Recorro ao alto dos Céus, a Quem me fez,
Com o hálito de Seus lábios sem dolo,
Para estar quieto em face do consolo,
Com suficiente fé, plena honradez.
Setas de dor me acintam vez pós vez,
E pedras pendem dentro do miolo;
Quero crer sempre, mas me sinto tolo
Se a inédita dor vem nítida à tez.
Interdita o temor que me acalora
Para eu dar graças pelo que me trazes:
Das entranhas tiro o óleo que unja as frases,
E então, sustido após todas as fases,
Tocado por Teu zelo, naquela hora
Te adorarei mais que hoje a alma Te adora!
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