terça-feira, 20 de julho de 2010

NEM COM TODA A FORÇA DO MUNDO...

Bafeja o eco hostil por túneis, de copa em copa,
Fremindo a sésiga dos déspotas. Se a Europa
Fosse toda trilhões de alqueires de grão-soja,
E a dizimara a infantaria que se arroja.

Ombros brunidos, pés cafres, chega e se aloja
– Vai de Nínive o som das rodas ao Camboja.
Fumega a espada nas caldeiras. Na garlopa
Se retorce o arco. Sai de Mênfis pronta a tropa.

Recuai, hunos de Átila, ide embora, assírios!
Vossos cavalos têm cascos de uva; Em galope
Deixam rastro de mosto, e achais quem não se ensope?

Vossa força é loucura, e as marchas são delírios;
De homens Deus guarda em livro o ato, a ideia e o falar;
Nem o registro de um dia podeis mudar.

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