A menina de quase dezesseis anos saíra do chuveiro com uma dúvida. Andava de roupão pelo quarto, procurando de cabide em cabide algo que a deixasse à vontade, mas que não parecesse muito vulgar. Seria uma noite e tanto! Quando finalmente se decidiu por uma calça não muito justa acompanhada pelo seu suéter preto, borrifou o melhor perfume pelo pescoço e pulsos. Logo, Mailcon viria.
“Dalva, telefone”. Ouviu a mãe chamar-lhe. Sobressaltou-se: ninguém poderia saber de nada. Seus pais não entenderiam. Ela já estava grande e tinha que andar com suas pernas. “Alô?”. Ufa!, era a Juli, da mesma sala em que estudava. A outra adolescente queria saber se Dalva topara o convite de Mailcon. Ela balançou afirmativamente a cabeça antes de falar, esquecendo-se de que a amiga não podia vê-la. Confessou que estava nervosa, e não era para menos: seria sua primeira vez.
As duas conversaram por uns dez minutos e Juli lhe desejou que aproveitasse muito bem aquela noite. Estaria rezando por ela. Dalva subiu os degraus antes que a mãe viesse perguntar por que sussurrara no telefone. Passou a chapinha nos cabelos, pôs uma maquilagem discreta e se olhou no espelho. “Acho que estou bonita”, confessou em voz audível.
Dali a uns poucos minutos, um monza de cor metálica parou na porta da casa. Dalva olhou pela janela e foi ligeira abrir a porta. Já dissera à mãe que sairia com o pessoal da escola. Não era exatamente uma mentira, já que Mailcon, um homem charmoso, de uns quarenta anos, trabalhava na biblioteca da instituição. Os dois se conheceram ali, e se falaram muitas vezes. Naquela noite, ele comprimentou Dalva, que se mostrava visivelmente nervosa.
Como estava cedo, pararam em uma lanchonete.
“Você quer mesmo ir?”, perguntou Mailcon, após uns cinco minutos, com sua voz de barítono.
“Bem, eu sempre tive curiosidade… Acho que vou gostar.”
“Farei tudo para que você se sinta tranquila; o ambiente é muito apropriado para a gente estar em paz.”
Falaram de outras coisas, até que Mailcon, olhando o relógio percebeu que já era a hora.
Pelo caminho, Dalva realmente se empolgara, pensando em como seria aquela noite. Na última semana, até sonhara com isso. Não queria esperar até o casamento para entrar lá. Tinha que aproveitar a oportunidade.
Chegaram. Dalva observou as letras luminosas do letreiro. Sentiu um calafrio. Quase retrocedeu; mas, depois do convite de Mailcon, e com toda aquela “produção”, não poderia desistir.
Foram chegando, passando pela entrada, mudos, estudando o momento. Até que uma senhora, de terno bege se aproximou de Dalva e, sorridente, lhe estendeu a mão: “Bem-vinda à nossa igreja!”
“Dalva, telefone”. Ouviu a mãe chamar-lhe. Sobressaltou-se: ninguém poderia saber de nada. Seus pais não entenderiam. Ela já estava grande e tinha que andar com suas pernas. “Alô?”. Ufa!, era a Juli, da mesma sala em que estudava. A outra adolescente queria saber se Dalva topara o convite de Mailcon. Ela balançou afirmativamente a cabeça antes de falar, esquecendo-se de que a amiga não podia vê-la. Confessou que estava nervosa, e não era para menos: seria sua primeira vez.
As duas conversaram por uns dez minutos e Juli lhe desejou que aproveitasse muito bem aquela noite. Estaria rezando por ela. Dalva subiu os degraus antes que a mãe viesse perguntar por que sussurrara no telefone. Passou a chapinha nos cabelos, pôs uma maquilagem discreta e se olhou no espelho. “Acho que estou bonita”, confessou em voz audível.
Dali a uns poucos minutos, um monza de cor metálica parou na porta da casa. Dalva olhou pela janela e foi ligeira abrir a porta. Já dissera à mãe que sairia com o pessoal da escola. Não era exatamente uma mentira, já que Mailcon, um homem charmoso, de uns quarenta anos, trabalhava na biblioteca da instituição. Os dois se conheceram ali, e se falaram muitas vezes. Naquela noite, ele comprimentou Dalva, que se mostrava visivelmente nervosa.
