Muitos comentários surgiram quando o Estado brasileiro estava em vias de aprovar um acordo com o Vaticano. Desde o ano passado se especulava que tipo de acordo o presidente Lula teria assinado em conjunto com o Papa Bento XVI. Pois bem: a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou ontem tal acordo. E voilá - está criado o estatuto jurídico da Igreja Católico em nosso país.
Não sejamos precipitados: os pontos abarcados no acordo ainda não sugerem algo como uma união civil-religiosa efetiva, até porque uma união de tal natureza se dará primeiro nos E.U.A., sendo logo imitada por outros países. O que deve chamar a atenção de todo cristão é o rumo que as coisas vêm tomando.
O único ponto que poderia indicar a rigor uma inconstitucionalidade no atual acordo (por beneficiar uma religião em detrimento de outras) é a questão da capelania em presídios, hospitais e nas Forças Armadas, área na qual Roma continua (e continuará) dando as cartas. Mesmo quando se tratou do Ensino Religioso, houve uma preocupação mais ecumênica, com vistas à abertura a outros credos.
Isto não quer dizer que o acordo não fosse discutido em meio a polêmicas. Segundo o portal UOL, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), membro da comissão que estudou o acordo, protestou contra aquilo que denominou ser uma "opção preferencial por uma religião". Aqui, um olhar mais detido identificará que, em suas intenções, o estatuto jurídico católico fere nossa Constituição, embora seus 20 artigos camufluem sua pretenção de influenciar a política do País.
Do caminho que estamos trilhando, ainda a passos vacilantes e pueris, não poderemos voltar futuramente. O momento histórico exige atenção e constante preparo daqueles que esperam o regresso de Cristo. "Quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima." (Lc. 21:28).
Colaborou: Prof° Marcos André
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