segunda-feira, 1 de novembro de 2010

DEUS, UMA SÉRIE DE BOATOS E BOBAGENS


Por que as biografias vendem tanto? Atualmente, o fenômeno midiático exalta algumas personalidades, criando interesse em torno delas, de suas supostas habilidades e até de detalhes de sua vida privada. Isso leva muitas pessoas a procurarem publicações, reportagens, documentários e produtos relacionados à vida de um ou mais artistas de sua preferência. Neste contexto, livros biográficos ainda são uma das formas de atender à crescente demanda por satisfazer a curiosidade dos fans. Muitas vezes, surgem as chamadas "biografias não-autorizadas", que, sem a colaboração ou permissão dos biografados, se destinam a explorar detalhes geralmente escandalosos ou polêmicos de sua vida; obviamente, isso atrai o público ávido por informações, ainda que muitos não possuam a capacidade ou senso crítico suficiente para avaliar os dados mencionados.

Em sua edição de Novembro, a revista Superinteressante publicou o que poderíamos chamar de uma biografia não-autorizada. E quem é o biografado? Ninguém menos do que o próprio Deus! A reportagem intitulada Deus: uma biografia (DB) [1] tem todos os ingredientes das biografias não-autorizadas: polêmicas, dados controversos e linhas proferidas mais com o intuito de fazer barulho do que em informar de forma fidedigna. Infelizmente, esse viés de "jornalismo marrom" vem se consolidando nas páginas de Super, ainda mais quando se trata de assuntos religiosos. Falarei mais sobre isso na sequência.

Inicialmente, vale dizer que a matéria parte do pressuposto que Deus seja mera invenção humana, e que o conceito em si passou por reformulações até chegar à ideia sobre a divindade que está presente nas mentes ocidentais. Se for verdade, a Bíblia, que se destina a servir como auto-revelação de um Ser Supremo, estaria seriamente comprometida. Ao mesmo tempo, se estabeleceria uma forte razão para o abandono à crença em Deus e na própria religião. Mais do que isto até: teríamos de admitir que o conhecimento humano não é seguro, porém mutável, relativo e digno de pouca (ou nenhuma) credibilidade.

Para alguns, talvez o último ponto seja um exagero. Mas prometo retornar a ele. Quero, por agora, apenas inserir a consideração de que se a ideia sobre a verdade a respeito de Deus se trata de uma construção humana, está fadada tanto ao fracasso, como a demonstrar a fabilidade epistemológica do homem. Porém, cada coisa ao seu tempo.

Neste artigo, analiso as duas grandes tendências equivocadas em DB; acredito que elas sejam responsáveis pela série de informações duvidáveis presentes na matéria. Ao explaná-las, mostrarei o reverso da moeda - aqueles fatos que as matérias da Super, e.g., por ignorância passiva ou ativa, não exploram. Vamos às tendências visíveis no texto da revista:

1) Considerar a formulação do conceito de Deus como algo progressivo: Desde o início esta presuposição guia DB: "[...] Essa concepção [tradicional sobre Javé], que hoje parece eterna, de tanto que a conhecemos, não nasceu pronta. Ela é fruto de fatos históricos que aconteceram antes de a Bíblia ser escrita. O próprio Javé foi uma divindade entre muitas. Fez parte de um panteão do qual nem era o chefe. O fato de ele ter se tornado o Deus supremo é marcante [sic]É essa a história que vamos contar aqui. A história de Javé, a figura que começou como um pequeno deus do deserto e depois moldaria a forma como cada um de nós entende a ideia de Deus[...]". [2]

Adiante, a Super procura explicar o surgimento do conceito de Deus, alegando que tal crença "provavelmente vem da capacidade humana de detectar as intenções das outras pessoas. [sic] E a melhor maneira de tentar se antecipar a um adversário nos jogos mentais do dia é imaginar as intenções dele [...]"; logo, a "ideia de que há espíritos de toda sorte da natureza seria, assim, um efeito colateral do nosso sistema de detecção de mentes, tão hiperativo." A afirmação é ainda usada para convalidar a ideia de que "a espiritualidade faz parte de nossos instintos. É quase tão natural acreditar em divindade quanto comer ou dormir." [3]

