quinta-feira, 28 de junho de 2007

A OPORTUNIDADE DO LADRÃO



Que espécie do ladrão iria desprezar a oportunidade?
1999. Era uma noite de inverno. Os vigias da Galeria Nacional, na Noruega, estavam no subsolo, às voltas com relatórios. Uma versão de O Grito, de Eduard Münch, se encontrava nas proximidades do andar térreo. O quadro fora colocado perto da janela que dava para s rua. As janelas não tinham grades. Apenas um arame prendia a obra à parede. Simples assim – sem sistema de alarmes, sem monitoramento.
Os ladrões não precisaram de muito. Puseram uma escada ao lado da janela, quebraram o vidro e levaram o quadro de 100 milhões de dólares. Até um cartão foi deixado como lembrança: na frente, a reprodução de Uma boa história, obra de Marit Walle, na qual três homens riem e socam uma mesa; no verso, o dizer “muito obrigado pela segurança precária.” [1]
Edward Dolnick [2], que relatou o episódio em um livro, diz: “A razão da existência dos museus é mostrar seus tesouros ao público. Para os bancos, tudo é mais fácil, pois guardam os seus tesouros em cofres seguros e muito equipados.” Como será que você guarda os seus tesouros – da mesma forma que os museus ou ao modo dos bancos?
Expor a intimidade. Confidenciar segredos. Arriscar-se. Falar demais. Não importa como você chame, mas foi isto que Sansão fez: cercou seu maior tesouro com uma segurança precária.
 “Relações impossíveis – meu dom natural, relações impossíveis.” Este lamento partiu da personagem interpretada por Richard Gere no clássico romântico Uma linda mulher. Mas caso Sansão o tivesse dito, não haveria nenhuma inadequação.
 “Depois disto se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, cujo nome era Dalila” Juízes 16:4.
Você se lembra que a primeira mulher com a qual Sansão se envolvera havia sido uma garota que morava em Timma, cidade da Filistia; ele chegou a se casar com a moça, mas a relação não durou muito. Poucos anos depois, a Bíblia menciona seu affair com uma prostituta de Gaza, outra cidade dos filisteus. Agora, Sansão se afeiçoou a Dalila, natural de Soreque, uma cidade dos… se você disse “filisteus”, Bingo!
Sansão recebeu a incumbência de livrar seu povo do domínio filisteus. Era para ele ter colocado o nome “Filisteu” em um alvo e ficar atirando dardos nele durante as horas vagas! Mas Sansão se envolveu com o inimigo. Todas as mulheres na vida de Sansão eram filisteias.
Qual o mal nisso? Sansão perdeu o foco por colocar seu amor nas pessoas erradas. Os filisteus Não adoravam ao Deus de Israel. Tinham valores diversos aos ideais divinos. Envolver-se com eles era abrir mão da bênção de fazer parte do povo distinto de Jeová.
Tem você posto seus afetos em pessoas ou coisas erradas? Aventurado-se em “relações impossíveis”? Uma colega de trabalho que lhe dá carona e por quem você começa a sentir atração, apesar de saber que ela não possui os mesmos princípios. Um emprego com ótimas perspectivas financeiras, mas procedimentos moralmente questionáveis. Assistir aquele programa de humor na televisão, tentando se convencer de que as piadas de forte apelo sexual podem ser toleradas. Pessoas ou coisas erradas, não é? Compensa se envolver com o que Deus não recomenda?
Aqui está o primeiro erro de Sansão, alguém que teve tudo para vencer, mas que não resistiu ao primeiro round: ele simplesmente apaixonou-se pela pessoa errada. O curioso é que o nome Dalila significa, provavelmente, terna. Mas a ternura aparente escondia a armadilha do descomprometimento para com Deus. Você já sentiu o mesmo na pele? Pessoas e atividades são constantemente instrumentos de poderes malignos para nos enredar e, quando menos percebermos, os segredos estarão nas mãos do inimigo.

[1] Correio do Estado, ano 53, n° 16.314, Domingo, 16 de Julho de 2006.
[2] Edward Dolnick, O Grito Roubado, Editora Dumara, Edição: 2006.



Um comentário:

Anônimo disse...

O chamado bom ladrão enquanto teve liberdade andou fazendo umas asneiras, e depois acabou preso numa cruz. Sansão igualmente enquanto teve liberdade divertiu-se, prostitui-se, foi fazendo umas apostas, uns enigmas, dizendo umas mentiras, atai-me com sete vimes e eu serei como qualquer dos mortais, andou brincando, foi usando (sua) força, matando uns filisteus, ateando fogo as searas dos seus (inimigos) tendo umas namoradas, varias vezes sentiu o perigo, seus inimigos queriam mesmo mata-lo, trancarão as portas da cidade e disseram consigo mesmos desta vez não escapas, mas escapou, com (sua) grande força arrancou os portões da cidade e levo-os para um monte, Belo espectáculo sim muito belo. Há uma coisa que me deixa muito intrigado, o que atraía Sansão que embora visse os perigos que o rodeavam agia como os ignorando? Meu irmão minha irmã até que ponto somos como Sansão, vemos onde estamos pondo nossos pés e sabemos que á caminhos que não deveríamos trilhar, praticas que Deus não aconselha mas persistimos nelas assim como Sansão.
(Icabode) foi-se a gloria, Sansão depois de muito pressionado contou o segredo de (sua) força, contou como coisa banal, como tinha perdido ele o senso do sagrado ao ponto de o tornar comum? Não foi de um dia para o outro, mas foi cada dia um pouco. Grita Dalila, Sansão os filisteus vem sobre ti, estando a dormir Sansão acorda, deve ter dado um grande impulso com a cabeça para á frente, pois seu cabelo não lhe pesava mais, que sensação estranha, mas havia que reagir, mas outras sensações estranhas continuarão.
Suas pernas seus braços parecem de chumbo, Agora os braços de seus inimigos são mais fortes, Sansão é dominado por eles e acorrentado. Perguntou a si mesmo o que se estaria passando.
Depressa compreendeu que havia sido traído pela mulher que escolhera como companheira, afinal sua declaração de amor era uma farsa.
Traído acorrentado, despojado de sua força que desgraças podiam ainda surgir? Arrancam-lhe os olhos, que horror! Fazem agora seus inimigos grande troça riem-se com grandes gargalhadas afinal o forte agora era tão fraco. Mas havia que aproveitar sua energia, vai fazer trabalho pois, acorrentemo-lo ao pau da mó e ira moer nosso cereal.
Ó Sansão o que se passou contigo deve ter-se perguntado muitas vezes. Agora tem tempo para meditar, para reflectir, para olhar para dentre de si, reconheceu onde seus pés se desviarão do caminho, olha vê compreende o porquê de estar agora nesta situação, conclui esqueci da receita de Deus para uma vida feliz, que posso fazer? Gritou ó Deus de Israel perdoa-me, sim perdoa-me, porque agora sendo cego vejo estando preso sou livre porque espero em ti Senhor. O bom ladrão, e Sansão roubarão a si mesmos uma vida segundo o plano de Deus, mas não perderam seus últimos momentos, arrependeram-se, buscarão ao Senhor de todo seu coração. Também para ti meu irmão, minha irmã, jovem, criança, Deus tem um plano muito belo, mas depende de nossa aceitação. Que historia teríamos de Sasão se ele não tem desviado seus pés dos caminhos do Senhor?
Brincar com o pecado dá mesmo azar.
Que exemplo.