sábado, 10 de setembro de 2011

ITAJAÍ: ESQUECIDA PELA MÍDIA, LEMBRADA POR DEUS

A história retrocedeu quando ouvimos falar da situação de várias cidades do litoral catarinense. Automaticamente, eu e minha esposa revivemos os momentos de isolamento vividos na enchente de 2008. Na época, morávamos em Itajaí, cidade que comporta o maior porto de Santa Catarina. Como na ocasião, o excesso de chuvas atingiu diversos municípios, como de Blumenau (foto ao lado), antes de descer para Itajaí, localizada na bacia do vale que leva o mesmo nome.

Como temos muitos amigos que moram na cidade, ficamos preocupados com a iminência de uma nova enchente. De fato, muitos irmãos adventistas de São Francisco do Sul, cidade onde atualmente residimos, comentaram nesse sábado sobre as primeiras notícias relativas à enchente deste ano. As duas cidades são unidas pela cultura (ambas de colonização açoriana) e pela economia que depende da atividade portuária. Assim, é comum que muitas pessoas de São Francisco tenham familiares ou conhecidos em Itajaí.






Ao que tudo indica, a enchente atual quase se equipara em estragos e vítimas a que ocorreu há três anos. Pelo menos essa informação apareceu quando minha esposa checou o site da Defesa Civil. Entretanto, para nossa surpresa, os telenoticiários não dedicaram muito tempo ao assunto. Um deles gastou cerca de dois minutos comentando o assunto. Isso nos surpreendeu. Afinal, a enchente de 2008 foi capa de revistas semanais, foi bem divulgada em diversos noticiários por algo equivalente a mais de uma semana e causou comoção nacional. Por que uma catástrofe de proporções similares passou despercebida?

É difícil explicar. Talvez por uma série de fatores. A começar pela proximidade com o aniversário do atentado ocorrido em 11 de Setembro, que monopolizou os principais veículos de informação. Ou isso se explique em decorrência do número de outras catástrofes ocorridas em território nacional (como a que ocorreu recentemente no Rio de Janeiro).

De minha parte, eu registro minha preocupação com tantas pessoas queridas. Lembrei-me daqueles que tiveram de reconstruir a vida, por terem perdido tudo em 2008. Boa parte desses queridos só conseguiu se reerguer pela liberação do fundo de garantia, autorizada pelo governo federal. E agora? Que fundo de emergência virá em socorro dessas pessoas? Oro, e peço que outros se unam a mim em oração, pela segurança de tantas famílias, desabrigadas, isoladas e sem perspectivas. Que Deus, que não se esquece dos desamparados, esteja presente ao lado daqueles que mais precisarem dEle; embora esquecidos pela mídia, os Céus os conhecem.


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