Quando o motorista do Fiesta preto desceu, seus olhos esbulhados e a adrenalina na voz expuseram sua insanidade. "Sou o Cadu. Fui eu que matei o Glauco", apresentou-se o rapaz de 24 anos, preso no domingo de 22 de Março – dez dias após ter matado o cartunista Glauco.
Glauco, conhecido por suas tiras publicadas em grandes jornais, criou o cartoom Geraldão, um solteiro que mora com a mãe. As histórias possuem um humor picante, e insinuações de incesto entre as personagens.
O cartunista, criador de outras tiras, recebeu iniciação na seita do Daime em 1989. A religião cultua um chá alucinógeno indígena, o Santo Daime, redescoberto pelo seringueiro Irineu (Mestre Irineu), fundador da seita. Reunindo tradições cristãs, das religiões afro-brasileiras e de misticismos indígenas, a seita é “uma faculdade da Nova Era", como declarou Glauco no site da comunidade Céu de Maria, fundada por ele.
Cadu, apelido de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, frequentava o Céu de Maria há três anos. Isso serviu para agravar seus problemas psíquicos. No dia do crime, Cadu e Felipe Lasi (que sustenta que o primeiro o forçou) invadiram a casa de Glauco em Osasco (SP), por volta da meia-noite. Cadu queria forçar o mentor a admitir que seu irmão era Jesus encarnado. Tanto o desenhista, como o filho Raoni, foram mortos. Cadu esteve foragido, até ser preso cruzavando a ponte da amizade (divisa entre Paraguai e o Brasil). Repatriado, está preso no Paraná, e aguarda o julgamento, que poderá sentenciá-lo a até 95 anos de prisão.
A história toda nos faz questionar, entre outras coisas, a validade de algumas crenças. Desenvolver a espiritualidade é a demanda da nossa época. Antigamente se dizia (e alguns ainda batem na tecla) que a religião é coisa boa. Mas como a palavra “religião” saiu de moda, e “espiritualidade” parece mais abrangente, há um incentivo para que cada pessoa viva sua crença, seja ela qual for.
Obviamente, esse conceito geral trata as crenças como se fossem equivalentes, na esteira da máxima “todos os caminhos levam a Deus”. Será? Se cada religião prega um deus (ou uma concepção de deus), não seria melhor afirmar que “todos os caminhos levam a algum deus”? Em contrapartida, se a primeira frase for correta, teríamos de admitir que as crenças são imperfeitas e apenas reproduzem, de forma distorcida e falha, aspectos do mesmo Deus, e todas estariam, simultaneamente, certas e erradas. Mas nenhuma delas seria absolutamente confiável. E ninguém teria certeza sobre sua própria crença.
Em virtude do direito individual da crença, o uso religioso do Daime ficou estabelicido no Brasil desde o último Janeiro. Entretanto, o episódio da morte de Glauco e Raoni parece deixar claro o potencial destrutivo dessa fé. A revista Veja informou que, segundo a família, Glauco sabia desde 2007 que o rapaz tinha transtornos mentais e não poderia dar-lhe o chá do Daime, e, mesmo assim, continuou oferecendo-lhe a droga. Talvez, isso nos ajude a perceber que cada crença leva a um caminho lógico diferente, o que, por sua vez, nos conduziria ao próximo passo: procurar uma religião que conduza a uma maneira de vida que satisfaça as necessidades humanas intrínsecas e nos ajuste à realidade.
O Cristianismo é essa fé. Através da Bíblia, temos respostas para aquilo que está errado em nosso mundo (Gn 3:17-19; Ec 7:29; Rm 5:12; 7:18-19; 8:20), e ela nos revela o que Deus fez e fará para restaurá-lo (Jo 1:17; Rm 5:17; Tt 2:1; Ap 21).
Fanáticos existem em todas as crenças (e descrenças). Mas ao olharmos para o que prega uma determinada crença, o que vemos? Revolta contra o mundo ou o desejo de tornar melhor o mundo? Regras sem sentido ou princípios benéficos? Incentivo à ganância ou desapego a valores puramente materiais? Relações abusivas ou relacionamentos saudáveis? O próprio Jesus disse que conheceríamos as propostas religiosas pelos seus frutos (Mt 7:16-23).
