domingo, 4 de janeiro de 2009

MARIANA E A TARTARUGA

Mariana: felinos (de pelúcia) sim, quelônios, não!

Neste final de ano, pude visitar minha família em São Paulo. E nisto, conheci Mariana. Ela é minha prima mais nova (26 anos mais nova, para ser exato), filha do único tio homem que tenho. Durante uma visita à minha avó, brincamos bastante com a Mariana.

Minha esposa levou-a no colo para passear. Somente no percurso é que uma fobia da pequena foi detectada: ela não teve um encontro lá muito amistoso com a tartaruga da nossa tia, que fica no quintal. Ao ver o pequeno réptil, Mariana já esboçava o choro na voz.

Em outro momento, Mariana tentou deixar a sala, na qual a família se reunia e fazer sua excursão solo pelo quintal. Com medo de que descesse sozinha a escada que dá acesso ao pátio, começaram a botar medo no bebê, fazendo lembrar que estaria no reduto de uma fera impiedosa e ágil – a tartaruga!

Não é incomum os adultos manipularem as crianças colocando nelas medos irreais, apenas para levá-las à obediência imediata. Se o método é correto ou pedagogicamente justificado, isto pode ser questionado. No entanto, fico nos resultados que advertências engendradas acarretam sobre o relacionamento de pais e filhos, a medida em que estes crescem descobrindo a mentira (bem intencionada) daqueles.

Em algum, momento Eva pode ter imaginado que Deus lhe mentira paternalmente (cf.: Gn. 3). Seu Criador poderia estar até bem intencionado – Sua advertência sobre não comer da fruta da árvore da vida visava Sua proteção. E, como uma adolescente que descobre que os princípios dos pais eram infundados, Eva resolveu agir de acordo com o novo conhecimento adquirido via serpente.

Neste ponto, nós podemos constatar a diferença entre as “mentirinhas” que os pais em geral contam para proteger seus filhos e o procedimento divino: o Senhor não pode mentir. Ele está inevitavelmente atrelado à Verdade por Sua própria natureza. Deus nos fala abertamente sobre as consequências de nossas escolhas (Dt. 30:19 e 20). Nosso Criador lida com a equação de liberdade sobre responsabilidade, que, quando bem resolvida, resulta em felicidade.

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