Rompe-se
a paz do lar: o homem sem roupas no Éden
Sente
a rispidez do ar, que lhe raspa as entranhas.
Rapidamente,
os dois olhos de Eva lhe pedem
Para
repor a paz nestas horas estranhas.
Tudo
quanto se fora, ao fim nos será dado
–
O Éden há de voltar! Gramas grassando agora
Mais
verde vão por todo o jardim restaurado,
Onde
a beleza cobre cada grão que aflora.
Perante
o esplendor vivo em cada planta e ser,
Há
outra luz que flui do trono altaneiro:
Ali,
mesmo anjos, com estatura e poder,
Dão
glória, glória, glória ao Senhor e ao Cordeiro.
E
a glória de Deus é doar-Se à criatura,
Com
materno olhar, um olhar que, ao amar, reluz;
Para
espanto do cosmo, o amor em forma pura
Demonstrou
seu extremo ao assumir a cruz.
Por
isso, os vinte e quatro anciãos dão louvor:
Tudo
novo se fez! Adeus à nódoa rubra.
Em
estatura e graça, homens crescem no amor
E
veem no mundo mais para que se descubra.
Enfim,
a paz! Enfim, a perene certeza
Da
harmonia entre Deus e o homem. Enfim, a vida
Como
se planejou em seu princípio. À mesa,
Deus
Se assenta ao redor da família reunida.
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