“–Cada olho mofe na órbita e, ambos baços,
Tornem-te inútil, para que dependas
Da caridade alheia em meio às sendas,
E inválido, ao apoiar-se em outros braços;
Entre os pares, teus bens sejam escassos,
Posto que à porta vás perdir-lhes prendas,
E, não obtendo, teus poucos bens vendas,
Conseguindo não pães, tão só seus traços;
Outro usufrua em teu leito as carícias,
A outro seus filhos honrem como pai,
E outro colha em teu campo as primícias;
Nenhum dos dias aqui seja bom,
Que o choro caia como a chuva cai;
E desejes morrer por fim!” “– Shalom!”.
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3 comentários:
Meu amigo este poema é muito obscuro... Andas lendo muito Poe, Lorde Byron, Cruz e Souza ou Baudelaire? Entendi lhufas...
Oi, meu amigo. Seja bem-vindo.
Pense nesse poema como um diálogo, com duas falas desiguais: a primeira pessoa fala, fala e fala; no fim, há uma resposta. A resposta final, inesperada, é a razão para o título do poema: nobreza.
Um abraço.
Ah! agora sim!
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