sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O EVANGELHO QUE RECONSTRÓI VIDAS



RECONSTRUÇÃO

Ecoa. Estrondo cheio de ânimo e reverência.
Sua porta, fechada para os prazeres pagos,
Oculta uma família faminta da promessa.

Tilinta o sangue pelas ruas órfãs do muro;
Em seu lar, uma fita rubra simula a Páscoa.

Não um arrombamento, mas um bater suave.
Ela abre a porta, livre da atitude lasciva,

Do sorriso que tenta seduzir algum homem;

Ela é filha da Aliança da mesma forma que eles
– Justo nesse sentido, já tinha a porta aberta.

Ao recolher a fita vermelha, que fez dela?
Secou com ela suas lágrimas de vitória?
Ou através da fita pensou no sacrifício,
Ofertando um cordeiro (substituto na culpa)?

Seu lar seria agora muito bem frequentado,
E teria um marido, não homens com moedas.

Pensaria no mesmo Deus que a tomou nos braços,

Mais seguros que os muros da Jericó vencida.

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