estão de todo ajustados ao princípio da justificação pela fé. Ainda assim, falar sobre temperança, auto-domínio e oração é recuperar temas essenciais do evangelho. em verdade, a obra de Kempis testemunha do desejo que sempre acompanhou os seguidores de Jesus: imitá-lo.

Para horror geral, a HQ Punk rock Jesus se propõe a subverter blasfemamente essa ordem, com uma história tresloucada. Que o adjetivo bilaquiano não seja obra de exagero, vejamos: no enredo, um clone de Jesus é criado em um reality show e o garoto cresce avesso a preconceitos e se apresenta como um adolescente revoltado. Se você achou que já tinha visto os piores absurdos…

O desenhista Sean Murphy é autor da série, que sairá pelo selo Vertigo (DC Comics). De acordo com o site Multiverso DC, “Convicto do ateísmo, Murphy disse que sua história mostrará sua visão pessoal das religiões, da política e outros problemas sociais do mundo real.” Outro site especializado, o HQ Maniacs, complementa as informações: “Toda essa pressão recairá sobre Gwen, a mulher que foi selecionada através de um processo parecido com o do American Idol para ser a mãe do novo Messias. Para proteger o clone é contratado Thomas McKael, guarda-costas que já foi integrante do IRA, o que lhe garante um passado turbulento.”

Em suma: eis a triste reconstrução de Jesus, em uma era de miscelâneas, interações e ceticismo. Não à toa, Sean Murphy é ateu…

Parece que o desafio de imitar a Cristo paira sobre os cristãos genuínos. A cultura precisa ser desesperadamente influenciada por homens e mulheres dispostos a reproduzir o caráter do Senhor Jesus. Antes que coisa pior surja por aí!

ESTUDO BÍBLICO UNIVERSITÁRIO - TEMA 5


quarta-feira, 4 de abril de 2012

CASFS: VÍDEO INSTITUCIONAL

Escrevi o texto desse vídeo, filmado pelo meu amigo Fábio Santos, que retrata o Colégio Adventista de São Francisco do Sul, instituição na qual trabalho até hoje.


quinta-feira, 22 de março de 2012

TUITAÇO #oresgatedaverdade



Na sexta-feira, tuitaço com a hastag #oresgatedaverdade

quarta-feira, 21 de março de 2012

PODERZINHO


É o maldito poderzinho que tomou conta dos seres e do ser inteiro de uns e outros; de muitos que consideram que detêm o todo, mas que nem chegam a saber de tudo e, afinal das contas, não são quase nada.

O poderzinho que engana os que nem chegaram ao topo, mas que disseram para si mesmos que só conseguem enxergar os demais com a visão de um altiplano. Esse poderzinho que faz com que acordem, de manhã, e se sintam satisfeitos e motivados pelo simples fato de possuírem algum cargo que lhes serve de devoção. Idolatram suas funções, suas posições, seus cabides imaginários onde psicodelicamente se veem pendurados. Mal sabem que ali estão sustentados por tênues fios, quase invisíveis, quase inexistentes…

Ah! Esse poderzinho que começa minúsculo e adquire musculatura, nutrido pelo orgulho próprio, pelo narcisismo, pela piedade própria; fornido à base de auto-elogio, que não serve a ninguém e tampouco serve para qualquer finalidade. A não ser como alimento do egocentrismo diário que dá forças para quem é verdadeiramente fraco…

O poderzinho engana, mas engana com maestria. Faz pensar que se está em um voo alto, nas nuvens, a uma distância segura de tudo o que pode se constituir em ameaça. Mas, quando acaba, quando fenece, revela um pobre mortal que nem decolou, nem aterrissou. De impávido e soberbo passa rapidamente a miserável, dependente, esvaziado.

O poderzinho vem vestido de batina, de terno, de roupas casuais, de vestidos caros, de chapéu, com calças rasgadas, com cabelos pintados, com penduricalhos pelo corpo. Não tem idade, mas perpassa a todas elas, sem distinção de sexo, raça ou cor. Esse poderzinho é ousado, é audacioso, petulante, provocador e manipulador. Sempre disposto a pisar por onde quer que veja necessidade. Sem se constranger por ter de espezinhar a quem quer que se interponha em seu caminho. Nem olha para os lados, só vislumbra o horizonte e nem se demora em muito pensar.

O poderzinho não se corrige, nem se permite ser corrigido. Não se arrepende, nem mesmo de não ter se arrependido ainda. Foge de si mesmo e vai de encontro ao outro. Luta para não se encontrar sozinho sem súditos, subalternos, subordinados, pois do horror desses vive…melhor, sobrevive.

Seu maior demérito é não compreender que pratica a autofagia. Destrói a si mesmo de pouco em pouco calcado na ignorância sobre o que está ao seu redor. Não abre os olhos para ver que perece em frangalhos e que nada possui e o que tem deverá perder. Em breve…

É… o poderzinho não aprende que em essência é, de fato e indiscutivelmente, pequeno, menor do que pensa e muito menor do que os outros o percebem. Apenas no espelho se vê gigante, no espelho distorcido de uma mente que fantasia e se esvazia.