Há vários problemas sérios nas afirmações da revista. Em primeiro lugar, quais as evidências de que a crença em divindades surgiu com a necessidade de saber como pensam outras pessoas? A própria matéria se limita a dizer que "provavelmente" tal necessidade explique o surgimento da noção de divindade. E qual seria a relação entre as intenções humanas e os deuses, indicadores (segundo DB) da existência de propósito nos elementos naturais? Ou mesmo, que tem que ver espiritualidade com o desejo de explicar o mundo físico?

Se a espiritualidade pudesse ser reduzida à uma formulação que explicasse as leis naturais, seria certo que, à medida em que outros métodos fossem adotados para o estudo da natureza, a espiritualidade seria dispensável. Contudo, o que vemos no início da história da Ciência? Uma contribuição significativa para a revolução científica se deu por meio da influência da Bíblia! Colin A. Russel, professor de História da Ciência, atesta que em "conformidade com este conceito está o papel predominante desempenhado na nova ciência por países protestantes como a Grã-Bretanha, Países Baixos e Alemanha [sic] O que parece agora claro, sem qualquer contradição, é que uma redescoberta do cristianismo bíblico levou a uma nova percepção qualitativa da natureza, grande o bastante para abranger essas descobertas recentes e tornar possível a Revolução Científica."[4] Assim, a teologia bíblica, longe de tratar de um mundo encantado (dos animistas) ou deificado (dos panteístas), revelou aos primeiros cientistas um mundo que eles poderiam pesquisar, o qual era distinto de seu Criador. Isaac Newton, por exemplo, estudava as leis do universo para entender seu funcionamento, sabendo que elas não oferecem "subsídios sobre a sua origem" [5]

Vale lembrar que a Etnografia e a Arqueologia contribuem para ressaltar paralelos e distinções entre a Literatura bíblica e a de seus conterrâneos, como as antigas civilizações de Canaã, da Mesopotâmia, Eridu, entre outras. Muitos estudiosos chegam a conclusão de que estas tradições escritas retratem acontecimentos históricos sob perspectivas culturais divergentes. Desde o início, fica claro a não-dependência da matéria bíblica em relação a outras tradições; encontramos nos textos judaicos uma linguagem que não favorece a concepção de um mundo mágico ou idealizado. [6] Portanto, justificar a crença em Deus como uma visão de mundo pré-científica é entender de forma equivocada tanto o papel da fé cristã, como sua abordagem acerca do mundo natural.

Em verdade, a única justicativa para se entender a Bíblia como mera produção de mito surge da utilização do método histórico-crítico, que impõem ao texto bíblico concepções naturalistas (i.e., contrária a ideia de milagres e eventos sobrenaturais). A esse respeito, a opinião de Karl Kawtsky é esclarecedora. "As histórias da Bíblia contém, sim, um núcleo histórico, mas esse núcleo é extremamente difícil de ser determinado."Ele encontraria coro entre dezenas de eruditos liberais, quando supõe que seria um erro tomar a história bíblica como "história real". [7] A Teologia Liberal teve seu surgimento no século XVIII. Johann Gottfried Eichhorn foi pioneiro ao afirmar que cada livro do AT não teria um único autor, mas conteria diversas contribuições históricas. Para Eichhorn a Bíblia seria mera mitologia, da mesma forma que a grega. [8] Comparação semelhante, aliás, aparece em DB. [9]

O pensamento teológico liberal leva à datação posterior das fontes bíblicas, principalmente em função das profecias (que seriam vistas apenas como relatos de coisas que já aconteceram). Ultimamente, entretanto, mesmo os estudiosos mais radicais se viram forçados a retroceder as datas propostas para a autoria dos textos sagrados. Num livro recente sobre história do Cristianismo, embora se suponha que o Novo Testamento emparelhe "fato e sua leitura teológica", as datas dos livros canônicos coincidem com aquelas admitidas pelos estudiosos conservadores. [10]

