O debate [entre partidários da alta-crítica liberal e aqueles que mantinham o método gramático-histórico de interpretar a Bíblia, adotado oficialmente pelos adventistas] foi intensificado pela publicação do controverso Inspiration: Hard Questions, Honest Answers [Inspiração: Questões difícieis, respostas honestas] (1991). Além de usar o método histórico-crítico, Inspiration foi controverso porque o método levou o autor do livro [Alden Thompson, atualmente professor da Walla Walla University] a questionar alguns dos ensinos antigos dos adventistas do sétimo dia.
Por exemplo, entre outras coisas, o autor de Inspiration (a) faz uma dicotomia entre atos salvíficos e declaração factual, sendo que nos relatos das escrituras há algumas coisas que são “essenciais” e outras que são “discutíveis”; (b) rejeita a declaração da Bíblia de que o santuário original no deserto foi construído como uma cópia do celestial (Ex 25:40), sugerindo que a ideia foi emprestada dos vizinhos cananeus; (c) afima que quando o livro de Hebreus se refere ao santuário “celestial”, a referência poderia ser entendida em termos do dualismo platônico; (d) aceita o milagre do Êxodo, mas mantém que o exato “número de pessoas envolvidas no Êxodo não é crucial”; (e) não reconhece o miraculoso dilúvio nos dias de Noé, mas sustenta que o dilúvio bíblico foi “menos do que [um] evento universal”; (f) crê na história bíblica e argumenta que a informação sobre números, genealogia e datas pode estar “distorcida”.
Samuel Koranteng-Pipim, Must We Be Silent? Issues dividing our church (An Arbor, Michigan: Beran Books, 2001).
Nota: O livro de Thompson ainda alimenta as conclusões de adventistas que não aceitam doutrinas e recomendações da igreja, em áreas que envolvem adoração, entretenimento, e, e.g., o estilo de vida próprio dos adventistas. Ou seja, os liberais se apóiam em revisionismo da perspectiva da teologia liberal, embora Thompson não seja um teólogo radicalmente liberal.
Mas como um homem desses escreve um livro assim, publicado pela Review an Herald? Embora nem todas as questões sejam de fácil resposta, uma resposta honesta (para usar o jogo do próprio Thompson) seria que, mesmo entre membros adventistas ao redor do mundo, alguns já se contaminaram com a teologia liberal.
Triste prova disso é que, na última assembleia da Associação Geral, a IASD teve de votar rafirmando sua crença no criacionismo, discutida por alguns dentro da denominação. No caso de Thompson, claro que, entre nossos teólogos, Inspiration não ficou sem resposta.
Não devemos nos desanimar, porque Deus dirige o Seu povo. Os fieis não serão confundidos. Aqueles que se apegarem à Bíblia e aos escritos de Ellen White, terão condições de identificar os enganos em nosso meio, sejam tais sofismas provenientes de grupos dissidentes, ou mesmo de pessoas dentro da denominação que estejam equivocadas. Estamos, de fato, vivendo nos dias finais da História deste mundo!
Por exemplo, entre outras coisas, o autor de Inspiration (a) faz uma dicotomia entre atos salvíficos e declaração factual, sendo que nos relatos das escrituras há algumas coisas que são “essenciais” e outras que são “discutíveis”; (b) rejeita a declaração da Bíblia de que o santuário original no deserto foi construído como uma cópia do celestial (Ex 25:40), sugerindo que a ideia foi emprestada dos vizinhos cananeus; (c) afima que quando o livro de Hebreus se refere ao santuário “celestial”, a referência poderia ser entendida em termos do dualismo platônico; (d) aceita o milagre do Êxodo, mas mantém que o exato “número de pessoas envolvidas no Êxodo não é crucial”; (e) não reconhece o miraculoso dilúvio nos dias de Noé, mas sustenta que o dilúvio bíblico foi “menos do que [um] evento universal”; (f) crê na história bíblica e argumenta que a informação sobre números, genealogia e datas pode estar “distorcida”.
Samuel Koranteng-Pipim, Must We Be Silent? Issues dividing our church (An Arbor, Michigan: Beran Books, 2001).
Nota: O livro de Thompson ainda alimenta as conclusões de adventistas que não aceitam doutrinas e recomendações da igreja, em áreas que envolvem adoração, entretenimento, e, e.g., o estilo de vida próprio dos adventistas. Ou seja, os liberais se apóiam em revisionismo da perspectiva da teologia liberal, embora Thompson não seja um teólogo radicalmente liberal.
Mas como um homem desses escreve um livro assim, publicado pela Review an Herald? Embora nem todas as questões sejam de fácil resposta, uma resposta honesta (para usar o jogo do próprio Thompson) seria que, mesmo entre membros adventistas ao redor do mundo, alguns já se contaminaram com a teologia liberal.
Triste prova disso é que, na última assembleia da Associação Geral, a IASD teve de votar rafirmando sua crença no criacionismo, discutida por alguns dentro da denominação. No caso de Thompson, claro que, entre nossos teólogos, Inspiration não ficou sem resposta.
Não devemos nos desanimar, porque Deus dirige o Seu povo. Os fieis não serão confundidos. Aqueles que se apegarem à Bíblia e aos escritos de Ellen White, terão condições de identificar os enganos em nosso meio, sejam tais sofismas provenientes de grupos dissidentes, ou mesmo de pessoas dentro da denominação que estejam equivocadas. Estamos, de fato, vivendo nos dias finais da História deste mundo!
Leia também: Outras reflexões: adventistas liberais
Um comentário:
Considero muito positivo que na Assembleia da Conferência Geral se tenha votado a reafirmação da crença no Criacionismo Bíblico.
Face a tendências para um afastamento do caminho certo, uma reafirmação das nossas crenças, se bem fundamentadas na infalível Palavra de Deus, essa reafirmação é mais que oportuna e desejável.
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