O êxtase, a exatidão de um sentimento de flores e cânticos, num rodopio inusitado, e – a chegada!
Sua chegada colhe os abraços de seres luminosos, enquanto outros, atentos e expectantes, acompanham-lhe as passadas deslumbradas.
Por séculos, nossas almas têm se entrelaçado, ambas
Usufruindo de uma comunhão que outras
Desconhecem em sua rotina de egoísmo.
O facho fecha as retinas acostumadas à penumbra das manhãs terrenas, algo estranho testemunha, o anil dos lábios saudando não a ele, senão ao Motivo de seu aportar.
Filho, finalmente hoje conheces minha casa,
Sendo que, em tua casa, sempre estive como hóspede!
Adão lhe contara. Sobre a presença, a harmonia, o esplendor, a voz, o sorriso, o poente, a mensagem, o divino, toda a teia, toda! E ele ouvira seu ancestral e o júbilo lhe penetrava.
Ainda ouço no vagido
De meu pequeno filho
A pequenez do homem na terra
E sua necessidade de Deus.
Poderosos ministros da região que o veem acompanharam-no quando dizia, chama sem açúcar, anúncio de trovão no interior dos corações:
Silenciai vossas obras,
Aquietai vossos desejos perversos;
O Senhor caminha,
O Criador é chegado;
Ele será o juiz de todos os ímpios,
Com seus anjos acompanhando-O em Seu julgamento.
Deus finalmente o encontra e o abraço fraterno é dado. O fim do conflito é chegado, ao menos para um dos filhos da Terra. Há esperança para a semente do bem, se o isolamento conservar acesa a fé, livre dos obstáculos sensuais.
Para ele, há este primeiro abraço. E há o sempre…
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