segunda-feira, 30 de novembro de 2009

QUANDO O DINHEIRO FALA MAIS ALTO

Aproveitando a lição desta semana, aqui vai um soneto, também parte de minha contribuição à obra Poetas Adventistas do Brasil (Certeza editorial). Originalmente, não tem título (da forma como publicado abaixo), embora aparecesse na obra apresentado como "Balaão".

Ouro em grãos. Ignora o Céu um vidente falho.
Rasga o breu veia lilás. Em Pitru é dia.
Animais. Ocre o ar se faz. Galope e farfalho;
E é tão cediço, por sua teimosia
.

Ouro tem Moabe – quer agouro e trabalho…
Vez a vez, a irracional mula se desvia
Do que o olhar ignora, mas que interrompe o atalho;
E atrai a bronca por parecer vadia.

Entre seu amo e o clarão de um gume, argumenta
Com calor – quem creia ser a mesma jumenta?
Só então ao Anjo ele vê, após vê-lo a mula!

Vê que igual à mula a rés vai do que lhe instiga
(O ouro com as rédeas vis da ganância antiga)
Ou à fé rende a visão – E o ouro lhe estimula!…

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