sexta-feira, 1 de junho de 2007

ALGUÉM DA 2ª GERAÇÃO DE COMBATENTES


Se estivéssemos num contexto corporativo, diríamos que para seus superiores, ele era um jovem executivo promissor. Chegava pontualmente para as reuniões. Em seu notebook, haviam gráficos com planos geniais. Seus sapatos Democrata viviam bem lustrados. O nó de sua gravata era o mais elegante.
Mas temos outro homem, não um jovem saído da Faculdade Getúlio Vargas, com seu MBA em Administração. Não um engravatado, mas um empoeirado. Vivendo entre pagãos intelectualizados com a mensagem que borbulhava em seus dias. Talvez em seu buço os fios masculinos começassem a substituir a penugem. Seu desafio: que sua voz fosse ouvida, ecoando sua experiência – em anos de serviço apostólico? Penso que não; porém, uma experiência cristã genuína, não mensurável em termos de tempo.
Timóteo. Mentoreado por Paulo, o jovem apóstolo recebeu conselhos relevantes. Nas cartas que Paulo lhe mandou, saltam as linhas nas quais se ouve o convite para o combate (I Tm 1:18).
Que tipo de capacitação teria Timóteo para assumir o comando de uma das frentes de combate na Guerra Espiritual?
Paulo lhe diz que não deveria menosprezar – até pelo contrário, deveria levar em conta – o ato da imposição de mãos, sobre ele realizado (I Tm 4:14). A expressão “por mensagem profética” (NVI), nos sugere que houve uma revelação sobrenatural que apontasse claramente para a consagração de Timóteo através da imposição de mãos. (cf.: At 13:2 e 3). A própria ordenação por meio deste processo era antiga: vemos, por exemplo, que os Levitas foram separados para o sacerdócio ao ser-lhes impostas as mãos de Moisés (Nm 8:10 e 11) e o mesmo ocorreu com Josué (Nm 27:18-20, 23), quando foi separado para ocupar o lugar do mesmo Moisés, prestes a morrer. No caso de Timóteo, Paulo em pessoa impusera suas mãos sobre o iniciante condiscípulo (II Tm 1:6 e 7).
Timóteo, como ministro ordenado, não deveria se preocupar com a salvação meramente do prisma evangelístico, como algo a ser levado ao povo – ele deveria se envolver com o processo experencialmente. Combater o combate incluía tomar posse da vida eterna (I Tm 6:12). “Salvar-se a si mesmo” era imperativo, tanto quanto salvar a outros (I Tm 4:16).
É claro que esta experiência de estar salvo traz inúmeros benefícios; inegavelmente, contudo, a salvação atrai sobre os crentes a vergonha e o desprezo por parte dos que rejeitam sua mensagem. Timóteo deveria suportar os sofrimentos que a pregação do Evangelho lhe acarretasse, tendo a certeza da salvação passada e da vocação presente (II Tm 1:8 e 9), além da garantia da recompensa a ser dada “naquele Dia” (II Tm 1:12; 4:7 e 8).

O mesmo combate reclama em nossos dias por pessoas que aceitem seu desafio e o alcance da missão dada por Deus. Paulo, Timóteo, Jonh Huss, Zwínglio e milhares de campeões do passado descansam no Senhor, tendo cumprido o seu combate. Agora é a nossa vez de nos erguermos e lutar pela nossa salvação e de nossos semelhantes. “Cristo pousa para ser retratado em cada discípulo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 615).


Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny