terça-feira, 6 de novembro de 2012

O PREÇO DA VIRGINDADE



Li há pouco a notícia de meninas indígenas cujas virgindades são leiloadas em São Gabriel da Cachoeira, município lonquinquo do Amazonas (Folha de São Paulo, 4/11, C1). Comerciantes, políticos e militares estariam entre os envolvidos. Por R$ 20 é possível conseguir passar a noite com uma menor, com idade entre doze e quatorze anos. Algumas vítimas relatam terem ganho celulares, chocolates e até roupas dos aliciadores. 

Muitas famílias recebem dinheiro para sustentar a prática de vender suas filhas. Outras são ameaçadas para não denunciarem o caso. A polícia Federal segue com as investigações, sem ter havido a prisão de qualquer um dos suspeitos. As denúncias seriam decorrentes desde 2008 (Idem, p. C4).

Por mais bizarra e asquerosa que seja a notícia, parece haver pouca tristeza quando se pensa em jovens, mulheres e homens, os quais têm vendido a pureza sexual por menos ainda. E pior: de forma voluntária. Refiro-me àqueles que por impulso resolvem “curtir” o momento. Eles banalizam o sexo, como se intimidade fosse algo para ser compartilhado com qualquer pessoa, em qualquer lugar e momento.

Entre cristãos, é grande o número daqueles que não resistem às tentações sexuais, seja na forma de namoros mal conduzidos, ou quando se apresentam nas imagens de alguns sites. Estão vendendo algo valioso por uma quantia ínfima.

Virgindade é algo valorizado por Deus, mas quando se trata de pureza, o preço é mais alto. Muitos que temem perder a virgindade descuidam com o que veem, ouvem ou tocam. Relacionam a virgindade com algo físico e até sacrificam a pureza para mantê-la hipocritamente – seus contatos íntimos e sexuais, embora calculadamente evitem a penetração, numa pretensa manutenção da virgindade, constituem uma deturpação grosseira do relacionamento sexual saudável. 

Quem se consagra à obediência dos mandamentos de Deus, estrutura sua conduta sexual de maneira a não ser dominada pelos impulsos, sabendo expressar sua sexualidade no tipo de relacionamento apropriado – a associação monogâmica e heteressexual, exclusiva e partilhada entre duas pessoas, após terem preenchido requisitos sociais e recebido a bênção divina (algo que as pessoas conhecem como “casamento”).

Quem sabe esperar, é recompensado com um tesouro incalculável. Compensa chegar virgem ao casamento – e, principalmente, ser puro antes, durante e depois dele.

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