terça-feira, 26 de maio de 2009

O EXISTENCIALISMO DE HENRY


Alguns podem achar que o atacante Henry, da seleção francesa e do Barcelona, se transformou no réu da inquisição jornalística. Sua "filosofia" continua repercutindo cada vez que o assunto educação conquista espaço na mídia brasileira. Recentemente, livros didáticos adquiridos pelo ensino público paulista foram retirados das escolas porque apresentavam erros de informação e material de natureza imoral. Desse modo, fica difícil não lembrar de Henry, ainda mais quando seu clube disputa a final da Liga dos Campeões da Europa.

Três dias antes daquele jogo fatídico contra a França, na Copa de 2006, o atacante Henry tocou na ferida brasileira. Mesmo sem desejar ofender a honra verde e amarela, ele parece ter atingido o âmago dos atletas da seleção canarinho. Tentando identificar os motivos de os craques do Brasil serem superiores aos franceses, Henry apontou a falta de escolarização como uma vantagem tupiniquim.

Apaixonado por uma bola, Henry era obrigado pela mãe a não gazetear as aulas. Futebol, só se sobrasse tempo. Enquanto isso, em outras latitudes, meninos pobres, sem chuteiras, magros de fome, desestimulados pela violência a frequentar uma escola, participavam de peladas das 8 da manhã às 6 da tarde.

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