Modernamente, se entende tolerância como aceitar qualquer posicionamento político, religioso ou moral como de igual valia. Isso não somente fere a lógica (que não pode admitir que duas argumentações opostas entre si sejam igualmente verdadeiras), como se revela nocivo. Dando mesmo peso a todas às posturas, qual a base para criticar o racismo, o preconceito, e as posturas dogmáticas, que se impõem sem permitir questionamento?
Por outro lado, há natural parcialidade na tolerância em sua versão pós-moderna. Pense neste exemplo: os homossexuais reivindicam seus direitos, enquanto acusam os que não concordam com eles de ferirem os direitos humanos. Um ponto de equilíbrio é não concordar com os princípios que firam referenciais éticos e a lógica, ainda que não se discrimine indivíduos. Isto é tolerância no sentido tradicional do termo. Afinal, ninguém tolera a tolerância relativista que assistimos tomar conta do Ocidente em nosso tempo.
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