Felipe Lemos Wordpress

FRANGO DE MENTIRA, PREOCUPAÇÃO VERDADEIRA

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sexta-feira, 16 de março de 2012

PEDIDO AO PAI CELESTIAL

DELIDO

(respeitosamente dedicado a Rubens Lessa)

No último gole, a sombra o deixou. Mudo
Correu de fora a fora, insólita a ânsia
Pela parte de si cuja importância
(Que era nada) passou a importar tudo.

Do maior ambiente ao mais miúdo
Sequer nódoa de quem com tal jactância
Pela ausência o puniu na circunstância
À falta de denodo, a estar desnudo.

Rastreava a sombra em fuga, o olho vermelho,
E escapou seu reflexo de água e espelho,
Restando a ele quedar-se atônito, a esmo.

No desencontro próprio, a solução
Foi tatear o corpo com a mão
Para saber se ainda era ele mesmo.

quinta-feira, 15 de março de 2012

UM BESOURO CHAMADO A GRANDE ESPERANÇA

A Igreja Adventista na América do Sul sonha em distribuir um livro A Grande Esperança em cada lar de seu território. A publicação reúne onze capítulos do livro O Grande Conflito, de Ellen G. White. Por que o Grande Conflito? Em uma época na qual as pessoas dispõem de tantas mídias, distribuir algo escrito há cem anos faz sentido?

E mais: na contemporaneidade, o relativismo está bem disseminado. As pessoas acreditam que há muitas verdades. Cada indivíduo tem de respeitar o espaço do outro, o que implica em não criticar as escolhas religiosas diferentes da dele. Ora, O Grande Conflito é justamente o tipo de escrito polêmico, dado o teor de denúncia contra os ensinamentos contrários à Palavra de Deus, especialmente do catolicismo e do espiritismo. Um livro assim poderia ser aceito hoje?

Permita-me voltar no tempo. Por volta de 1995, um rapaz de 15 anos recebeu uma antiga edição do livro O Grande Conflito. A linguagem culta era um desafio para qualquer adolescente. Além disso, a cada início de leitura, o jovem sempre encontrava motivos para interrompê-la. Após duas tentativas frustradas, o garoto resolveu-se: leria o livro o mais rápido que pudesse. Com um dicionário na mão, ele terminou todo o livro em três dias, nos quais sua concentração era total. Ao sair, levava o livro. No ônibus, lia-o. Três dias totalmente dedicados à leitura.

Eu era aquele rapaz.

O que O Grande Conflito fez por mim é quase indescritível. Ele abriu meus olhos para um conflito que eu apenas começara a ouvir dos adventistas que conhecia. Experimentei muitas emoções diferentes e senti vontade de me dedicar imensamente àquela mensagem. Isso foi há dezesseis anos.

O tempo é irrelevante. Em qualquer contexto no qual seja lido, por qualquer pessoa ao redor do mundo, o efeito de O Grande Conflito permanece o mesmo. Ele leva a mente do leitor à compreensão de verdades indispensáveis da Palavra de Deus. O Espírito Santo quer atrair pessoas dispostas para as páginas escritas por Ellen G. White. As verdades que o volume contém, embora pareçam estranhas à mentalidade pós-moderna, são (por isso mesmo) mais necessárias.

É comum recorrermos ao besouro como metáfora das coisas impossíveis. Dizem que esse inseto desafia as leis da aerodinâmica pelo formato de seu corpo. Dessa forma, seria impossível para o besouro voar. No entanto, como sabemos, o besouro, que nunca conversou com nenhum engenheiro de aviação, voa, desafiando os estudiosos.

Não sou especialista em insetos, mas, tomando a analogia do besouro, afirmo que A Grande Esperança é o livro que alçará voo. Sua linguagem não reflete o espírito do século XXI, mas as profundas necessidades do ser humano do mundo contemporâneo. Ele não usa conceitos palatáveis ou tenciona agradar. Sua linguagem é forte, pesada e suas acusações contra o pecado, claras e inconfundíveis. O que esse livro fez por mim, quando eu nem pertencia à Igreja Adventista, fará por todos os que o lerem. Basta colocá-lo nas mãos das pessoas. O resto é com Deus, Seu autor.

ESTUDO BÍBLICO UNIVERSITÁRIO - TEMA 3


Baixe também
Tema 1
Tema 2

segunda-feira, 12 de março de 2012

ESTUDOS BÍBLICOS UNIVERSITÁRIOS - TEMA 1

A série O Resgate da Verdade é a aposta da liderança da igreja para atingir um público crítico, inteligente e questionador: os universitários. Mas não apenas eles. O Resgate da Verdade se destina a todos os que possuem mente secularizada, pessoas que abandonaram há muito os pressupostos cristãos.

A série pode ser encontrada nos SELS espalhados pelo país e junto aos departamentos JA de cada associação. Agora, disponibilizamos também os slides de cada tema.

É preciso que se diga algo antes. Enquanto O Resgate da Verdade é uma produção da Divisão Sul-Americana da igreja Adventista, a presente versão em Power Point é de iniciativa pessoal. Como um dos escritores da série, e conhecedor do material, julguei que disponibilizar as palestras nesse formato seria um material de apoio eficaz para uso em classes bíblicas ou conferências.

