sábado, 10 de julho de 2010

DIGA-ME O QUE TUÍTAS...

Das contribuições mais controversas da internet deve-se incluir seus efeitos sobre a psique do indivíduo. Pessoas comuns são alçadas ao status de celebridade. Algumas, de fato, chegam a chamar atenção pelos vídeos que divulgam ou por contribuições casuais, muitas que não passassam de banalidade. De um modo geral, a informalidade da comunicação on line permite às pessoas se sentirem à vontade para divulgarem fotos ou opiniões, como se estivessem no sofá da sala conversando com um amigo dos tempos de colégio.

Somente há alguns anos, percebeu-se a necessidade de ter dois perfis de Orkut, um pessoal e outro profissional (estava ficando difícil conseguir emprego se apresentando naquele site como bonekinh@dark☠, por exemplo). Com o advento do Twitter, a vigilância sobre as pessoas públicas aumentou. Semanalmente políticos são malhados por órgãos da imprensa porque resolvem uivar à luz da lua (espera-se que fosse apenas força de expressão) ou por seu desamor à Gramática.

Quando alguém se acha na internet também está afirmando sua identidade, por meio de preferências e da forma como se apresenta. Recentemente, vi-me obrigado a deixar de seguir um cantor adventista pelo baixo nível de suas mensagens no twiter (até palavrões e expressões chulas o cidadão empregava). Cristãos não deveriam abrir mão de oportunidades para o testemunho mesmo quando conectados; pelo contrário: ao aproveitar o leque de possibilidades virtuais, estariam dizendo que é possível gozar momentos de lazer sadio e expressar opiniões coerentes com os valores que professam.

No oceano de futilidade que nos cerca, podemos acrescentar alguns caracteres diferentes em nossas mensagens. Não fotos de quem se pretenda modelo profissional ou links para vídeos de humor vulgar; mas o suave perfume do evangelho em todas as mídias, como uma declaração conciente de que pertencemos não a esse mundo. Use a novidade das tecnologias para falar da novidade que a esperança em Jesus oferece.

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