RECONSTRUÇÃO
Ecoa. Estrondo cheio de ânimo
e reverência.
Sua porta, fechada para os
prazeres pagos,
Oculta uma família faminta da
promessa.
Tilinta o sangue pelas ruas
órfãs do muro;
Em seu lar, uma fita rubra
simula a Páscoa.
Não um arrombamento, mas um
bater suave.
Ela abre a porta, livre da
atitude lasciva,
Do sorriso que tenta seduzir
algum homem;
Ela é filha da Aliança da
mesma forma que eles
– Justo nesse sentido, já
tinha a porta aberta.
Ao recolher a fita vermelha,
que fez dela?
Secou com ela suas lágrimas de
vitória?
Ou através da fita pensou no
sacrifício,
Ofertando um cordeiro
(substituto na culpa)?
Seu lar seria agora muito bem frequentado,
E teria um marido, não homens
com moedas.
Pensaria no mesmo Deus que a
tomou nos braços,
Mais seguros que os muros da
Jericó vencida.
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