Entretanto, as palestras não substituem o estudo impresso. Na verdade, o texto integral não foi transposto. Muitos dos exemplos e ilustrações encontradas na versão impressa ficaram propositadamente de fora. Como foi dito, trata-se de um material de apoio.

Para melhor aproveitamento dos slides, configure a página do Power Point com 22 cm de altura e 35 cm de largura. Esperamos que ao disponibilizar esse material, haja um aproveitamento maior da série O Resgate da Verdade. Que mais universitários se unam a esse movimento.

Na próxima sexta, dia 23, queremos iniciar, a partir das 15h um tuitaço com a hastag #oresgatedaverdade . Convocamos todos para participar, divulgando um poderoso recurso para nossos jovens. Fique atento, divulgue e participe.



terça-feira, 6 de março de 2012

INTRUSÃO


Os assuntos terminaram antes da tarde e Carlos buscou seu Ford no estacionamento. Já tinha feito as entregas e tencionava voltar para casa. Passaria novamente pela serra de Curitiba, sem pegar todo o trânsito da vinda. “Para baixo, todo santo ajuda”, dizia para si mesmo, aliviado.

Carlos já estava dirigindo a tempo quando sentiu o banco movimentar-se. Estranho. Olhou para trás, procurou. Claro, não havia ninguém além dele. O próprio pensamento soava absurdo. O movimento continuou. O que fazia o banco se mover daquele jeito?

A resposta estalou: ele não podia crer. Seu pé acelerada pelas largas ruas arborizadas. Já escurecera e a sensação cresceu dentro da cabeça. A mulher vira um camundongo no quintal. Carlos mesmo não chegara a topar com o roedor, mas até comprara veneno granulado, na esperança de que ele não chegasse a entrar em casa.

Carlos era homem, sem medo dessas coisas. Apenas não gostava de ratos. Se tivesse de matar o bicho, no momento em que ele surgisse a sua frente, seria tranquilo. Como nos velhos filmes de faroeste, ele seria o primeiro a sacar uma vassoura e arrebentaria a criatura. O problema era o jeito tinhoso do bicho. Ele se escondia entre móveis, subia prateleiras e se embrenhava nas sombras. Como achar o nocivo?

Carlos começava a descida. As janelas do veículo ficaram abertas na hora do almoço, para arejar. E se o tinhoso do quintal houvesse resolvido pegar carona? Pensamento horrível! O motorista se preocupava. E o banco mexia.

Que foi isso, algo lá atrás, um barulho fino, seria o animal? Carlos estremecia, olhando pelo retrovisor. Em vão – estava escuro à beça! O farfalhar continuava, e o estado de alerta aumentando…

A cada curva, Carlos suava mais. Tentava ver, e… escuro. O próprio console tilintava e ele pulava do banco, o mesmo que continuava a se mover. O rapaz já não sabia o que pensar. Sua tensão crescia, junto com a velocidade. As curvas eram feitas de modo desesperado. Carlos já vislumbrava a batida, quem sabe na próxima curva, com direito a informes na televisão e tudo! Seria mais um desses motoristas idiotas a aparecer no noticiário por uma dita imprudência, até o chamariam de bêbado – mal sabiam que tudo não passava de fruto do pânico que vivia. As mãos gotejavam, os olhos tentando captar figura do temível. E a descida frenética. Noite escura.

Lá pela metade, uma luz: parar em um posto. Acharia um? E o que diria, afinal? Pensou. Diria que tinha um bicho daquele naipe no carro? Se fosse assim, não poderia se expor. O que pensariam dele? Conjecturas assim lhe acorriam na hora em que sentiu um leve fisgar na perna.

A pressão foi demais. Carlos gritou, horrorizado. Como mataria um camundongo a 120 km/h ? E se a criatura encostara realmente nele? Ajeitou-se e tentou agir pela razão. Ufa!, não fora o monstrengo, não. Apenas a barra da própria calça lhe tocara a perna. Antes do pedágio, avistou um posto. Encostou o carro.

Enquanto o frentista abastecia o automóvel, Carlos, com a postura falsamente masculina esbravejou (quase à toa) que deveria haver algum bicho em seu carro. Abriu todas as portas e, aproveitando a iluminação do posto, olhou o interior do veículo.

Viu um amontoado de papéis no banco traseiro, que deveriam ter voado com as janelas abertas, provocando os ruídos que lhe pareceram os de um furtivo carona. No console repousavam justamente algumas moedas separadas para o pedágio – o tilintar delas na viagem se assemelharam a guinchos e chiados. Quanto ao banco inquieto, decerto faltava alguma regulagem nele. Carlos chegou a respirar aliviado. Enfim, nada indicava que qualquer roedor estivesse descendo a serra com ele. Pagou pelo abastecimento e seguiu viagem.

As mãos suavam menos, o pedal do acelerador não recebia tanta força e o escuro não tornava o motorista tão angustiado. Se bem que, nunca se sabe; o banco ainda balançava e alguns ruídos…