À SOMBRA DO TIRANO (fragmento inicial)
Que mal cultiva no homem a revolta?
Por certo, às vezes, não é um mal,
Senão a ausência de um bem. Não que a lei
Seja falha – mas não há quem a cumpra;
Não que a moral se enrugue – mas não restam
Muitos capazes de vivê-la na íntegra.
A deficiência está na índole fraca,
Frente a qual erros mínimos se aceitam,
Pelo que se abre a entrada a erros frequentes.
A força positiva do bem morre
Quando não posta em curso por descaso
A um alegado excesso de justiça,
Que não é outra coisa que a Justiça.
E quando um bem não feito leva a um mal,
A justiça é deixada pelos homens,
Como intrinsecamente defectível,
Embora o erro estivesse em não cumpri-la
Nos exatos preceitos. Do abandono
Da Norma surge a busca de outra norma,
Humana em seu caráter, e, sendo assim,
Ainda mais sujeita ao erro ostensivo.
Que mal cultiva no homem a revolta?
Por certo, às vezes, não é um mal,
Senão a ausência de um bem. Não que a lei
Seja falha – mas não há quem a cumpra;
Não que a moral se enrugue – mas não restam
Muitos capazes de vivê-la na íntegra.
A deficiência está na índole fraca,
Frente a qual erros mínimos se aceitam,
Pelo que se abre a entrada a erros frequentes.
A força positiva do bem morre
Quando não posta em curso por descaso
A um alegado excesso de justiça,
Que não é outra coisa que a Justiça.
E quando um bem não feito leva a um mal,
A justiça é deixada pelos homens,
Como intrinsecamente defectível,
Embora o erro estivesse em não cumpri-la
Nos exatos preceitos. Do abandono
Da Norma surge a busca de outra norma,
Humana em seu caráter, e, sendo assim,
Ainda mais sujeita ao erro ostensivo.
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