sábado, 25 de janeiro de 2014

NOBREZA






“–Cada olho mofe na órbita e, ambos baços,


Tornem-te inútil, para que dependas


Da caridade alheia em meio às sendas,

E inválido, ao apoiar-se em outros braços;


Entre os pares, teus bens sejam escassos,

Posto que à porta vás perdir-lhes prendas,

E, não obtendo, teus poucos bens vendas,

Conseguindo não pães, tão só seus traços;


Outro usufrua em teu leito as carícias,

A outro seus filhos honrem como pai,

E outro colha em teu campo as primícias;


Nenhum dos dias aqui seja bom,

Que o choro caia como a chuva cai;

E desejes morrer por fim!” “– Shalom!”.


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3 comentários:

Crendo e compreendendo disse...

Meu amigo este poema é muito obscuro... Andas lendo muito Poe, Lorde Byron, Cruz e Souza ou Baudelaire? Entendi lhufas...

douglas reis disse...

Oi, meu amigo. Seja bem-vindo.
Pense nesse poema como um diálogo, com duas falas desiguais: a primeira pessoa fala, fala e fala; no fim, há uma resposta. A resposta final, inesperada, é a razão para o título do poema: nobreza.

Um abraço.

Crendo e compreendendo disse...

Ah! agora sim!