Depois de declarar que abandonou seus
empregos ligados ao exercício da fé para "não crer em Deus", o
ex-pastor adventista e educador religioso Ryan Bell começou a receber milhares
de doações de ateus para continuar com sua causa.
Bell
pretende experimentar um ano vivendo como ateu, e ao publicar no blog de seu
projeto Ano Sem Deus (Year Without God)
que perderia suas economias, recebeu o apoio do bloguista ateu Hemant Mehta que
criou um site para arrecadar doações, onde já reuniu cerca de 17 mil dólares.
Apesar do
ateísmo do ex-pastor estar previsto para acabar em um ano, Mehta relata que
admira sua atitude, pois é um meio de mudar a visão negativa em torno do
ateísmo e algo digno de apoio "mesmo que ele decida que a não-crença não
serve para ele", avalia.
Entre as
mensagens deixadas na página de doações, muitos afirmam que Ryan Bell não deve
ser julgado por sua iniciativa, por pensarem que todos têm direito de efetuar
uma sondagem sobre aquilo que crê e ver sua real conveniência.
O
afastamento do pastor de sua crença teve início por conta de sua dificuldade em
compreender o tratamento dado pela Igreja Adventista aos homossexuais e às
mulheres, postura que aos poucos conduziu sua saída da congregação.
Agora ele
pretende passar um ano sem reconhecer a existência de Deus, para observar como
é o raciocínio dos ateus. No entanto, apesar de ter recebido muito apoio,
também obteve um alerta de Ro Os, um amigo do ex-pastor, que apontou algumas
armadilhas que podem surgir em seu projeto.
Além de
questionar a imagem negativa que Bell tem imposto sobre os cristãos, como se a
igreja só servisse para contrariar o ex-pastor, Ro Os afirma que teme que o
amigo sirva como garoto-propaganda de uma guerra cultural entre ateus e
cristãos, com uma visão distorcida e marginalizada do que cada classe
representa de verdade.
Fonte: ChristianPost
Eu acho
curiosa essa postura e, ainda mais curioso, o motivo alegado para isso, a
saber, a revolta contra o modo como igreja encara a homossexualidade. Para mim isso reflete uma
capitulação diante da cultura, como formadora de pressupostos - "se (a) as
pessoas têm o direito de seguir determinadas tendências, seja por escolha ou
natureza, but (b) the church as impede de viver como desejam, então (c) a
igreja é preconceituosa." O problema da primeira sentença estaria nos
fatores que determinam a moralidade. Seriam apenas aspectos culturais (sujeito
à mudança das eras) ou uma revelação transcendente, de um Ser acima da
transitoriedade de nossas opiniões? Creio que a racionalidade de cada postura,
mesmo que há princípio seja a mesma (em termos de ponto de partida), pode ser avaliada por suas implicações, não mensurando aquela que se acha mais
disseminada e conformada com o zeitgeist atual.
(colaborou: Gilberto Theiss)
Um comentário:
Conheço um caso muito parecido, no qual um Adventista viveu também um ano desligado do adventismo/cristianismo e uma de suas indagações era a postura da IASD para com o homossexualismo.
A apostasia está levando muitos de nosso meio que não estão preparados e fortalecidos na palavra de Deus.
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