Na contramão dos melhores e mais recentes estudos do texto, a Super surge com a estafúrdia afirmação: "[...]O Pentateuco, os 5 primeiros livros da Bíblia, foi finalizado por volta de 550 a.C. Mas há textos ali de 1000 a.C., ou de antes. E nada disso foi editado em ordem cronológica - em grande parte, a Bíblia é uma junção de textos independentes, cada um escrito em tempos e realidades diferentes." [11] Embora este pensamento tenha inundado a Teologia em séculos passados, ele nunca deixou de ser uma tendência, uma opinião de alguns eruditos. Sempre houve respostas e contra-propostas a este tipo de abordagem.

O reconhecido erudito Gleason Archer Jr. pondera: "[...] O método mais objetivo de datar a composição de qualquer documento escrito é examinar as evidências internas. Isto quer dizer que, anotando-se alusões incidentais ou casuais aos eventos históricos contemporâneos, a assuntos em pauta na época, à condições geográficas e climáticas, à flora e fauna (a vida vegetal e animal) então prevalecentes, à indicações de participação do autor como testemunha ocular, é possível chegar-se a uma estimativa acuradíssima do lugar e da data de composição." Levando em conta todos estes aspectos, Archer conclui que Moisés teria as qualificações exigidas para ser o autor do Pentateuco. [12]

O método histórico-crítico dos liberais também implica na apresentação de conceitos, retratados como fruto de longo desenvolvimento histórico, quando na verdade é possível vê-los presentes nos textos mais antigos. O texto de DB chega a cometer erros crassos, como apresentar o exclusivismo religioso de Israel como um fruto da reforma de Josias (século VII a.C). [13] Claro que os redatores da matéria jamais leram sobre o conflito retratado em 1 Rs. 18, ocorrido séculos antes!

Parte da confusão que DB faz entre a suposta assimilação de conceitos atribuídos a Baal por parte do texto bíblico é melhor explicada por um conflito real ocorrido na época de Acabe (e antes até): o sincretismo religioso! Se Baal e Jeová já foram confundidos, a razão é a influência que Israel sofreu de seus vizinhos, o que constituiu o abandono do Deus verdadeiro. Nenhuma evidência arqueológica ou textual conseguiu provar que atributos reservados a Jeová tivessem se originado no culto a Baal. O monoteísmo remonta ao Pentateuco, obra que, dentro da perspectiva histórica e literária, é atribuída à autoria mosaica, segundo os mais competentes estudiosos do texto bíblico.

Outra insinuação ingênua da reportagem aponta que a redenção ofertada no Novo Testamento não pode ser vislumbrada no AT, repleto dos "castigos divinos". [14] Entre muitos objeções plausíveis, cito a seguinte: “[…] Quando Israel ia após outros deuses (para usar a frase mais comumente empregada em Deuteronômio e nos livros históricos), os efeitos não eram apenas religiosos, mas também éticos. Ou, especificamente, ‘não-éticos’ – pois a idolatria sempre tem desastrosos efeitos sociais e éticos, como os profetas viram claramente.” Assim, no AT não se trata de obediência cega às regras; tudo começa com um Deus que toma a frente e espera uma resposta de obediência e gratidão à Sua iniciativa graciosa. Isso fica claro no livro de Deuteronômio, quando o prólogo histórico (Dt 1-4) precede a responsabilidade ética, com a recapitulação dos dez mandamentos (Dt 5). Mesmo no NT, o amor divino antecipa a resposta obediente do ser humano (cf. Jo 15:12; 1 Jo 4:19). Assim, segundo o autor, seria uma distorção pensar que no AT a salvação se dava por mera obediência a lei, enquanto no NT a salvação ocorre pela graça; apoiando-se nos escritos de Paulo, ele diz que a “graça é o fundamento de nossa salvação e de nossa ética em toda a Bíblia.”[15]

Em síntese, DB peca por apresentar uma suposição infundada, que os melhores estudiosos das diversas áreas teológicas não poderiam endossar. Isto nos leva a um último questionamento: Por que as melhores fontes foram ignoradas?

