quinta-feira, 2 de agosto de 2007

POEMA DENUNCIA FRAUDES EVOLUCIONISTAS




Achei oportuno publicar este poema, que equilibra informação científica com certo viés satírico; claro que, ao traduzir um poema, temos algumas decisões complexas a tomar; eu optei pela tradução em versos (e não em prosa), e escolhi o alexandrino (12 sílabas) alternado com o alexandrino galego (13 sílabas, mais raro, mas ainda assim empregado por alguns poetas de nossa língua).

Procurei ser fiel a estrutura do original (estrofação, rimas). O mais importante é a mensagem do texto. Está na hora da mídia mostrar a que ponto alguns estão dispostos a mentir e apresentar resultados fraudulentos apenas com o intuito de justificar uma teoria que não tem como se manter mais em pé.

GIGANTOPITHECUS, nós dificilmente conheceremos vocês: em busca dos elos perdios

By Robert Voss

Com maxilar e crânio de orangutango feitos,
O homem de Piltdown surge – livros têm seus conceitos:

Dentes lixados (são como os de homens!), pintados
(Tem ar de antigos!)… Não creia em quaisquer achados.

Surge o homem de Nebraska, um decênio ocorrido,
De um mero dente de porco ele foi construído.
Quem não se lembra do medonho Homem de Java?
Enorme símio que a Ciência em vão fraudava!

Sobre "Nelly" e "Lucy" tanta coisa se diz.
Que pena! Ambas não passam de Gesso feito em Paris!
Desenhos e esculturas ambas de falsa criação,
Se de humano algo há, é muita imaginação.

Justo o contrário ocorre ao homem de Neandertal;
Dá-lhe o pincel do artista um aspecto animal.
Destinado a imprimir na mente popular
Que ele não é humano, mas bicho singular.

Não só homens-macacos se forjou vez por vez
"Galinhas de Piltdown", mini-eqüinos com pés.
Em alguns textos ficam, do olhar o mais distante,
Os desenhos de embriões de Haekel, o farsante.

Peixe extinto há milhões, espalhavam aos ventos;
Lança-o a Tsunami da água, e oh! Morto há alguns momentos.
E o celacanto, mesmo entre os muitos rumores,
Samba vivo na rede em que o põem pescadores.

Algumas fraudes, muitas sinceras, mas em tudo,
A intensa devoção à idéia vence o estudo.



Leia o poema original (na sessão "poetry")

Leia também "O Fôlego", outro poema criacionista


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