Cresce a preocupação com o acesso que crianças e adolescentes têm à pornografia por meio da internet. Com as novas tecnologias, surge uma nova geração de aparelhos Wi-Fi (Wireless Fidelity, ou seja, acesso à internet sem fio, com alta qualidade). Ou seja, o acesso à internet é muito mais facilitado, ocorrendo em ambientes em que não há controle algum dos pais. Com isso, aumenta o perigo de conversações impróprias e o envolvimento com desconhecidos (que se dá em sites de relacionamento) se tornam mais frequentes. O Economist dedicou uma matéria sobre o tema.
Como os pais não podem “fiscalizar” seus filhos constantemente, a sociedade discute algumas posturas que os responsáveis podem tomar com o fito de protegerem o menor de idade. Curiosamente, quando se trazem à baila os riscos da pornografia, o enfoque fica reduzido a jovens e crianças, sem levar em conta o quão nocivo o chamado “ciber-sexo” vem se tornando para adultos. Afinal, a satisfação imediata que garante a exposição ao sexo pela internet afeta a psique, habituando-a a desconsiderar o compromisso em uma relação a dois no mundo real, apenas para mencionar um dos danos da “aventura”. Claro que, no caso de crianças, acesso a material com esse conteúdo é mais danoso, devido à falta de maturidade para assimilar o que se está vendo.
O controle cuidadoso feito periodicamente pelos responsáveis, embora necessário, é ineficaz em sentido mais amplo. Qual seria a solução? A educação moral, com ênfase na responsabilidade pessoal e na prestação de contas a uma autoridade superior, torna-se fator chave na prevenção do interesse pela pornografia por parte dos jovens. Preocupações com a pornografia seriam minimizadas se cada pai e mãe cristãos conscientizassem os filhos de que estão perante um Deus que sempre os vê e que espera que cada uma de Suas criaturas O glorifiquem por amor, demonstrando reconhecer o preço do Calvário através de uma vida de sacrifícios e devoção.
Outro fator preventivo é a construção de um ambiente afetivo sadio: se o lar for um lugar de interações emocionais cheias de transparência, confiança, respeito e aceitação, será criado um bloqueio natural contra o desejo meramente sensual. O relacionamento harmonioso dos cônjuges chamará a atenção dos filhos para um ideal de vida mais elevado do que a satisfação carnal pode prover.
3 comentários:
Olá Douglas,
Muito oportuno seu tema, até porque ele esconde um perigo: As tecnologias que podem ser usadas para proibir o acesso infantil a esse tipo de material (algo moralmente aceitável) também podem ser utilizadas para a censura e a centralização de informações e consequentemente, de poder (algo moralmente inaceitável). Achar esse ponto de equilíbrio é um desafio tecnológico, moral e ético que está só começando.
Voltando ao tema central do seu post, simpatizei muito mais com seu último parágrafo, que enfoca o exemplo positivo como ferramenta do que com seus argumentos anteriores, que enfocam o temor da punição de um ser divino.
Abraços!
A análise está correta. Porém, um bom programa de "Parental Control" (ou Controle dos Pais) pode ajudar. Podem ser achados bons programas para download.
Carlos H.
Obrigado por participar desta discussão - seja bem-vindo a este blog.
Sei que você viu "temor de punição" neste parágrafo:
"Preocupações com a pornografia seriam minimizadas se cada pai e mãe cristãos conscientizassem os filhos de que estão perante um Deus que sempre os vê e que espera que cada uma de Suas criaturas O glorifiquem por amor, demonstrando reconhecer o preço do Calvário através de uma vida de sacrifícios e devoção."
Mas, em verdade, é bíblica a noção de um Deus Onisciente a quem devemos prestar contas; é claro que a intenção divina não é punição, mas nos auxiliar a manter o tipo de integridade que honre nosso Criador.
Claro que seremos julgados um dia por tudo, até pelo que tentamos esconder (Ec. 12:14). Isto nos dá mais um motivo para sermos transparentes diante de Deus.
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