Como estava cedo, pararam em uma lanchonete.
“Você quer mesmo ir?”, perguntou Mailcon, após uns cinco minutos, com sua voz de barítono.
“Bem, eu sempre tive curiosidade… Acho que vou gostar.”
“Farei tudo para que você se sinta tranquila; o ambiente é muito apropriado para a gente estar em paz.”
Falaram de outras coisas, até que Mailcon, olhando o relógio percebeu que já era a hora.
Pelo caminho, Dalva realmente se empolgara, pensando em como seria aquela noite. Na última semana, até sonhara com isso. Não queria esperar até o casamento para entrar lá. Tinha que aproveitar a oportunidade.
Chegaram. Dalva observou as letras luminosas do letreiro. Sentiu um calafrio. Quase retrocedeu; mas, depois do convite de Mailcon, e com toda aquela “produção”, não poderia desistir.
Foram chegando, passando pela entrada, mudos, estudando o momento. Até que uma senhora, de terno bege se aproximou de Dalva e, sorridente, lhe estendeu a mão: “Bem-vinda à nossa igreja!”
8 comentários:
Poucos escritores evangélicos, entre os muitos bons que temos atualmente, conseguem nos envolver e até levar-nos a uma "imersão total" no texto como o jovem escritor Douglas Reis. Li com prazer "A Primeira Vez de Dalva", degustando cada sentença,como faço com os demais textos do autor. Tive a alegria, na época como editor do IASD Foco, de convidá-lo para ser um dos colunistas do site e, desde aquela época, acompanho feliz o seu progresso literário.
- Elizeu C. Lira
Muito show! Amei! Acho que a maioria das histórias deveriam ter um final diferente pra podermos viajar na leitura cristã. Rir, se emocionar, ficar pensando no livro... Existe muita literatura da igreja, mais existe também muita literatura do mundo que se não cuidar acaba influenciando na nossa vida.
Parabéns Pelo Trabalho. Espero Ler mais coisas boas assim. Porque de tristeza e decepções o mundo ta cheio, agora apresentar Jesus de forma diferente.. raro!
Oi Jozi Lee,
bem vinda ao blog! Obrigado pelo seu comentário. Espero contribuir nesse sentido. Hoje postarei uma história maluca sobre elefante vermelho... espero que você aprecie.
Agradeço ainda ao amigo, Pr. Lira, não com atraso (porque já agradeci pessoalmente), mas como forma de registrar seu apoio em muitos momentos (para quem não sabe, ele escreveu o prefácio de meu segundo livro, Marcados pelo Futuro).
Esse meu professor é muito bom mesmo! É uma enorne honra poder aprender com ele. Fico muito feliz de ver que está usando tão bem esse seu dom. Enorme admiração por ti.
Nadine Moura,
vamos combinar com seus pais para eu e a Nori adotarmos você como filha (pelo menos, em seus anos de aluna interna); topa?
Abraço.
P.S.: curta bem as férias.
Só muito talento para prender assim o leitor!Deus continue o abençoando e lapidando seus dons.Sonia Reis
A capacidade de envolver o leitor no contexto da história e fazer que o mesmo se sinta totalmente atraído pela leitura e ainda acrescentando um final onde muda totalmente as expectativas de quem já se imaginava o desenrolar do texto, isso é um dom para poucos! Parabéns Brother, Deus seja Louvado pelo seu talento Pastor Douglas
Obs; ( no desenvolvimento das vozes no coral, eu desenvolvo todas guerreiro, posso te dar umas aulas via skype kkkkk... não podia deixar passar em branco isso..kkk )
Um abração amigão!
Muito bom amigo e colega de ministério, Douglas...
Valeu cada palavra e frase lida, mas o final extrapolou. O texto ficou magnífico, cativante e atraente.
Grande abraço! Boas férias e aproveite o tempo para usar teus talentos e dons em prol da propagação do reino de Deus!
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