"Jesus é um sonho de pessoa. A igreja, um pesadelo de lugar. Não me importaria de estar onde Jesus me levasse, desde que esse lugar não fosse Sua igreja. Afinal, Jesus é o Libertador e a igreja, um presídio. Ele trouxe a verdade aos homens, enquanto a igreja subverteu Sua mensagem e a transformou em um discurso cheio de hipocrisia e fanatismo. Seguir a Jesus é amá-lo no coração. E isso não tem relação com seguir as regras arbitrárias e injustas que a igreja inventou."
Esse discurso povoa a maioria das mentes. A resistência à vida em uma comunidade de fé é desafiadora. Muitos cristãos hoje são crentes sem igreja - não aguentam mais a sufocante experiência de viver com outros cristãos controladores e preconceituosos. Há outros que jamais se imaginaram vivenciando tal convívio. Afinal, qual o problema da igreja?
Obviamente, a igreja não é o lugar perfeito. Lugares perfeitos na Bíblia recebem nomenclatura diversa: Éden, Nova Jerusalém, Nova Terra, etc. Contudo, a igreja é o ideal, o plano divino para aperfeiçoar homens e mulheres. A igreja é o berçário do novo homem, renascido em Cristo Jesus.
E por que a igreja incomoda a tantos? Talvez por ser diferente do que eles imaginam. Diferente até deles mesmos, com suas opiniões, hábitos e disposições peculiares. A igreja desagrada porque desenvolve e requer maturidade - processo sempre doloroso, ainda mais quando se trata de maturidade espiritual.
Especialmente em tempos nos quais toda autoridade levanta suspeitas (infundadas ou não), a autoridade da igreja é questionada. Empurre qualquer árvore e dela cairão dez advogados da espiritualidade livre, sem rédeas. Infelizmente, para eles e seus pares, a igreja possui um norte moral bem definido. Possui crenças milenares. Defende verdades em um mundo que assiste o desfile delas com expressão de tédio, de quem já viu o filme antes.
A igreja se tornou o pesadelo de crentes que tanto não sabem no que creem, quanto o porquê creem. Crentes de nomeada. Qualquer exposição clara sobre assuntos pertubadoramente controversos, como estilos de música apropriados à adoração, o dever perene de dizimar, a noção bíblica do corpo como templo do Espírito Santo ou uso de joias e adornos torce bocas e dispara uma série de comentários descabidos, de gente que opina sem recorrer à Bíblia ou, quando o faz, age de forma a ignorar os princípios hermenêuticos mais elementares. Triste assim. Para pessoas que se acostumaram ao comodismo espiritual para manter seu status quo de Laodiceia, a igreja não poderia deixar de ser o pior pesadelo!
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2 comentários:
Princípios hermenêuticos? quem estabelece esses princípios? Todos os ditos teólogos dizem isso...sejam eles batistas, presbiterianos, adventistas, pentecostais. Uma guerra sem fim. Quem está correto nos tais princípios hermenêuticos? Vejo cada um defendendo o seu time de futebol e no final revogarem usar os tais princípios hermenêuticos. Seja no quesito música, joias, alimentação...os teólogos usam a bíblia e dizem estarem corretos no uso da hermenêutica. Não é diferente do senhor.
Claudia, seja bem vinda ao blog.
Quando falamos de princípios hermenêuticos, não há muitos modelos em voga. Muitos protestantes concordariam com adventistas quanto a modos de interpretar a Bíblia.
Mas a "guerra sem fim" a qual você alude se dá mais pelo fato de muitos usarem pressupostos extra-bíblicos para interpretar a palavra de Deus. O fundamental é que a Bíblia seja sua própria intérprete.
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