Há muitas fábulas do antigo Oriente próximo enfatizando o dever ético-social de pessoas ou nações. Os poemas a seguir fazem parte de uma série, livremente adaptada da fábula egípcia "O camponês eloquente". Desejamos que as reflexões contidas nestes textos nos motivem, como cristãos, a desempenhar um papel mais humano e condizente com nossa moral.
Palavras de Rensi
Ó filho de Rá: fala-vos, ó Rei,
O pó que ante a presença tua expira.
Faraó: o camponês de quem tratei,
Cuja fala escrivães põe no papiro,
Cuja eloqüência aos sábios tanto admira,
Muito trouxe, e ao porvir eu me refiro:
O que nos disse com tanta beleza,
Quem sabe sirva para, no futuro,
Relembrar a justiça a um povo duro…
E no Nilo haverá sempre a realeza.
Ó filho de Rá: fala-vos, ó Rei,
O pó que ante a presença tua expira.
Faraó: o camponês de quem tratei,
Cuja fala escrivães põe no papiro,
Cuja eloqüência aos sábios tanto admira,
Muito trouxe, e ao porvir eu me refiro:
O que nos disse com tanta beleza,
Quem sabe sirva para, no futuro,
Relembrar a justiça a um povo duro…
E no Nilo haverá sempre a realeza.
I – Discurso de Khun-Anup
Trago-vos, Rensi, vinho de mélea uva,
Posto que frutifica vossa mente:
Sois para a mão do fraco a única luva,
E para o camponês sois a semente;
Posto que frutifica vossa mente:
Sois para a mão do fraco a única luva,
E para o camponês sois a semente;
Pai dos órfãos, marido da viúva,
Útero ao que possui a mãe ausente;
Quando vindes, justiça cai em chuva,
Que aniquilais quem fala falsamente;
Útero ao que possui a mãe ausente;
Quando vindes, justiça cai em chuva,
Que aniquilais quem fala falsamente;
A repudiada tem em vós o irmão,
Ó sol que abris as pálpebras da lei,
Estendendo ao mendigo a mesma mão;
Ó sol que abris as pálpebras da lei,
Estendendo ao mendigo a mesma mão;
Ouvi, ouvi, que agora falarei,
Não para gastar tão nobre atenção;
Peço-vos: trazei ma’at, filho do Rei.
Não para gastar tão nobre atenção;
Peço-vos: trazei ma’at, filho do Rei.
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