terça-feira, 14 de junho de 2011

NÃO SE FAZ MAIS CASAIS COMO ANTIGAMENTE...


Passado o fuzuê do dia dos namorados (o comércio que o diga), ainda nos resta refletir sobre as relações vivenciadas nesta sociedade em constante transformação (processo que, nem sempre,segue para melhor). Acabou aquele tempo da ingenuidade social, muitas vezes autoimposto. Quando nasci, uma amiga de minha mãe foi visitar-nos. Na ocasião, a moça apresentou à mãe o namorado de que tanto lhe falara e que, de fato, não era ele, mas ela. Este tipo de “revelação bombástica” não se fazia publicamente – tratava-se de assunto sigiloso, confessado para aqueles da mais alta confiança. Ser gay, como se dizia, era coisa de menino sem pai ou de gente imoral.

A sociedade hoje vê com novos olhos a condição homossexual. Promove-se, assim, a suposta valorização do ser humano pelo que ele é, vislumbrando seu potencial, cidadania, valores, sem se concentrar na opção sexual. Cristãos creem igualmente no valor intrínseco dos seres humanos projetados pelo mesmo Deus. Logo, o Senhor ama homossexuais e heterossexuais, negros e brancos, homens e mulheres.

Por outro lado, a aceitação divina, inerente a cada ser humano, não valida escolhas pessoais ou comportamentos sociais contrários à vontade expressa do mesmo Deus. Não se trata de ação meritória. Suas dádivas recaem sobre Gandhis e Hitlers (Mt 5:45). Dizer que Deus ama homossexuais não eleva sua condição. Deus ama homicidas e prostitutas em igual medida; Deus ama até cristãos!

Enquanto homens levam ao parque seus namorados e as novelas contribuem para que a cena se torne parte natural da paisagem, é de se pensar que tipo de sociedade construímos. Chegamos ao ponto em que Kathy Witerick, uma pacata mãe canadense, optou por não contar a seu filho (batizado pela imprensa de Storm) o seu gênero. A decisão, tomada em conjunto com o marido e alguns familiares, prevê que a criança escolha futuramente sua própria sexualidade, sem nenhum tabu.

Em harmonia com o que Deus revelou (cf, por exemplo, Rm 1:22-28), seria aceitável a atitude pós-moderna de dar a cada um o direito de escolher sua própria sexualidade – ou gênero sexual, como alguns preferem diferençar? Como desvincular identidade sexual (anatomicamente estabelecida) de gênero sexual (supostamente ligado à escolha)? Sei que aqui alguns poderiam recorrer à exceção para estabelecer a regra, citando casos de hermafroditismo ou de má formação de órgãos sexuais. Entretanto, para a maioria dos indivíduos, a própria natureza revela inequivocamente uma identidade sexual bem definida.

Embora a homossexualidade trave batalhas, vencendo algumas (como na Argentina) e perdendo outras (no caso da França), a tendência é que seja endossada por leis e acolhida pela sociedade. As leis, que procuram garantir usufruto inconsequente à liberdade de opinião, não levam em conta o fundamento da verdadeira moralidade familiar. Será que um casal homossexual preenche os requisitos de uma vida familiar, com funções de autoridade bem definida? Há modelos de pai e mãe, essenciais para o desenvolvimento infantil? O relacionamento homossexual consegue criar um vínculo semelhante aquele que Deus estabeleceu – marido e mulher se tornando uma só carne (Gn 2:24), com o tipo de experiência que ultrapassa a mera conjunção carnal e atinge o âmago da intimidade almejada pelo Criador? A julgar pela promiscuidade entre homossexuais, o grau de insatisfação em seus relacionamentos deve ser grande. Como observou um professor que tive na faculdade: “Homens homossexuais são infelizes. Eles, à semelhança de mulheres, procuram um ‘homem perfeito’. Mas o ‘homem perfeito’ se interessa por mulheres, não por outros homens. Assim, os homens homossexuais não conseguem psicologicamente se preencher, porque têm de se contentar em se relacionar com alguém como eles, não de um outro gênero.”

Parece, com tudo isso, que quando havia homens e mulheres de mãos dadas em algum parque da cidade, as pessoas eram mais felizes…

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