2) A estrutura da matéria da revista, que sustenta alegações pretenciosas e descabidas, sem oferecer pontos de vista alternativos (como reza a cartilha do bom jornalismo): Infelizmente, além de a Super não ser nehuma autoridade em Teologia, certamente seleciona preconceituosamente seus colaboradores. Há especialistas no léxico bíblico, Arqueologia bíblica e conceituados doutores em Teologia Sistemática espalhados pelo Brasil. Por que muitos são consultados pela revista Isto É, mas continuam olvidados pelas páginas da Super?

Fica evidente o compromisso da revista em promover uma ideologia naturalista, sem ao menos ser capaz de ouvir quem pensa diferente. Isso leva os editores a abordarem assuntos que tratam da Bíblia da perspectiva liberal, embora esta tendência esteja superada em vários círculos. Seria a polêmica simples estratégia de vendas, a expensas da qualidade da informação? [16]

Quando se abre mão de uma explicação mais ampla, em virtude de um compromisso ideológico, não se apura a Verdade. Não se deve escolher a priori entre agir como se Deus existisse ou fosse fruto da imaginação judaica: deve-se optar por aquilo que abrange melhor as evidências. No início do artigo, afirmei que, se Deus é uma fábula, nossa noção de conhecimento cai por terra. Termino lançando luz sobre a afirmação.

Como sabemos que nosso conhecimento sobre as coisas (sobre qualquer coisa) é confiável? Na verdade, os naturalistas não podem provar que o conhecimento humano seja confiável - embora muitos já o tentassem, mas sem sucesso. Se, por exemplo, o conhecimento evolui, assim como nossos cérebros, não podemos esperar ter certeza sobre nada - nossas percepções atuais podem ser sucedidas por outras "mais evoluídas". Qual a saída?

Ao resumirem os argumentos de Alvin Plantinga, professor da Universidade de Notre Dame, dois filósofos escreveram: "[...] A questão é a seguinte: se o conhecimento existe e se as faculdades que funcionam apropriadamente são condições necessárias para o conhecimento, logo, se a noção de funcionamento apropriado requer a existência de um planejador dessas faculdades e não pode ser adequadamente compreendido em termos estritametne naturalísticos, podemos concluir que o naturalismo metafísico é falso." [17] Soa muito mais lógico conceber que fomos "programados" para conhecer as coisas por um Ser Inteligente, que, inclusive, nos legou a Sua própria auto-biografia: a Bíblia.

