A caverna na qual os livros foram encontrados
Quando os pergaminhos do Mar Morto foram acidentalmente descobertos pelo pastor beduíno Mohammad El Dib, em 1947, uma reviravolta na arqueologia bíblica teve início. Textos bíblicos antiquíssimos confirmaram a confiabilidade do texto recebido. Ao que tudo indica, estamos diante de outra possível reviravolta, com a probabilidade de um novo achado arqueológico com potencial para reescrever a história dos primeiros cristãos.
A corrosão do material: fundamental para a datação
Novos estudos indicam a autenticidade de 70 livros de metal, descobertos há cinco anos em uma remota região da Jordânia, na qual se sabe que cristãos se refugiaram durante o cerco o qual resultou na destruição de Jerusalém (em 70 d.C.). Testes já confirmaram: as corrosões no material indicam que ele pertence inequivocamente ao primeiro século. E mais: o artefato seria anterior à época de Paulo e poderia conter referências a eventos contemporâneos ou concomitantes aos últimos dias de Jesus na Terra.
O artefato é, atualmente, alvo de uma disputa entre seu proprietário (um beduíno, israelita que teria violado um acordo entre Israel e a Jordânia quantas à posse de artefatos) e o governo da Jordânia, cuja intenção é repatriar o achado. Os arqueólogos britânicos que trabalha com a descoberta teme o que seu proprietário não-cristão possa fazer com o achado.
No momento, exige-se cautela. Assim pensa o Dr. Rodrigo Silva, professor do UNASP, e doutor em arqueologia bíblica pela Universidade de Jerusalém, além de doutorando em arqueologia clássica pela Universidade de São Paulo. “Este parece ser um achado muito interessante, caso se confirme verdadeiro. Por enquanto, a prudências nos orienta a esperar, até termos novos dados laboratoriais e técnicos que certamente serão divulgados pelos especialistas”, conclui ele.
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