A religião é boa? Apenas quando cumpre seu papel, de unir homem e Deus. Na verdade, apenas a religião de Jesus faz isso, pois ninguém irá ao Pai sem Sua mediação (Jo 14:6).
Glauco, conhecido por suas tiras publicadas em grandes jornais, criou o cartoom Geraldão, um solteiro que mora com a mãe. As histórias possuem um humor picante, e insinuações de incesto entre as personagens.
O cartunista, criador de outras tiras, recebeu iniciação na seita do Daime em 1989. A religião cultua um chá alucinógeno indígena, o Santo Daime, redescoberto pelo seringueiro Irineu (Mestre Irineu), fundador da seita. Reunindo tradições cristãs, das religiões afro-brasileiras e de misticismos indígenas, a seita é “uma faculdade da Nova Era", como declarou Glauco no site da comunidade Céu de Maria, fundada por ele.
Cadu, apelido de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, frequentava o Céu de Maria há três anos. Isso serviu para agravar seus problemas psíquicos. No dia do crime, Cadu e Felipe Lasi (que sustenta que o primeiro o forçou) invadiram a casa de Glauco em Osasco (SP), por volta da meia-noite. Cadu queria forçar o mentor a admitir que seu irmão era Jesus encarnado. Tanto o desenhista, como o filho Raoni, foram mortos. Cadu esteve foragido, até ser preso cruzavando a ponte da amizade (divisa entre Paraguai e o Brasil). Repatriado, está preso no Paraná, e aguarda o julgamento, que poderá sentenciá-lo a até 95 anos de prisão.
A história toda nos faz questionar, entre outras coisas, a validade de algumas crenças. Desenvolver a espiritualidade é a demanda da nossa época. Antigamente se dizia (e alguns ainda batem na tecla) que a religião é coisa boa. Mas como a palavra “religião” saiu de moda, e “espiritualidade” parece mais abrangente, há um incentivo para que cada pessoa viva sua crença, seja ela qual for.
Obviamente, esse conceito geral trata as crenças como se fossem equivalentes, na esteira da máxima “todos os caminhos levam a Deus”. Será? Se cada religião prega um deus (ou uma concepção de deus), não seria melhor afirmar que “todos os caminhos levam a algum deus”? Em contrapartida, se a primeira frase for correta, teríamos de admitir que as crenças são imperfeitas e apenas reproduzem, de forma distorcida e falha, aspectos do mesmo Deus, e todas estariam, simultaneamente, certas e erradas. Mas nenhuma delas seria absolutamente confiável. E ninguém teria certeza sobre sua própria crença.
Em virtude do direito individual da crença, o uso religioso do Daime ficou estabelicido no Brasil desde o último Janeiro. Entretanto, o episódio da morte de Glauco e Raoni parece deixar claro o potencial destrutivo dessa fé. A revista Veja informou que, segundo a família, Glauco sabia desde 2007 que o rapaz tinha transtornos mentais e não poderia dar-lhe o chá do Daime, e, mesmo assim, continuou oferecendo-lhe a droga. Talvez, isso nos ajude a perceber que cada crença leva a um caminho lógico diferente, o que, por sua vez, nos conduziria ao próximo passo: procurar uma religião que conduza a uma maneira de vida que satisfaça as necessidades humanas intrínsecas e nos ajuste à realidade.
O Cristianismo é essa fé. Através da Bíblia, temos respostas para aquilo que está errado em nosso mundo (Gn 3:17-19; Ec 7:29; Rm 5:12; 7:18-19; 8:20), e ela nos revela o que Deus fez e fará para restaurá-lo (Jo 1:17; Rm 5:17; Tt 2:1; Ap 21).
Fanáticos existem em todas as crenças (e descrenças). Mas ao olharmos para o que prega uma determinada crença, o que vemos? Revolta contra o mundo ou o desejo de tornar melhor o mundo? Regras sem sentido ou princípios benéficos? Incentivo à ganância ou desapego a valores puramente materiais? Relações abusivas ou relacionamentos saudáveis? O próprio Jesus disse que conheceríamos as propostas religiosas pelos seus frutos (Mt 7:16-23).
A religião é boa? Apenas quando cumpre seu papel, de unir homem e Deus. Na verdade, apenas a religião de Jesus faz isso, pois ninguém irá ao Pai sem Sua mediação (Jo 14:6).
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