Onde quer que o cristianismo tenha fincado estacas, progrediu-se. A excelência está incluída na maneira cristã de lidar com os aspectos mais ordinários da vida. Um Deus de perfeição absoluta impulsiona Seus adoradores a manifestarem na esfera humana uma laboriosa consciência de dever, um desejo de fazer o melhor como se o fizesse para Deus, em Sua própria presença.
Ocorre que este sentido de serviço (que é, ao mesmo tempo, um chamado divino e um uso responsável dos talentos dados pelo Alto) difere daquilo que o vulgo denomina ambição. Na ambição, aflui o egoísmo. Sente-se vontade de crescer, progredir, alcançar um alvo. Mas o propósito por detrás é a auto-glorificação. Querer crescer para ser admirado, obter respeito, ser influente. A ambição não traz em seu bojo senso de serviço, exceto o auto-serviço, egoísta desde a raiz.
Grande parte da tormenta que pesa sobre o homem comum vem da ambição. Ela nos desvia o foco dos propósitos divinos, chamando a atenção para propósitos humanos-carnais. Sem a ambição, a energia vital seria canalizada para fins úteis. A sociedade seria beneficiada por pessoas que buscam dar seu melhor em prol do semelhante.
A frustração freqüente, que ocasiona o sentimento de fracasso e a perda da auto-estima, começa com a ambição: busca-se o que não se pode ou o que demandará o sacrifício de relacionamentos indispensáveis a uma vida saudável. Ou, aproveitando as palavras do Mestre, “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
A suposta “ambição saudável” tem um ranço suspeito, cheira a egoísmo camuflado. Somente o cristianismo pode curar a vontade do homem, devolvendo-lhe uma estima equilibrada e realizando-o, através do cumprimento dos propósitos do Senhor, que, na prática, traduzem-se pela busca constante de excelência.
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