[1] José Lopes e Alexandre Versignassi, Deus: uma biografia, Superinteressante, ed. 284, Novembro 2010, pp. 58-67.
[2] DB, p. 59.
[3] DB, p. 60.
[4] Colin A. Russel, Correntes Cruzadas: interações entre ciência e fé (São Paulo, SP: Hagnos, 2004), pp. 62-63.
[5] Jonathan Hill, História do Cristianismo (São Paulo, SP: Rosari, 2008), p. 356.
[6] Rodrigo Silva, A Suméria e os testemunhos extra-bíblicos de Gênesis, Parusia, ano 9, número 1, primeiro semestre de 2010, pp. 19-45.
[7] Karl Kawtsky, A origem do cristianismo (Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 2010), p. 223.
[8] Jonathan Hill, idém, p. 360.
[9] DB, p. 61.
[10] Alan Corbin (org.), História do Cristianismo: para compreender melhor nosso tempo (São Paulo, SP: Martins Fontes, 2009), p.7. O texto informa que as cartas de Paulo datam entre 50 a 58 d.C; os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João corresponderiam, respectivamente, às datas de 65, 70-80 e 90-95 d.C.
[11] DB, p. 62.
[12] Gleason Archer Jr., Merece Confiança o Antigo Testamento? (São Paulo, SP: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 2000), sexta reimpressão da terceira edição, pp. 498-507. "Em resumo, é muito duvidoso se a hipótese de Wellhausen [o autor da hipótese documentária, que divide o Pentateuco em uma colcha de retalhos] mereça a posição de respeitabilidade científica. Há tantas alegações forçadas para pleitear a causa, tantos argumentos em círculo, tantas deduções questionáveis tiradas de premissas não substanciadas, que é absolutamente certo que sua metodologia nunca substiria num foro jurídico." p. 496. O mesmo poderia servir para a reportagem da Super!
[13] DB, p. 66.
[14] Idem, pp. 67, 66.
[15] Christopher J. H. Wright, Old Testament Ethics for the People of God (Grove, Ill: Intervarsity Press, 2004), p. 23, 28-29.
[16] Nota-se o mesmo a tendência nas seguintes matérias (seguidas pelas devidas respostas): (A) Marcos Nogueira, A Bíblia como ela é, em Revista Superinteressante, ed. 245, Novembro de 2007, pp. 96-99, Douglas Reis, Como viver biblicamente de verdade, disponível aqui; (B) Leandro Narloch, O papa do Jesus Histórico, Superinterante, edição 250, Março 2008, seção superpapo, pp. 17-19, idem, Novas pérolas de Crossan na Superinteressante, disponível aqui e aqui; (C) José Francisco Botelho, Quem escreveu a Bíblia?, Superinteressante, edição 259, dezembro de 2008, pp. 60-69, idem, Quem escreveu [com tanta impropriedade sobre] a Bíblia?, disponível aqui e aqui.
[17] J.P. Moreland e William Lane Craig, Filosofia e cosmovisão cristã (São Paulo, SP: Sociedade Religiosa edições Vida Nova, 2005), p. 136.

4 comentários:

Leandro Quadros disse...

Gostei muito do artigo, Pr. Douglas. O falso jornalismo apresentado pela SUPER desmoraliza os jornalistas que lá trabalham.

A própria necessidade do ser humano em crer em Deus (a SUPER mencionou isso) é uma grande evidência de que Alguém implantou essa necessidade em nós.

Por isso, é impossível explicar por processos evolutivos a tendência humana de adorar algo ou alguém. Somente a existência de Deus pode explicar a nossa busca pelo transcendente.

Um abraço!

joao vitor disse...

OI professor, sou o joão vitor, do 8º ano, seu aluno no casfs... bom ja te disse que acho seu blog muito 10, e passei aqui para ver esse post, que você nos recomendou na aula de hoje (Quarta, 3 de novembro) também achei ele incrivel,o senhor tem argumentos otimos, alem de escrever muito bem, esse post realmente mostra o erro dessa revista, parabens... isso não é para puxar o saco (mas se quiser me dar um 10.... brincadera) é porque eu queria mesmo comentar... da uma olhada no meu blog... não sei se vai gostar... é feito por mim e mais dois amigos la da sala... http://uvd-mood.blogspot.com

Anônimo disse...

a revista simplesmente fez uma análise histórica de como o ser humano acredita em deus de formas diferentes através dos tempos, e por ser uma revista de base cientifica ela não pode afirmar que deus existe, pois para a ciencia ele ainda não está provado.

Ronival Gonçalves disse...

Primeiro, não foi apenas "uma análise histórica de como o ser humano acredita em Deus [com maiúscula] de formas diferentes"! A Super praticamente assumiu que Deus não existe e que a Bíblia é um livro puramente místico! Em segundo lugar, se ela, por seguir a visão equivocada da "ciência", não pode afirmar que Deus existe, ela também não pode afirmar que Ele não existe; influenciando milhares de leitores a se posicionarem contra a Verdade! É uma temeridade que não ficará sem a devida resposta de Deus! Por fim, dizer que não há provas para a existência de Deus não é o mesmo que dizer que não há evidências para a Sua existência! Evidências existem, e muitas, apontando para Deus, o Criador! Por isso, os editores dessa revista (que já foi interessante) precisam considerar o enfoque que dão às coisas religiosas e espirituais! Se não o fizerem com isenção de preconceito tendencioso, mostrando os dois lados da questão, colocam-se como simples mercenários, mercadejando com as coisas Deus! O que seria um grande risco!