quarta-feira, 1 de junho de 2011

MELHOR MESMO É A MULHER VISÍVEL!


O que acontece quando um casal precisa conviver com a presença de uma terceira pessoa? E se essa pessoa não for real, mas uma mulher invisível, fruto apenas da imaginação do cara? Assim é a trama de A Mulher Invisível, série que estreia nesta terça-feira na RBS TV, depois de Tapas & Beijos, na faixa ocupada anteriormente por Divã.

Livremente inspirada na trama do filme homônimo de 2009, a série conta também com parte do time que levou a história às telas de cinema. À frente está o diretor-geral Claudio Torres, que também escreveu e dirigiu o filme, e dois terços dos protagonistas: Selton Mello e Luana Piovani recebem ainda a companhia de Débora Falabella para completar o triângulo amoroso inusitado.

Primeira coprodução da Globo com a Conspiração Filmes (produtora que conta, além de Torres, com diretores como Andrucha Waddington, Lula Buarque e José Henrique Fonseca), A Mulher Invisível ganhou esse terceiro elemento em relação ao filme por obra do diretor de núcleo Guel Arraes – a ideia é discutir de forma leve o imaginário dentro do matrimônio.

– A grande mensagem de A Mulher Invisível é: viva bem com a sua fantasia e assuma para a sua mulher – conta Guel.

Na trama, Pedro (Selton Mello) e Clarisse (Débora Falabella) vivem os conflitos de um típico casal apaixonado aprendendo a lidar com a rotina pós-encantamento do início de relacionamento. Enquanto as cobranças e manias de Clarisse já não são mais tão legais, Pedro perde sua identidade ao passar a preocupar-se apenas com a estabilidade. Em busca de um mundo ideal, surge Amanda (Luana Piovani), uma mulher imaginária que acompanha Pedro – e, consequentemente, Clarisse – nos seus desejos mais improváveis. As confusões aumentam quando, em determinados momentos, Clarisse passa de rival a aliada de Amanda, para desespero de Pedro.

Dividido em cinco episódios, A Mulher Invisível tem texto de Guel Arraes, Leandro Assis, Claudio Torres e Mauro Wilson, que também assina a redação final. Trazendo sua experiência do cinema, Selton Mello também assina a direção do seriado com Claudio Torres e Carolina Jabor.

– Foi muito bacana o convite para dirigir o último episódio. Fiquei contente demais, não só em assumir essa outra função, como também por reencontrar o Pedro – brinca o ator, referindo-se ao mesmo personagem que interpretou no cinema.

Zero Hora

Em vista dos claros objetivos da trama, deveríamos nos perguntar: e por que um casal precisa de uma fantasia desta natureza? Uma coisa é desfrutar da intimidade a dois, que pode ser fonte de fantasias sexuais que traduzam o desejo saudável de um pelo outro. Mas por que fantasiar com outra pessoa, ainda que ela não exista? Cada vez mais, o amor genuíno e puro – o qual “não se conduz inconvenientemente” (1 Co 13:5, com conotação sexual no original grego) – cede o palco para um genérico baseado em emoções fugazes. E tudo continua na normalidade… Mas, particularmente, eu prefiro a mulher visível que tenho ao meu lado a qualquer substituta, imaginária ou real!

Leia Também: Luana Piovana: criada na "severa igreja", com fé no "amigo invisível"

Um comentário:

Matheus disse...

Mas a mulher invisível é nossa irmã na fé...