Ianês como veio ao mundo: isto é o melhor da arte?
Já comentamos antes como a 28ª Bienal de São Paulo serve de parâmetro para entermos o vazio do pós-modernismo. Em um tempo no qual o desespero humano chega às raias do limite, é sintomática a escolha de deixar o 2º andar da exposição completamente em branco, sem a nada a ser exposto.Acrescente-se a isto o fato que o vazio atrai banalização.
Prova disto é a performance realizada pelo artista Maurício Ianês nesta terça-feira. Alojado no 3º andar da mesma Bienal, Ianês realiza a sua "A Bondade de estranhos". Até o dia 16 deste mês, o artista, nú e incomunicável, dependerá do que receber do público, tomará banho nas instalações da Bienal e ali dormirá. Algumas doações já foram feitas - entre as quais, uma camiseta, pastilhas "Tic-Tac", um amigo imaginário (feito de papel - seria "Winsor"?).
A exposição íntima do corpo em público é uma forma apelativa e vulgar de produzir arte, daquele tipo propositadamente executado com o fito de chocar. Talvez a arte hoje, livre da influência cristã, esteja lamentavelmente fadada a chocar e não a inspirar. Além de ser vazia.
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