Jonathan Swift não tem uma obra literária de grande expressão, mas marcou presença na Literatura mundial com o clássico "Viagens de Gulliver". Num dos momentos do livro, o cirurgião e aventureiro Lemuel Gulliver sobrevive a um naufrágio e chega inconsciente às praias do reino de Lilipute, onde vivem pessoas do tamanho de seus dedos.
Por sinal, essa desproporção causa pânico nos nativos, que resolvem prender o "gigante" com amarras antes que ele desperte. Por precaução, retiram todos os objetos “perigosos” encontrados nos bolsos do náufrago.
Dos bolsos de Gulliver assoma um relógio, engenhoca desconhecida pelos liliputianos. Eles passam a considerar o relógio como uma espécie de oráculo, por observarem que Gulliver não tomava uma decisão antes de consultar o curioso mecanismo.
Acho a passagem deliciosa e há muito reflito na forma sarcástica como ela expressa uma observação sobre a nossa cultura: o tempo é nosso oráculo. Nós não apenas o consultamos, mas vivemos em função dele. Cronometramos a vida na esperança de que, ao dividi-la e mensurá-la, possamos controlar seu curso.
Infelizmente, com que frequência nós é que somos controlados pelo tempo ao invés de ser o contrário!
Por sinal, essa desproporção causa pânico nos nativos, que resolvem prender o "gigante" com amarras antes que ele desperte. Por precaução, retiram todos os objetos “perigosos” encontrados nos bolsos do náufrago.
Dos bolsos de Gulliver assoma um relógio, engenhoca desconhecida pelos liliputianos. Eles passam a considerar o relógio como uma espécie de oráculo, por observarem que Gulliver não tomava uma decisão antes de consultar o curioso mecanismo.
Acho a passagem deliciosa e há muito reflito na forma sarcástica como ela expressa uma observação sobre a nossa cultura: o tempo é nosso oráculo. Nós não apenas o consultamos, mas vivemos em função dele. Cronometramos a vida na esperança de que, ao dividi-la e mensurá-la, possamos controlar seu curso.
Infelizmente, com que frequência nós é que somos controlados pelo tempo ao invés de ser o contrário!
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